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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Mapa de 16 mil proteínas aumenta compreensão sobre doenças

Banco de dados. Imagem da proteína CNN3 no atlas Foto: Human Protein Atlas
Human Protein Atlas
Banco de dados. Imagem da proteína CNN3 no atlas
Estudo pontua localização detalhada de moléculas em tecidos e órgãos, o que pode levar à produção de novas drogas
 
Estocolmo - Pesquisadores suecos concluíram um enorme mapeamento das proteínas do corpo humano. Trata-se de uma primeira grande análise realizada a partir do Atlas da Proteína Humana, um projeto internacional que reúne um banco de dados com mais de 13 milhões de imagens de tecidos humanos. O levantamento contém informações detalhadas sobre 16 mil proteínas e suas localizações em 44 tecidos e órgãos humanos diferentes.
 
Os cientistas trazem, com isso, um novo olhar sobre a localização de certas proteínas ativas no corpo. Publicado na edição de ontem da revista científica “Science”, o mapa ajuda a pontuar quais proteínas estão ativas em todos os tecidos (como aquelas relacionadas à limpeza celular) e as que parecem ser específicas de cada tecido (proteínas especializadas na produção de esperma, por exemplo). Ele também identifica os tecidos onde estão ativas as proteínas que podem levar a novas drogas.
 
— São informações importantes para a indústria farmacêutica — afirmou Mathias Uhlén, autor do estudo pelo Instituto Real de Tecnologia (KTH), em Estocolmo, na Suécia. — Curiosamente, 30% dessas proteínas são encontrados em tecidos e órgãos analisados. Isto pode ajudar a explicar alguns efeitos colaterais de remédios e, portanto, ter consequências para o futuro desenvolvimento de novas drogas.
 
Conhecimento sobre a evolução de doenças
Lançado em 2003 e só concluído em novembro do ano passado, o Atlas da Proteína Humana envolveu mais de 150 pesquisadores internacionais na formulação de um catálogo de todo o conjunto de proteínas ou variantes de proteínas que podem ser encontradas numa célula. Ele está totalmente disponível na internet para consulta no site (http://www.proteinatlas.org).
 
— A maior contribuição desse banco de dados para a comunidade científica é sua facilidade de navegação — afirmou ao site “The Scientist” a pesquisadora Anne-Claude Gingras, do Instituto de Pesquisa Lunenfeld-Tanenbaum, em Toronto, no Canadá.
 
Daqui para frente, o atlas poderá ter uma enorme variedade de funções, como, por exemplo, levantar dados quantitativos sobre as proteínas, gerar análises de regiões de órgãos ou produzir informações sobre alterações de proteínas que levam a condições patológicas, como as doenças neurodegenerativas e o câncer. Um dos focos principais do estudo é exatamente a pesquisa sobre tumores, que tem avançado rapidamente na direção do desenvolvimento de terapias-alvo, as quais atuam em proteínas específicas relacionadas a cada tipo de tumor.
 
O Globo

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