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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Classificação de materiais - ABC e XYZ

Segundo Viana (2002), a classificação de materiais é o processo de aglutinação de materiais por características semelhantes. Para o referido autor, grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques depende fundamentalmente de bem classificar os materiais da empresa. Para Barbieri e Machline (2006), os principais objetivos específicos da classificação de materiais são os seguintes: 1. Identificar o material certo para o usuário e a organização; 2. Organizar o processo de aquisição, guarda e manuseio dos materiais;
3. Facilitar a comunicação com fornecedores, usuários e os setores contábil e financeiro;
4. Estabelecer instrumentos de planejamento e de controle apropriados;
5. Reduzir custos com material;
6. Melhorar o nível de serviço.
Ainda sobre o assunto, Viana (2002) salienta que se pode classificar os materiais por:
a) tipo de demanda;
b) demanda não previsível ou de não estoque7;
c) materiais críticos;
d) pelo nível de perecibilidade e de periculosidade;
e) tipo de estocagem;
f) dificuldade de aquisição e pelo tipo de mercado fornecedor.
Com base nesses tipos de classificação pode-se distribuir esses materiais através do diagrama de Pareto8, também conhecido pro curva ABC. Segundo Barbieri e Machline (2006) o objetivo da classificação ABC é fornecer informações para que se possa estabelecer políticas, objetivos e controle diferenciados conforme a importância de cada item em relação ao valor de utilização dos itens.
A Classificação ABC baseia-se na divisão dos materiais por classes:
• Classe A: Grupo de itens que têm uma maior importância e devem ser tratados com atenção especial, os materiais que compõem esse grupo representam o maior valor em termos de consumo, sendo o de menor quantidade.
• Classe B: Grupo de itens que vivem numa situação intermediária entes os de classes A e C.
• Classe C: Corresponde ao grupo de itens de menos importância, representando o menor valor de consumo, porém, estão em maior quantidade, financeiramente são menos importantes, o que justifica uma menor atenção em seu gerenciamento.
Quando se trata sobre material médico-hospitalar, deve-se avaliar o uso desse sistema num hospital, pois, independente do grupo em que estejam todos os itens, eles são de fundamental importância, devendo ser gerenciados com maior critério de organização e controle, visto que um procedimento médico-cirúrgico pode não acontecer pela falta de um desses itens, independente do grupo em que esteja.
Barbieri e Machline (op cit) utilizam também outra forma de classificação do estoque, a qual varia de acordo com o grau de criticalidade, conhecida como Classificação XYZ.
Para os citados autores, essa classificação tem por critério o grau de criticalidade ou imprescindibilidade do material para as atividades em que eles estarão sendo utilizados, pois a falta de determinados materiais pode provocar a paralisação de atividades essenciais e coloca em risco a vida das pessoas, o ambiente e o patrimônio da organização.
Segundo o critério XYZ, os itens da Classe X podem faltar sem acarretar prejuízo ao funcionamento de uma empresa, apenas pelo fato de poderem ser substituídos com facilidade. Os itens da Classe Y representam um nível de criticidade médio, por poderem ser substituídos por itens de mesma equivalência. Os itens pertencentes à Classe Z correspondem aos mais críticos. Sua falta pode provocar transtornos e até a paralisação de atividades básicas e essenciais, colocando em risco a vida das pessoas. Sua falta não pode ser substituía por similares.
Ao se analisar o uso dos sistemas ABC/XYZ, deve-se agir com parcimônia, pois o uso de um método pode servir para uma empresa e não servir para outra, sendo comum que um administrador faça as devidas adaptações à realidade da sua empresa, principalmente quando se trata de um hospital.

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