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quarta-feira, 1 de abril de 2015

São Paulo monta tendas para atendimento a casos de dengue

Primeira tenda começa a ser montada em UBS da Brasilândia.
Outras ficarão na Freguesia do Ó e no Jaraguá.
A Prefeitura de São Paulo está instalando três tendas na zona norte da capital para auxiliar no atendimento e tratamento de pessoas com dengue
 
A zona norte é a área com maior incidência de transmissão da doença. As tendas ficarão em locais próximos de unidades básicas de saúde, de assistência médica ambulatorial ou de prontos-socorros. Cada tenda terá capacidade para atender 300 pacientes por dia.
 
As tendas serão implementadas pela prefeitura em parceria com cinco hospitais filantrópicos da cidade (Sírio-Libanês, Hospital do Coração, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Albert Einstein e Hospital Samaritano), que participarão cedendo profissionais como médicos. A expectativa é que o atendimento nas tendas comece até final da próxima semana. As armações estão localizadas na Rua Ibiraiaras, 21, bairro Jardim Vista Alegre (UBS Jardim Vista Alegre); na Rua Francisco Lotufo, 24, Vila Palmeiras (AMA/UBS Vila Palmeiras); e na Avenida João Amado Coutinho, 400, no Jaraguá (AMA/UBS Elísio Teixeira Leite).
 
De acordo com dados apresentados no último dia 26 pela Secretaria Municipal de Saúde, o município registrou, no período de 4 de janeiro a 14 de março, 4.436 casos de dengue autóctones (contraídos no município) confirmados. No mesmo período de 2014, a cidade teve 1.412 casos confirmados. Cerca de 47,5% dos casos estão concentrados na zona norte de São Paulo.
 
Dois óbitos pela doença foram confirmados até agora: uma senhora de 84 anos, moradora de Brasilândia, zona norte, no dia 28 de janeiro; e um garoto de 11 anos, morador do Jardim Ângela, zona sul, no dia 9 de março. Há mais dez casos de óbito sendo analisados no momento. Durante todo o ano de 2014, a capital registrou 28.990 casos da doença – 97,7% no primeiro semestre–, com 14 óbitos ao longo do ano. Em 2015, a estimativa da Secretaria Municipal de Saúde, é que o número possa ser até três vezes maior.
 
Desde o início do ano, o estado de São Paulo contabiliza 123 mil casos da doença, o que equivale a mais da metade dos 224 mil registros de dengue no país.
 
No interior do estado, em Catanduva, cidade que declarou estar em epidemia de dengue, a Unidade de Tratamento da Dengue, que foi inaugurada no dia 14 de fevereiro, atendia em média 250 pacientes por dia. De acordo com dados da Prefeitura, desde o começo de março, os atendimentos diários caíram para 150 pacientes por dia. A Unidade de Pronto Atendimento atendia diariamente, no começo da epidemia, em média, 900 pacientes. Desde o começo deste mês, a média diária caiu 35%, para 600 atendimentos.
 
De acordo com a Vigilância Epidemiológica da cidade, são 9.358 casos positivos, com 643 pessoas aguardando os resultados dos exames. Até o dia 13 de março, o número de pacientes que esperavam resultados era 1.783.
 
Em Marília, houve 10.970 notificações, sendo 4.075 confirmadas por exames de laboratório e 6.895 por diagnóstico clínico. Seis pessoas morreram e oito casos esperam confirmação. Em Campinas, segundo dados divulgados no dia 27 pela Secretaria de Saúde, foram confirmados 7.756 casos no município este ano. Em janeiro, foram 1.205 ocorrências, em fevereiro, 2.981 e, em março, 3.570. O Departamento de Vigilância em Saúde tem ainda, 7.284 casos em investigação. Uma morte foi confirmada e quatro estão sendo investigadas e aguardam resultados de exames para confirmação.
 
Em Sorocaba, até o dia 16 deste mês, foram registrados 22.675 casos da doença, com 4.195 confirmados por critérios laboratoriais e 18.480 por critérios clínico-epidemiológicos, ou seja, casos prováveis de dengue. Deste total, 22.583 (99,6%) casos são autóctones e 92 (0,4%), importados. Seis mortes foram registradas no município. Quatro outros casos aguardam confirmação. Os dados do último dia 18.
 
Infográfico detalha como a dengue age no corpo (Foto: G1)
 
Agência Brasil / G1

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