A dieta mediterrânea — rica em vegetais, frutas, grãos integrais e azeite de oliva, e pobre em derivados de leite e carne — é conhecida há muito tempo por melhorar a saúde. Mas, agora, os cientistas têm novas pistas das razões por trás disso.
Eles revelaram que a dieta é associada a telômeros mais longos, o que ajuda a proteger os cromossomos de forma mais eficaz. Telômeros mais curtos estão relacionados a doenças crônicas ligadas à idade e baixa expectativa de vida.
Os pesquisadores utilizaram dados de 4.676 mulheres saudáveis, participantes de um estudo de saúde mais amplo, cujas dietas eram organizadas em uma escala de um a nove em relação à similaridade com a dieta mediterrânea. Os pesquisadores mediram o comprimento dos telômeros por meio de exames de sangue e acompanharam as pacientes por mais de 20 anos com exames periódicos.
O estudo, publicado na revista BMJ, levou em conta o índice de massa corporal (IMC), o fumo, a atividade física, o histórico reprodutivo e outros fatores, revelando que quanto mais as envolvidas aderiam à dieta, mais longos eram seus telômeros. Os pesquisadores estimam que a diferença no comprimento dos telômeros para cada ponto na escala de adesão à dieta seja equivalente a uma média de um ano e meio a mais na expectativa de vida.
— Com base em nossos dados, uma mudança de três pontos na escala de adesão equivale a 4,5 anos, uma diferença comparável à que existe entre fumantes e não fumantes — afirmou a principal autora, Marta Crous-Bou, da Faculdade de Medicina de Harvard.
The New York Times / Zero Hora
The New York Times / Zero Hora
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