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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

SP: Animais de estimação visitam seus donos em hospital

Além de cachorro, gato e passarinho também podem visitar seus donos.(fotos:divulgação)
Foto: Divulgação. Além de cachorro, gato e passarinho
também podem visitar seus donos
Após três anos de testes e preparo de equipes, o hospital liberou, sob rígido protocolo, que bichos de estimação, às vezes considerados membros da família, visitem pessoas internadas
 
Não estranhe se, ao entrar em uma das unidades do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, você ver cachorros, gatos e até passarinhos passando pelos corredores. Eles estão lá para visitar seus donos – uma  medida aplicada pelo hospital, que faz parte do Programa de Terapia Integrativa.
 
Para alguns médicos, o contato com os bichos pode levar felicidade, paz e bem-estar e auxiliar na recuperação de algumas pessoas.
 
A implantação do projeto levou algum tempo. Foram três anos de testes e estudos até o Albert Einstein conseguir, em 2013, um selo da organização americana Planetree, que certifica instituições de saúde quando o assunto é humanização no atendimento.
 
Essa humanização tem sido a aposta do hospital em termos de serviço nos últimos anos. O Albert Einstein oferece, hoje, diversos tipos de terapias cujo objetivo é dar mais conforto e auxiliar de alguma maneira no tratamento do paciente, como é o caso da visita dos bichos de estimação.
 
“O que nós queremos oferecer é um acolhimento de outras demandas que o paciente tem, além do tratamento convencional”, diz Paulo de Tarso Lima, coordenador do Grupo de Medicina Integrativa do Albert Einstein.
 
No entanto, o protocolo a ser seguido por donos e mascotes é rígido. Funciona assim: o paciente faz o pedido à enfermagem ou à central de atendimento do hospital. Essa solicitação deve ser aprovada pela equipe e também pelo médico responsável por aquela pessoa. Se for aceita, o animal precisa passar por uma consulta veterinária para receber um atestado de que está apto a fazer a visita. No dia do encontro, o bicho de estimação tem de tomar banho e não esquecer de levar a carteirinha de vacinação em dia.
 
O cão Twister, da médica Cristiane Isabela, foi um dos mascotes que cumpriu todas as exigências da instituição de saúde. Sua dona havia passado por uma cirurgia e teve de ficar 35 dias internada. Durante o tempo em que ficou no hospital, a médica perguntava sempre sobre o cachorro. Por isso, seus familiares se organizaram para programar o encontro dela com Twister, que ganhou até um crachá especial quando foi visitar a dona.
 
Vale destacar que não são todos os donos internados que podem receber esse tipo visita. Segundo a assessoria de imprensa do Albert Einstein, pacientes entubados, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou com problemas de ordem psicológica não recebem autorização para trazer seus animais. Além disso, o mascote só tem autorização para andar nas dependências sociais do hospital.
 

 
Segundo Lima, a implantação de uma medida assim funciona como uma maneira diferente de enxergar a própria atuação do hospital com o paciente. “É uma forma de fazer medicina de um jeito mais amplo, que não só visa o controle e a cura da doença, mas também o bem estar do paciente”, diz.
 
Época

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