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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Tudo o que você precisa saber sobre o coletor menstrual

Únicas contraindicações são para pacientes virgens e mulheres com vagina septada
Únicas contraindicações são para pacientes virgens e mulheres
 com vagina septada
Coletores menstruais ganham força como uma alternativa mais barata e ecológica aos outros tipos de absorventes; saiba como usar e para quem o produto é recomendado

Recentemente uma alternativa aos absorventes tradicionais ficou mais conhecida no Brasil: os coletores menstruais. De longa duração, o copinho de silicone, que ao inserido na vagina retém o sangue menstrual, gerou muitas dúvidas quanto a sua utilização e seus riscos.

Reynaldo Machado Junior, ginecologista do hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo, assegura que é possível substituir completamente os absorventes convencionais por coletores para toda a vida. As únicas contraindicações são voltadas para pacientes virgens – pois além de gerar mais desconforto, o coletor pode romper o hímen – e as mulheres que possuem vagina septada, uma condição congênita na qual uma membrana divide parcialmente o canal vaginal.

Fora as exceções comentadas acima, todas que desejam, podem começar a usar o coletor menstrual: “O ideal é estar em dia com o ginecologista, ter feito Papanicolau”, afirma a ginecologista e obstetra Maria Elisa Noriler sobre os cuidados que se deve tomar antes de experimentar a novidade.

O coletor, também chamado popularmente de copinho, é bastante recomendado para as pessoas que apresentam alergia aos absorventes tradicionais, sentem incômodo com o contato do sangue na pele ou até mesmo para quem “tem problemas com o cheiro característico do uso de absorvente externo, em que o sangue entra em contato com o oxigênio”, explica Maria Elisa. O copinho mantém o sangue dentro do corpo, impedindo a reação com o oxigênio, que é responsável pelo mau cheiro.

Os coletores são feitos de silicone flexível, material hipoalergênico e, como o próprio nome diz, flexível, por isso, pouco propício a causar incômodos, exceto nas primeiras utilizações, como diz Reynaldo: “No começo, quem nunca usou talvez sinta algum desconforto, mas depois vai se acostumando. É uma questão de hábito”. Se o incômodo persistir por muitos dias, talvez o coletor não seja a melhor opção para você.

A utilização do produto exige que a mulher entre em contato direto com as partes íntimas para colocar e retirar o copinho. Afastar os grandes lábios e inserir o dedo na vagina são atitudes necessárias para usá-lo. Não é preciso retirar o coletor para dormir, ir ao banheiro, praticar esportes ou entrar na água. Maria Elisa inclusive recomenda o uso do coletor para mulheres que participam de esportes aquáticos, como natação ou hidroginástica, pois sua proteção é mais efetiva do que a do absorvente interno.

Além de ser mais ecológico - quem usa o coletor deixa de jogar grandes quantidades de absorventes descartáveis mensalmente no lixo –, ao colocar na ponta do lápis, os coletores, que custam a partir de 79 reais, se revelam mais econômicos. De acordo com o fabricante, a troca do produto deve ser feita a cada 2 a 3 anos, mas médicos afirmam que ele pode durar de 5 a 10 anos.

Como usar
Com as mãos e o coletor higienizados – com água e sabão –, a recomendação é dobrar o copinho e inseri-lo na vagina, empurrando em direção ao ânus, até que ele fique completamente inserido em seu corpo. Pode ser um pouco difícil no começo, já que é necessário relaxar os músculos vaginais e afastar os grandes lábios com uma das mãos. As posições mais indicadas para inserir o coletor são: sentada, de cócoras ou com uma perna apoiada no vaso sanitário.
 
Você pode ficar com o coletor de 6 a 12 horas, dependendo do volume do fluxo de cada mulher, que será percebido conforme os dias de uso. O risco de vazar é menor do que os outros absorventes, como explica Reynaldo: “Se ela tiver um fluxo normal é pouco provável que isso aconteça, porque o coletor tem um tamanho suficiente para segurar esse fluxo”. Maria Elisa Noriler dá uma sugestão: caso esteja insegura nos primeiros dias, tente usar um absorvente externo junto com o coletor, assim, se por acidente vazar, não irá causar maiores danos.
 
Para retirar, aperte um pouco o copinho e puxe-o para fora de seu corpo. Jogue o sangue coletado no vaso sanitário ou na pia e higienize o coletor com água e sabão neutro. Em banheiros públicos, em que a pia não é no mesmo lugar do vaso, Maria Elisa sugere limpar o coletor com lenços umedecidos e, quando chegar em casa, fazer uma higienização mais completa.
 
Quando acabar seu período de menstruação, o fabricante do coletor menstrual InCiclo recomenda que se ferva o coletor em uma panela - que não deve ser de zinco - para esterilizá-lo. Já Maria Elisa diz que ferver pode diminuir a vida útil do coletor: “Lavar com água e sabão já é suficiente, e então guardar em um local seco até a próxima utilização”.
 
Reynaldo alerta: antes de comprar, verifique se o coletor da marca de sua preferência foi liberado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Veja como usar:


iG

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