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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Sexo casual: preliminares sem camisinha também pode transmitir doenças nos órgãos genitais

A Aids é a mais perigosa das doenças sexuais, porque
ainda não tem cura e deixa o corpo debilitado
Algumas delas não apresentam sintomas, o que pode dificultar o diagnóstico e tratamento
 
O Carnaval chegou, e com ele o número de relações sexuais casuais aumenta consideravelmente. Mas, se você quer curtir a folia na cama sem ter dor de cabeça ou aquela ressaca moral, o uso da camisinha é imprescindível durante o sexo e também nas preliminares. Além da gravidez indesejada, o preservativo afasta o risco de o casal contrair DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). 
 
Confira as mais comuns!
 
Segundo o infectologista Celso Granato, livre-docente da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), tanto os homens quanto as mulheres correm o risco de contrair várias doenças, caso não se protejam adequadamente. 
 
— Sífilis e gonorreia são as mais comuns, mas a herpes e a clamídia também acontecem bastante. Sem falar no HPV, que tem vacina, e no HIV, que infelizmente ainda não tem cura e é uma doença que vem crescendo absurdamente nos jovens.
 
A sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Os primeiros sintomas são pequenas feridas e caroços na virilha, podendo evoluir para manchas e queda de cabelo.
 
A doença pode ficar sem apresentar sinais por meses ou anos, até surgirem complicações graves, como cegueira, paralisia, doenças cerebrais e cardíacas. Caso não tratada corretamente, a sífilis pode levar à morte.
 
Outra doença infectocontagiosa transmitida via sexual é a gonorreia, que pode comprometer o pênis, o colo do útero, o reto (canal anal), a garganta e os olhos. Se não tratada adequadamente, pode até levar à infertilidade.

Enquanto nas mulheres os sintomas são dor ao urinar, aumento de corrimento e sangramento, no homem desencadeia ardor ao urinar e até pus, além de dor nos testículos.
 
Outra doença transmitida pelo sexo sem proteção é a herpes bucal e genital. Segundo Granato, que também é médico do Fleury Medicina e Saúde, 80% das pessoas já tiveram algum contato com o vírus da herpes, que pode afetar a pele e as mucosas dos órgãos genitais. Os principais sintomas são pequenas vesículas que se distribuem em forma de buquê nos órgãos genitais masculinos e femininos.
 
A Aids é a mais perigosa das doenças sexuais, porque ainda não tem cura e deixa o corpo debilitado. Para o médico, quanto mais DSTs uma pessoa tem, mais fácil de contrair o HIV. Esse vírus ataca as células de defesa do corpo, deixando o organismo vulnerável a outras doenças simples, como resfriado, e infecções mais graves, como a tuberculose.

Pesquisa recente divulgada em janeiro deste ano pelo Ministério da Saúde mostra que quase 50% dos jovens não usou camisinha em suas relações casuais nos últimos 12 meses. O infectologista da Unifesp comenta que o dado é preocupante.
 
Para Granato, além do HIV, a clamídia também tem graves consequências. Causada por bactérias, a clamídia é comum entre adolescentes e adultos jovens. Apesar dos sintomas, como sangramento e dor na relação sexual ou aumento do corrimento nas mulheres, a doença pode levar a dificuldade de ter filhos e gravidez nas trompas.

— A clamídia provoca o estreitamento da tuba, que é por onde passam os óvulos antes de chegarem ao útero. O que acontece é que o óvulo não consegue passar e fica preso na tuba. O espermatozoide, que é bem menor, chega ao óvulo e o fecunda. Quando o óvulo começa a se desenvolver, ele pode estourar dentro da mulher, porque na tuba não há espaço para o seu crescimento. Isso é muito perigoso.
 
Apesar de poderem ser evitadas com o simples uso da camisinha, o especialista afirma que todas essas doenças possuem tratamento por meio de antibióticos, exceto a Aids. Por isso, é essencial procurar um médico e realizar os exames para confirmar o diagnóstico.

Granato acrescenta que clamídia, sífilis e gonorreia, uma vez curadas, não aparecem nunca mais, mas a herpes pode voltar caso o corpo entre em contato com a infecção mais uma vez.
 
Outra doença grave transmitida pelo sexo desprotegido é o HPV (papilomavirus humano), que cria pequenas verrugas no órgão genital. Segundo o infectologista, no homem, é mais fácil de notar o problema. Além de provocar lesões na região genital, a doença é uma das principais causas do câncer do colo do útero em mulheres. Além disso, o HPV também pode atingir ânus, pênis e garganta.
 
— O órgão masculino é externo. Na mulher é que mora o perigo, porque ela não tem como perceber se há alguma coisa diferente. Por isso recomenda-se a vacina contra o HPV, que é dada às meninas de nove anos para que nenhuma delas comece sua vida sexual desprotegida.
 
Granato também alerta que boa parte dessas doenças são contraídas nas preliminares.

— Quase ninguém usa camisinha nas preliminares, tanto a camisinha masculina quanto a feminina só são lembradas na hora do sexo.

R7

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