Foto: Divulgação. Além de cachorro, gato e passarinho também podem visitar seus donos |
Não estranhe se, ao entrar em uma das unidades do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, você ver cachorros, gatos e até passarinhos passando pelos corredores. Eles estão lá para visitar seus donos – uma medida aplicada pelo hospital, que faz parte do Programa de Terapia Integrativa.
Para alguns médicos, o contato com os bichos pode levar felicidade, paz e bem-estar e auxiliar na recuperação de algumas pessoas.
A implantação do projeto levou algum tempo. Foram três anos de testes e estudos até o Albert Einstein conseguir, em 2013, um selo da organização americana Planetree, que certifica instituições de saúde quando o assunto é humanização no atendimento.
Essa humanização tem sido a aposta do hospital em termos de serviço nos últimos anos. O Albert Einstein oferece, hoje, diversos tipos de terapias cujo objetivo é dar mais conforto e auxiliar de alguma maneira no tratamento do paciente, como é o caso da visita dos bichos de estimação.
“O que nós queremos oferecer é um acolhimento de outras demandas que o paciente tem, além do tratamento convencional”, diz Paulo de Tarso Lima, coordenador do Grupo de Medicina Integrativa do Albert Einstein.
No entanto, o protocolo a ser seguido por donos e mascotes é rígido. Funciona assim: o paciente faz o pedido à enfermagem ou à central de atendimento do hospital. Essa solicitação deve ser aprovada pela equipe e também pelo médico responsável por aquela pessoa. Se for aceita, o animal precisa passar por uma consulta veterinária para receber um atestado de que está apto a fazer a visita. No dia do encontro, o bicho de estimação tem de tomar banho e não esquecer de levar a carteirinha de vacinação em dia.
O cão Twister, da médica Cristiane Isabela, foi um dos mascotes que cumpriu todas as exigências da instituição de saúde. Sua dona havia passado por uma cirurgia e teve de ficar 35 dias internada. Durante o tempo em que ficou no hospital, a médica perguntava sempre sobre o cachorro. Por isso, seus familiares se organizaram para programar o encontro dela com Twister, que ganhou até um crachá especial quando foi visitar a dona.
Vale destacar que não são todos os donos internados que podem receber esse tipo visita. Segundo a assessoria de imprensa do Albert Einstein, pacientes entubados, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou com problemas de ordem psicológica não recebem autorização para trazer seus animais. Além disso, o mascote só tem autorização para andar nas dependências sociais do hospital.
Segundo Lima, a implantação de uma medida assim funciona como uma maneira diferente de enxergar a própria atuação do hospital com o paciente. “É uma forma de fazer medicina de um jeito mais amplo, que não só visa o controle e a cura da doença, mas também o bem estar do paciente”, diz.
Época
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