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terça-feira, 30 de junho de 2015

Alimentos com gordura trans prejudicam memória, diz estudo

 Foto: iStock / Getty Images Testes de memória revelaram que homens que consumiam mais gordura trans se lembravam de menos palavras
 
A gordura trans, muito encontrada em alimentos industrializados para melhorar o sabor, textura e prazo de validade, pode prejudicar a memória de homens até 45 anos. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos, publicada na revista online Public Library of Science ONE.
 
Os cientistas analisaram os hábitos alimentares de 1.018 homens e mulheres e fizeram testes de memória de palavras. Em média, os homens entre 20 e 45 anos foram capazes de lembrar 86 delas. Mas, para cada grama adicional de gordura trans que consumiam a cada dia, o desempenho foi reduzido em 0,76. Assim, podem recordar até menos 12 palavras se a ingestão chegasse aos níveis mais altos observados no estudo.
 
A tendência foi significativa apenas para os homens e a explicação é o número reduzido de mulheres participantes na mesma faixa etária. A associação também não foi vista nos mais idosos, possivelmente porque foi mascarada pelos efeitos da idade na memória. “Consumo de gordura trans mostrou previamente associações adversas no comportamento e humor, os outros pilares da função cerebral. Como eu digo aos pacientes, ao passo que a gordura trans aumenta a vida útil dos alimentos, ela reduz a vida útil de pessoas”, comentou a pesquisadora Beatrice Golomb ao jornal Daily Mail.
 
Vale acrescentar que, na última terça-feira (16), o governo dos Estados Unidos anunciou que o uso de gordura trans não é seguro e que os produtos com ela devem ser retirados do mercado do país em um prazo de três anos.
 
Terra

Doenças periodontais afetam 15% da população mundial

Em sua forma mais grave levam até à perda dos dentes. Transtorno pode desencadear ou agravar enfermidades, como diabetes
 
“Se lavarmos a cabeça e sair sangue, naturalmente ficaremos muito preocupados. Se lavarmos as mãos e também sangrar, ficaremos preocupados. Então, por que o sangramento da gengiva haveria de ser diferente?” O questionamento do Ph.D em periodontia e pesquisador-sênior da Universiade de Gotemburgo (Suécia) Maurício Araújo alerta para a falta de cuidado das pessoas ao perceber o problema bucal. Ao contrário do que muitos pensam, o sangramento da gengiva não é algo normal, é sinônimo de inflamação. É um sintoma de doenças periodontais, que podem desencadear vários transtornos para a saúde, como halitose, falta de segurança para mastigar e até mesmo a perda dos dentes.
 
As doenças periodontais são caracterizadas por inflamação e destruição dos tecidos que protegem e suportam os dentes. Em casos mais graves, podem levar os pacientes à mesa de cirurgia. De acordo com pesquisas realizadas pelo especialista, cerca de 15% da população apresenta a doença em sua forma mais grave, consequência de escovação inadequada, do mau uso do fio dental, da falta de consultas ao dentista e até mesmo de hábitos como o tabagismo. Diferentemente das gengivites, que são inflamação apenas da gengiva, elas aumentam o risco de desenvolvimento de outras doenças.
 
 
Segundo o professor José Eustáquio da Costa, titular e coordenador da Área de Periodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as doenças periodontais são causadas pelo acúmulo de placa bacteriana ao redor dos dentes. De acordo com ele, vários sinais, além do sangramento, alertam sobre o problema, como gengivas vermelhas e inchadas, que estão recuando ou se afastando dos dentes, fazendo com que pareçam maiores; gengivas soltas ou separadas dos dentes; pus entre elas e os dentes; feridas na boca; mau hálito persistente e dentes mudando de posição. Sobre o que pode desencadear a patologia, o professor esclarece: “Irritações causadas por uma escovação traumática, alguns medicamentos que reduzem a produção de saliva ou ainda fatores relacionados a uma alimentação pobre em nutrientes, principalmente em cálcio e vitaminas, além de alterações hormonais, podem estar relacionados à doença”.
 
O tratamento é a remoção do causador da doença periodontal, a placa bacteriana. O cirurgião-dentista, com auxílio de instrumentos específicos, realiza procedimentos de limpeza local por meio da raspagem e alisamento na raiz dos dentes. Quando há um aumento de volume na gengiva que não regride com tais procedimentos, há necessidade de se fazer uma intervenção cirúrgica, chamada de gengivoplastia. Além disso, o paciente é orientado sobre técnicas de higiene bucal para evitar novo acúmulo de placa bacteriana ao redor dos dentes.

Maurício Araújo também ressalta que não há uma idade certa para a doença se desenvolver. Pessoas com histórico familiar de perda de dentes devem procurar um dentista para remoção de tártaro a cada três/seis meses. Caso contrário, a visita é recomendada pelo menos uma vez ao ano. De acordo com o professor Eustáquio da Costa, a melhor maneira de prevenir a doença periodontal é cuidar bem dos dentes e gengivas em casa. Isso inclui escovação depois de cada refeição e antes de dormir, uso de fio dental pelo menos uma vez por dia e consulta com seu dentista ou periodontista para exames regulares. “Gastar alguns minutos por dia em medidas preventivas pode poupar tempo e dinheiro no tratamento da doença”, recomenda.

Males relacionados 

As doenças periodontais aumentam o risco de desenvolvimento de outras enfermidades. As placas bacterianas penetradas nos espaços entre o dente e a gengiva podem fazer com que as bactérias entrem em contato com a corrente sanguínea gerando um processo inflamatório que pode afetar todo o organismo. Segundo Eustáquio da Costa, a doença periodontal é considerada uma das principais complicações do diabetes, pois esses pacientes são mais suscetíveis a contrair infecções.

A relação entre as duas condições funciona dos dois lados. Assim como o diabetes pode aumentar as chances de uma pessoa desenvolver uma doença periodontal, uma gengiva sadia associada a uma higiene bucal eficiente também pode afetar positivamente os níveis de açúcar no sangue. O especialista ainda destaca que a ligação entre as doenças periodontal e cardíaca é um tema atual no campo da periodontia e que essas enfermidades também podem estar associadas.

Segundo Maurício Araújo, a doença periodontal pode ter um efeito deletério em pacientes com diabetes assim como em portadores de enfermidades cardiovasculares e pulmonares. Pode também desencadear a ocorrência de partos prematuros com nascimento de crianças com baixo peso corporal. Ele ainda destaca que a associação de doenças periodontais com outros transtornos se dá de forma direta ou indireta. “Direta, quando bactérias da doença periodontal contaminam órgãos distantes, como exemplo o pulmão, levando a pneumonia. Indireta, quando o processo inflamatório promovido pela doença periodontal tem um efeito deletério no processo inflamatório de outra doença ou condição sistêmica, como a diabetes.”

Bruxismo infantil no inverno

O inverno chegou, e o bruxismo, hábito de apertar ou ranger os dentes especialmente durante o sono, tem tido incidência cada vez maior entre as crianças de 2 a 10 anos de idade nesta época do ano. De acordo com a odontopediatra e ortodontista Juliana Reis, o transtorno tem ocorrido devido ao aumento das doenças respiratórias que diminuem a taxa de oxigenação sanguínea, aumentando a liberação na circulação das catecolaminas, grupo de importantes neurotransmissores que estimulam a atividade cerebral e a frequência cardíaca. O tratamento depende das causas do desenvolvimento da doença, como também da idade, da intensidade do bruxismo e da quantidade de desgaste dos dentes. Em todos os casos, o controle periódico é essencial, alerta a especialista.
 
Estado de Minas

Anvisa suspende publicidade de marca de calçados magnéticos que promete benefícios para a saúde

Foto/Reprodução
Produtos da Magnephoton são vendidos para ativar a circulação sanguínea, ajudar no controle da hipertensão, entre outras vantagens
 
Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada nesta segunda-feira (29/06) no Diário Oficial da União suspende a publicidade de todos os produtos da empresa Magnephoton. Os produtos são apresentados como detentores de propriedades medicamentosas e terapêuticas.

De acordo com o texto, foi comprovada divulgação irregular dos seguintes produtos: sandálias magnéticas, chinelos magnéticos, mocassim, sapatos masculinos, purificadores magnéticos, tala de punho munhequeira, faixa abdominal magnética, corretor postural, munhequeira magnética, palmilhas magnéticas, tornozeleira, máscara magnética e infravermelho, encosto/assento Bon Voyage.

Segundo a Anvisa, os produtos não têm registro, notificação ou cadastro na agência e eram divulgados por meio do site da empresa.

No site, são atribuídos a eles benefícios como ativar a circulação sanguínea, ajudar no controle da hipertensão e melhorar a função renal; auxiliar no fortalecimento do coração, colaborar no equilíbrio das taxas de colesterol, açúcar e ácido úrico; ajudar na eliminação de toxinas, melhorar a pressão arterial e regular o sistema hormonal.

A Agência Brasil entrou em contato com a empresa Magnephoton, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.
 
Agência Brasil

Osteoporose está relacionada a doenças cardíacas, aponta estudo

Pesquisa identificou ossos mais fracos em pessoas com problemas de coração
 
Pesquisadores do Reino Unido descobriram que pessoas com histórico de doenças cardíacas apresentaram ossos mais fracos. Essa conclusão sugere que problemas de coração podem estar relacionados também à osteoporose, condição caracterizada pela redução da resistência dos ossos, tornando-os mais vulneráveis a fraturas. A doença acomete principalmente pessoas idosas.
 
Para a experiência, pesquisadores da Universidade de Southampton utilizaram uma técnica de escaneamento avançada para observar as múltiplas camadas do osso do pulso de voluntários. Segundo a equipe, a análise pode ser comparada com uma impressora 3D, que é capaz de construir camadas de um objeto.
 
Cerca de 350 homens e mulheres, com idades entre 70 e 85 anos, participaram dos testes. A conclusão mostra que a densidade mineral óssea foi identificada em menor quantidade nas pessoas com histórico de doenças cardíacas coronárias. Essa relação foi mais visível nas mulheres, apontam os especialistas.
 
Os resultados foram publicados nesta terça no Osteoporosis International.
 
Cyrus Cooper, pesquisador da Universidade de Southampton, afirma que esse foi um dos primeiros estudos que usou essa tecnologia para explorar a geometria e densidade óssea em pacientes com problemas de coração. De acordo com o especialista, embora os resultados foram satisfatórios, mais pesquisas são necessárias para fornecer uma melhor compreensão de mecanismos que relacionam as duas condições.
 
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em torno de 30% dos idosos sofrem fraturas decorrentes de pequenas quedas. Uma das principais causas desse problema é a osteoporose, condição que atinge cerca de 10 milhões de pessoas no país. De acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose, a incidência deve crescer 32% até 2050 em todo o mundo.
 
Além disso, um estudo apresentado no Congresso Mundial de Osteoporose, Osteoartrite e Doenças Musculoesqueléticas, em 2014, na Espanha, afirmou que, quanto mais tempo é dedicado pelos jovens em frente à TV ou ao computador no fim de semana, menor é o desenvolvimento ósseo e maior a predisposição à osteoporose no futuro. Os resultados sugeriram que o sedentarismo pode ter impacto sobre a baixa densidade óssea deles.

Zero Hora

Planos de saúde tentam fazer cliente deixar cigarro

Estratégias após parar de fumarPreocupadas com os custos de tratamentos de doenças graves causadas pelo cigarro, operadoras de saúde têm tentado atrair pacientes para programas antitabagismo. Com investimento relativamente baixo, as empresas vêm ampliando a iniciativa e tentando novas formas de fazer o fumante aderir ao projeto
 
Segunda maior operadora de saúde do País, com 4 milhões de beneficiários, a Amil investe cerca de R$ 300 por paciente em um programa com consultas individuais e em grupo e monitoramento remoto. O valor é inferior à despesa que a operadora teria com o tratamento de um câncer de pulmão, por exemplo, uma das principais doenças associadas ao tabagismo. Um paciente com esse tipo de tumor custa ao plano entre R$ 200 mil e R$ 400 mil.
 
"Esse programa é interessante para todos: para o paciente, que vai evitar uma patologia no futuro; para o médico, que terá um paciente com melhor condição clínica e mais qualidade de vida, e para a operadora, que tem um beneficiário mais saudável e um custo mais adequado", diz José Luiz Cunha Carneiro Junior, diretor técnico da Amil.
 
Desde 2012, quando o programa foi criado, mais de 5 mil clientes da operadora aderiram ao programa, média de 130 adesões mensais. Atualmente, 400 pacientes procuram o serviço por mês.
 
Incentivo
Fumante há 33 anos, a dona de casa Dionisia Santos Souza Pessoa, de 55 anos, foi incentivada a entrar no projeto após sofrer dois enfartes. "Como fiz a cirurgia e o tratamento no hospital da Amil mesmo, via os cartazes sobre esse programa nos corredores e decidi aderir. Meu médico falou que qualquer traguinho seria um veneno para mim. Não era só uma questão de qualidade de vida, era questão de sobrevivência", diz ela, que aderiu ao programa em março e está há três meses sem fumar.

"Já tinha tentado parar por conta própria outras vezes, mas essa estratégia de fazer reuniões em grupo me ajudou muito. Um paciente apoia o outro." De acordo com a Amil, um em cada três beneficiários que aderiram ao plano parou de fumar em um ano.

O câncer de pulmão é o tumor mais prevalente entre os pacientes da operadora. Entre 2012 e 2015, o número de pessoas que passaram por quimioterapia por causa da doença dobrou.

Na Bradesco Saúde, maior operadora do País, com quase 4,1 milhões de clientes, o programa antitabagismo é oferecido às empresas. A companhia interessada em oferecer o serviço aos funcionários paga R$ 3,6 mil por pessoa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

R7

Remédios para pressão alta podem reduzir risco de Alzheimer, dizem cientistas

Hipertensos têm menor incidência da doença, aponta estudo publicado na PLOS Medicine
 
Medicamentos usados para reduzir a pressão sanguínea podem auxiliar a retardar os efeitos do mal de Alzheimer. A hipótese foi levantada pelos autores de um estudo publicado na revista PLOS Medicine.
 
A pesquisa — uma parceria das universidades de Brigham Young e Cambridge, na Inglaterra, de Aarhus, na Dinamarca, e de Washington, nos Estados Unidos — analisou 17 mil pessoas com Alzheimer e 37 mil pessoas sem a doença.
 
Os outros cientistas tentaram identificar relações entre o mal de Alzheimer e uma série de doenças ou condições de saúde, como diabetes, colesterol alto e obesidade.
 
Apenas hipertensão apresentou uma ligação significativa. E, de modo surpreendente, para o bem: pessoas com tendência à pressão alta têm menor incidência de Alzheimer.
 
“Nossos resultados são o oposto do que as pessoas podem pensar”, disse Paul Crane, da Universidade de Washington, em texto publicado pelo portal de divulgação científica EurekAlert. “É provável que esse efeito protetivo venha de medicamentos contra a hipertensão”, disse John Kauwe, da Brigham Young.
 
O estudo deve impulsionar outras análises sobre os efeitos dos medicamentos contra hipertensão para o combate ao Alzheimer.

R7
Anvisa suspendeu a distribuição, comercialização e uso, do lote 1224475 do medicamento Standor ®, ácido mefenâmico, 500 mg, comprimido válido até (09/2016)
 
A determinação ocorreu após a empresa União Química Farmacêutica Nacional S.A, fabricante do produto; comunicar o recolhimento voluntário em razão da presença de amostras danificadas no interior de blisteres do lote citado.
 
A Anvisa determinou que a empresa promova o recolhimento do estoque existente no mercado.
 
A medida está na Resolução nº 1.883/2015, publicada nesta segunda-feira (29/6) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Droga que impede desenvolvimento de células cancerosas traz nova esperança de tratamento

Divulgação/Instituto Salk
Reciclagem da célula (mostrada em verde) é elevada em
células do câncer de pulmão; o novo inibidor de enzima
suprime a reciclagem
Estudo identifica uma molécula que especificamente bloqueava a primeira etapa do processo conhecido como autofagia
 
Rio - À medida que um tumor cresce, suas células cancerosas aumentam o processo de ganho de energia para ajudar no seu desenvolvimento apressado. Este processo, chamado autofagia, é normalmente utilizado por uma célula para reciclar organelas danificadas e proteínas, mas é cooptado também para atender a sua energia aumentada e sua demanda metabólica. Cientistas do Instituto Salk e do Instituto de Descoberta Médica Sanford Burnham Prebys (SBP, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, desenvolveram uma droga que impede o início de autofagia em células cancerosas, trazendo novas esperanças de tratamento para a doença.
 
Publicado na revista “Molecular Cell”, o novo estudo identifica uma pequena molécula que especificamente bloqueava a primeira etapa de autofagia, efetivamente cortando os nutrientes reciclados que as células cancerosas necessitam para viver.
 
Altamente seletivo, o medicamento, que os estudiosos chamaram de SBI-0206965, matou com sucesso uma série de tipos de células cancerosas, incluindo as de câncer de pulmão em seres humanos e em ratos e de câncer no cérebro em seres humanos, alguns dos quais são particularmente dependentes de reciclagem celular, conforme previamente mostrado em outros estudos.
 
“A descoberta abre a porta a uma nova maneira de atacar o câncer”, diz Reuben Shaw, autor sênior do papel, professor do Laboratório de Biologia Molecular e Celular do Instituto Salk. “O inibidor provavelmente terá maior utilidade com uma combinação de terapias direcionadas."
 
Além do câncer, os defeitos de autofagia têm sido relacionados com doenças infecciosas, neurodegenerativas e problemas cardíacos. Em um estudo de 2011 publicado na revista “Science”, Shaw e sua equipe descobriram como as células carentes de nutrientes ativam a molécula-chave que dá início à autofagia, uma enzima chamada ULK1.
 

Instituto Salk
Os cientistas Matthew Chun, Nicholas Cosford e Reuben Shaw
O raciocínio de que inibir a ULK1 pode extinguir alguns tipos de câncer, ao sufocar um suprimento de energia principal que vem do processo de reciclagem, o grupo de Shaw e outros queriam encontrar uma droga que inibisse a enzima. Apenas uma fração dos inibidores que mostram a promessa em um tubo de ensaio acabam trabalhando bem em células vivas. O grupo de Shaw passou mais de um ano estudando como a ULK1 funciona e como desenvolver novas estratégias para testar sua função em células.
 
Uma descoberta chave veio quando Shaw conheceu outro autor sênior do estudo, Nicholas Cosford, professor do Centro de Câncer do PAS. Cosford estava investigando ULK1 usando química medicinal e biologia química, e tinha identificado alguns compostos de chumbo promissores. Os esforços combinados de dois laboratórios examinaram centenas de moléculas potenciais para a inibição ULK1, estreitando a lista para algumas dezenas e, eventualmente, uma.
 
“A chave do sucesso para este projeto veio quando combinamos a profunda compreensão de Reuben da biologia básica da autofagia com a nossa experiência química”, diz Cosford. “Isso nos permitiu encontrar uma droga que fosse direcionada para ULK1 não apenas em um tubo de ensaio, mas também em células tumorais. Outro desafio foi encontrar moléculas direcionadas seletivamente à enzima ULK1 sem afetar as células saudáveis. O nosso trabalho fornece a base para um novo medicamento que irá tratar o câncer resistente cortando um principal processo de sobrevivência das células de tumor”.
 
O Globo

Medicamento Rialcool 70 antisséptico tem lote suspenso pela Anvisa

A Anvisa suspendeu a distribuição, comercialização e uso do lote R1401087 do medicamento RIALCOOL 70 ANTISSÉPTICO, álcool etílico, com validade até março de 2017
 
A Indústria Farmacêutica Rioquímica Ltda, fabricante do produto, informou o recolhimento voluntário do lote após constatar presença de partículas em suspensão e alteração no aspecto.
 
A medida está na Resolução 1.8736, publicada nesta segunda-feira (29/6) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Excesso de vitamina B12 pode causar acne

Los Angeles – A acne é um problema recorrente em adolescentes e em alguns adultos. Embora o aparecimento da acne normalmente não esteja associado a nenhuma condição patológica grave, sua presença pode trazer constrangimento e problemas psicológicos em algumas pessoas
 
Um recente estudo realizado pela University of California Los Angeles (UCLA) nos Estados Unidos associou a vitamina B12 ao aparecimento da acne e sua proliferação.
 
O estudo em detalhes
O estudo foi publicado na edição de 24 de Junho de 2015 na revista científica Science Translational Medicine, coordenado pelo dermatologista Dr. Noah Craft.
 
De acordo com os resultados do estudo, a vitamina B12 faz com que as bactérias normalmente encontradas na pele comecem a produzir agentes químicos que causam aparecimento da acne. A bactéria em questão, encontrada tanto em pessoas com e sem acne, é aPropionibacterium acnes. A diferença é que em pessoas com acne, essa bactéria tem metabolismo diferenciado.
 
Os pesquisadores encontraram 109 genes que são mais ativos nas bactérias de pessoas com acne e 27 genes menos ativos. Os pesquisadores deram suplementos de vitamina B12 para 10 indivíduos sem acne, e um deles desenvolveu acne 1 semana depois. Esse estudo fornece uma possível explicação para um fato que os cientistas já coheciam mas não entendiam o porquê, que a vitamina B12 causa acne.
 
O problema da acne
 
A acne é um problema comum da adolescência e é causada por uma inflamação dos folículos pilossebáceos, normalmente associada à uma bactéria. Embora mais comum nos adolescentes, a condição pode persistir na fase adulta e parece ser mais comum nos homens que nas mulheres. Sua fisiopatologia é complexa e envolve diversos fatores, como idade, alimentação, fatores genéticos, variações de taxas hormonais, estado emocional e fatores ambientais. Algumas doenças genéticas também facilitam o aparecimento da acne. Ela é mais comum em áreas de grande oleosidade, como a zona T do rosto e nas costas. Muitos tratamentos são baseados na limpeza e esfoliação da pele com agentes como ácido salicílico, ácido glicólico e derivados da vitamina A. Em alguns casos, o uso de antibióticos tópicos e orais é necessário para combater a proliferação das bactérias.
 
A vitamina B12
A vitamina B12, também conhecida como cianocobalamina, é cofator importante para diversas funções no organismo. Seu consumo é necessário para o metabolismo de ácidos nucleicos das células do sangue, prevenção de problemas cardíacos e derrame cerebral, manutenção do sistema nervoso e prevenção da anemia megaloblástica.
 
A deficiência de vitamina B12 tem sido associada a problemas de memória e falta de concentração, fadiga e problemas musculares, problemas circulatórios e no sistema nervoso central (como alucinações e paranoia), e problemas hematológicos. As principais fontes de vitamina B12 incluem fígado, atum, salmão, carne, leite e ovos.
 
Embora o seu consumo seja fundamental para o ser humano, o estudo realizado pela UCLA mostrou que o excesso favorece o aparecimento da acne. O uso sem recomendação nutricional ou médica de suplementos alimentares ricos em vitamina B12 pode levar a efeitos colaterais indesejáveis. Além disso, seu excesso pode levar a alterações nos linfócitos e no baço. Portanto, o melhor a se fazer é verificar se realmente a suplementação com vitamina B12 é necessária.

Cria Saúde

Medicamento Resfryneo está suspenso pela Anvisa

Anvisa suspendeu a distribuição, comercialização e uso, de todos os lotes dentro do prazo de validade do medicamento Resfryneo (paracetamol), cloridrato de fenilefrina, maleato de clorfeniramina), cápsula e solução oral
 
O medicamento é fabricado pela empresa Brainfarma Indústria Química e Farmacêuticas S.A e foi suspenso após auditoria da vigilância sanitária.
 
Durante a inspeção foi constatado a utilização de fabricante de fármaco, matéria prima do medicamento, em locais não aprovados pela Agência.
 
A medida está na Resolução nº 1.885/2015, publicada nesta segunda-feira (29/6) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Decepção com prótese ‘medieval’ leva britânico a criar mãos baratas feitas em 3D

Nicky Ashwell usa uma prótese ultramoderna
BBC: Nicky Ashwell usa uma prótese ultramoderna
Custo de mãos e braços biônicos está caindo, mas avanços tecnológicos na medicina prostética ainda estão além da capacidade financeira de muitos britânicos
 
Na semana passada na Grã-Bretanha, Nicky Ashwell, uma mulher que nasceu sem uma das mãos, exibiu uma prótese biônica feita com tecnologias tiradas da Fórmula 1 e de programas militares para imitar os movimentos de uma mão comum, o que inclui 14 posições.
 
Segundo a mulher, o sentimento de naturalidade é muito maior. Segundo a Steeper, o fabricante da prótese, o sistema custa o equivalente a quase R$ 150 mil.
 
A tecnologia é de causar inveja em muitas pessoas que precisam de próteses, e o problema é que a maioria delas não terá acesso a esse tipo de prótese por ela ser cara demais.
 
Terceira dimensão
Uma dessas pessoas é Stephen Davies. Em 2008, ele visitou uma unidade de próteses do Sistema Nacional de Saúde pública britânico (NHS), em busca de uma opção mais funcional para o braço artificial que usava - tinha dificuldades em atividades de jardinagem e precisava de uma prótese cuja mão pudesse fechar o punho.
 
Davies, porém, recebeu o que batizou de "prótese medieval", para lá de rudimentar em comparação com a prótese de Ashwell, por exemplo.
 
"Eu não podia acreditar no que estava vendo. Eu já escondia meu braço mesmo antes de ter recebido aquilo", lembra.

A prótese antiquada fez com que Stephen Davies investisse em impressora 3
BBC: A prótese antiquada fez com que Stephen Davies
 investisse em impressora 3
Sua solução foi procurar uma instituição de caridade, a e-NABLE, que usa impressoras 3D para criar mãos de desenho simples para pessoas que não têm dinheiro para próteses biônicas.
 
Apesar da simplicidade, os modelos são sofisticados o suficiente para permitir o movimento dos dedos.
 
Davies juntou os cerca de R$ 9 mil necessários para comprar uma impressora 3D e não só imprimiu uma mão para ele mesmo: ele tem ajudado outras pessoas na mesma situação.
 
Versatilidade
"Não há muitas pessoas com esse tipo de iniciativa no Reino Unido, então as pessoas estão desesperadas por opções. Especialmente as crianças, porque elas crescem rápido e precisam atualizar as próteses regularmente", explica o britânico.
 
BBC Brasil / iG

Produtos ortopédicos são liberados pela Anvisa

A Anvisa liberou a divulgação, comercialização e implante, dos produtos listados na tabela abaixo, para os lotes a serem fabricados pela empresa Ortobio Indústria e Comércio de Produtos Ortopédicos Ltda a partir da data desta publicação

Por meio do Parecer Técnico emitido pela Anvisa após avaliação do Relatório de Inspeção de 30/1/2015 na empresa, a Agência revogou parcialmente a Resolução nº 4.939, de 23 de dezembro de 2013.

Dois produtos ainda estão suspensos.  

Apesar da liberação dos produtos, permanece em vigor a suspensão da divulgação, comercialização e implante dos produtos Prótese para Artroplastia de Joelho Ortobio (Registro: 80062900004) e Prótese Total de Quadril (Registro: 80062900002) fabricados pela empresa Ortobio Indústria e Comércio de Produtos Ortopédicos Ltda.
 
Produto
Registro/Cadastro
Parafuso ósseo metálico80062900003
Parafuso de interferência de titânio Ortobio80062900006
Fixador externo Ortobio80062900007
Fios e pinos rígidos implantáveis Ortobio80062900008
Parafuso canulado em aço inoxidável80062900012
Fixador externo tipo Colles800629009003
Placa óssea reta80062900001
Instrumental para implantes de ligamento80062900013
Instrumental para haste intramedular bloqueada80062900009
Instrumental para aplicação de placas e parafusos80062900016
Kit instrumental para fixador externo hibrido Ortobio80062909001
Kit instrumental para parafuso canulado80062909002
Kit instrumental para placas e parafusos LPS80062909004
Ancora com fio fiber e aplicador descartável80062900022
Fixador externo hibrido (sem pino Schanz)80062900019
 
A medida está na Resolução nº 1.871, publicada nesta segunda-feira (29/6) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Você ainda será operado por robô; entenda como funciona a robótica na medicina

Mesmo cirurgiões altamente treinados apresentam pequenos tremores quando operam em campos reduzidos; robôs podem eliminar esse problema
Arquivo Pessoal: Mesmo cirurgiões altamente treinados
apresentam pequenos tremores quando operam em
campos reduzidos; robôs podem eliminar esse problema
Médico que trouxe técnica para o Brasil ressalta importância da tecnologia: “Quando colocamos um cirurgião que não tem tanta perícia, com o auxílio do robô ele consegue fazer”
 
Um dia você ainda vai ser operado por um robô. Essa afirmação é real, diante do avanço da tecnologia médica que busca constantemente fazer cirurgias menos invasivas e que gerem menos dor ou trauma ao paciente. O resultado? Um procedimento mais seguro, preciso e que permite ao paciente sair do hospital com alguns dias de antecedência, diante da recuperação mais rápida.
 
Mas calma: não é aquele robô com pernas e braços que saem andando pelos corredores e te dizem bom dia, como nos filmes. São instrumentos robóticos que obedecem ao comando de um cirurgião experiente e que escalonam movimentos, evitando aquele tremor que todos os humanos têm – por mais experiente que seja – e permitindo acesso a áreas mais delicadas do corpo humano.
 
Já usado na urologia, com alguns tipos de cirurgia cardíaca e abdominal – como a retirada de vesícula -, hoje um dos trunfos da robótica foi ter entrado no campo da neurologia. Se há um local em que a precisão é ainda mais do que fundamental, esse lugar é o cérebro e outras áreas neurológicas. O cirurgião neurológico, Paulo Porto de Melo foi aquele que trouxe essa técnica para o Brasil, direto dos Estados Unidos, em 2011. “O primeiro mito que devemos esclarecer é que o robô não opera sozinho”, diz ele, dirigindo-se aos temerosos da substituição do homem pela máquina.
 
De fato, a robótica é usada como uma extensão da mão do cirurgião. Onde ele não consegue alcançar, muitas vezes o robô consegue e, por meio do escalonamento de movimentos, o cirurgião consegue comandar o aparelho a fazer movimentos milimétricos com pouca chance de erro.
 
“Ele amplifica a potencialidade do cirurgião e filtra o tremor que todos têm. Mesmo os mais renomados, quando operam em campos muito pequenos, tremem um pouco. É inerente. Além de o robô eliminar esse tremor, o punho dele gira em sete eixos diferentes, 360 graus. O punho humano não gira 360 graus em canto nenhum, por isso o robô consegue maior acesso”, explica Melo.
 
Ele conta que, se um cirurgião precisa de um movimento pequeno, ele ajustará o robô para um “movimento fino”, mas poderá fazer um maior, já que o robô conseguirá filtrar e fará menor. “Se faço um movimento de 0,5 centímetro, o robô fará de 0,05 centímetro. Isso acaba deixando a cirurgia mais delicada, mais precisa, mais segura, com acesso a regiões que não se conseguiria facilmente, porque o tamanho da mão do robô é muito menor do que a mão humana”, entusiasma-se.
 
Paulo Porto de Melo trouxe a técnica da cirurgia neurológica robótica ao Brasil
Vieira Press - Paulo Porto de Melo trouxe a técnica da
 cirurgia neurológica robótica ao Brasil
Perícia
O neurocirurgião explica que o robô hoje usado nas cirurgias neurológicas não foi desenvolvido pensando em tal atividade. “Em conjunto com universidades americanas, estamos desenvolvendo uma série de protocolos e técnicas de cirurgia robótica para nos aproveitarmos do robô existente”, diz ele, que também é diretor de neurocirurgia da Sociedade Mundial de Cirurgia Robótica.
 
Segundo o médico, em aneurismas cerebrais completos, à mão livre, muitas vezes, não é possível fazer reparos diretamente. “Para fazer um determinado procedimento, precisamos dar pontos na parede da artéria com um fio que tem um décimo da espessura de um fio de cabelo. Eu faço isso, mas são poucos os médicos que conseguem. “Quando colocamos um cirurgião que não tem tanta perícia, com o auxílio do robô ele consegue fazer”, conta.
 
Melo comenta que isso permite que essa medicina tão minuciosa não dependa apenas da mão de poucos peritos, abrindo assim um caminho para um maior acesso a cirurgias.
 
Ele conta, no entanto, que se algo der errado no meio da cirurgia, o procedimento pode ser convertido para uma cirurgia convencional. “Se possível, usamos o robô. Se não for possível, podemos converter. Antigamente se operava a vesícula por via aberta, eram dois palmos de incisão. Depois, surgiu a videolaparoscopia. Quando dava errado, convertia-se para vídeo em convencional. À medida que a experiência por vídeo aumentou, a taxa de convencionais foram caindo”.
 
Telemedicina
Não só cirurgias presenciais podem ser feitas com robô, mas também aquelas à distância. Segundo Melo, isso beneficiaria populações remotas que não têm acesso a um cirurgião experiente na área em que precisa.
 
“Se um paciente estiver no meio da Amazônia e tiver um robô lá, pode-se operar a quatro mãos”, diz o neurocirurgião. Mesmo que o médico no local não tenha tanta experiência, com a telemedicina é possível conseguir um sistema de tutoria com alguém mais habilitado. Logo, o cirurgião local acompanha a cirurgia e pode intervir em qualquer situação, enquanto o especialista na área opera remotamente.
 
Melo conta que o maior trunfo da neurocirurgia será quando um instrumento chamado neuronavegador for aprimorado. Esse instrumento funciona como uma espécie de GPS, em que o médico o alimenta com uma ressonância de alguém que tem um tumor e, em tempo real, o neuronavegador vai mostrando na tela onde está o instrumento do cirurgião.
 
“Quero a integração do neuronavegador com o robô. Quero que o neuronavegador desenhe para o robô os corredores de trabalho seguros. Se o indivíduo, inadvertidamente quiser ir para um lado não seguro, o robô travaria”, conta ele. “Às vezes, acontece de o médico ir para um lado errado, pois uma artéria está 3 milímetros para um lado em que não deveria estar. O robô simplesmente travaria nesses casos”, conta, esperançoso.

iG

IFF inaugura parque infantil

Foto/Reprodução
Com a criação do parque, as visitas ao Instituto serão transformadas em momentos de fantasia e diversão
 
O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), por meio do Núcleo de Apoio a Projetos Educacionais e Culturais (Napec), contempla mais uma iniciativa voltada à criação de um espaço lúdico. No próximo dia 2/7, às 10 horas, acontecerá a inauguração do Parque Infantil Fernandes Figueira. A ideia do parque dentro do Instituto pediátrico é torná-lo um espaço leve e divertido, propiciando novas e diferentes experiências entre as crianças e adolescentes atendidos, seus familiares e os profissionais de saúde.
 
Para Magdalena Oliveira, coordenadora do Napec, ao entrar no IFF, as crianças reconhecerão, de imediato, um ambiente que diga respeito à infância, com brinquedos, música, leitura e atividades de livre criação. A proposta é contribuir para um tratamento que ultrapasse os limites físicos do adoecimento, fazendo com que o paciente modifique suas percepções acerca das experiências vivenciadas dentro do hospital.
 
“Uma criança percebe, constrói, vive e organiza o mundo e os espaços de forma particularizada e diferente dos adultos. A organização de um ambiente que seja mais favorável à situação da infância, oferece uma condição promotora da saúde. O parque reinventa o ambiente hospitalar, introduzindo novas estratégias no que diz respeito ao planejamento na área de saúde da criança. Para os profissionais de saúde, o parque é uma ferramenta facilitadora na recepção e no contato com a criança e sua família”, enfatizou Magdalena.
 
As atividades desenvolvidas serão coordenadas por uma equipe formada por profissionais de Pedagogia e Psicologia, juntamente com voluntários capacitados, e serão abertas aos pacientes dos diversos ambulatórios do Instituto.
 
Parcerias que fazem a diferença
Para que a iniciativa se tornasse possível, o Grupo Riwa, empresa que atua no segmento de construção e infraestrutura em diferentes partes do Brasil, não mediu esforços para sua realização, abraçando o projeto e formulando soluções a partir de um proposta apresentada pelo Napec. O trabalho foi pensando com base na observação da rotina do Instituto e seguiu as diretrizes defendidas pela Política Nacional de Humanização (PNH/MS) para o Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto contou com a participação de outras instituições - RIOinclui, Instituto Todos com Felipe, Animason e Super COC, que desenvolvem ações de responsabilidade social, propagando cidadania, cooperação e dignidade.
 
Serviço:
 
Inauguração do Parque Infantil Fernandes Figueira
 
Data: 2 de julho de 2015
 
Horário: 10h
 
Local: Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) / Avenida Rui Barbosa, 716 – Flamengo – RJ
 
Juliana Xavier
Assessoria de Imprensa IFF/Fiocruz
(21) 99627-3790 (21) 2552-8829

“A medicina precisa ir além da visão da máquina”, diz o ativista quântico

Créditos: Físico quântico - Amit Goswami. Foto: Bruno Cavini
Esbanjando tranquilidade e simplicidade a cada passo e a cada gesto, o físico indiano Amit Goswami chegou ao Saúde Business Forum um dia antes de sua apresentação
 
 
Mesmo depois de algumas horas de voo (ele reside no Oregon – EUA), nada parece abalar sua serenidade e gentileza. Há em Amit, já nos primeiros momentos ele pediu para chamá-lo assim, algo visivelmente coerente com seu discurso: a atenção no trato com o próximo, e a consciência de enxergar o outro como parte do todo, ou seja, parte de nós.
 
E foi essa a tônica de sua apresentação, que convidou o público a refletir sobre como as ações estão diretamente ligadas entre si e como este envolvimento pode ser a chave para o relacionamento entre médico e paciente. Amit utiliza a física quântica para explicar sua teoria, na qual a consciência “é a base de todo ser” e não a matéria. Aliás, é a visão materialista, que considera apenas as interações materiais, que é apontada por ele como um problema em várias vertentes, entre elas a medicina.
 
O físico cita o biólogo francês, já falecido, Jacque Monod . “O corpo é uma máquina! A mente é uma máquina! A alma é uma máquina!”. Mesmo sendo esta uma ideia do século passado, a medicina praticada hoje é a mesma de 1950, na qual o foco é tratar o corpo como uma máquina. Porém, ele não é. Da mesma forma que o médico não é apenas um profissional, antes de tudo, é um ser humano, assim como o paciente. Por isso, segundo o físico, é preciso ir além da visão da máquina, seja a máquina de diagnóstico ou mesmo pelo humano visto como tal, para a relação entre o paciente e o médico acontecer.
 
“Os médicos não sabem o que o paciente tem a dizer, por isso temos que treiná-los para sentirem a dimensão de sua saúde física. Assim, eles saberão como o corpo físico interage com o não físico”, explica.
 
Segundo o indiano, 70% das pessoas são tratadas pela medicina farmacêutica, em que o tratamento não atua na causa dessas enfermidades. Esses mesmos 70% dependem da atitude do paciente em prol da cura. “Se [o paciente] acreditar, sentir no coração que pode ser curado, isso tem um poder muito grande no corpo. Quando o coração e o cérebro se juntam, a possibilidade de cura está escolhida. Neste ponto, o paciente escolhe ser curado e a possibilidade aumenta”, acredita o físico.
 
Obviamente, ele alerta que não se deve abrir mão dos tratamen-tos convencionais e que o ideal é conciliar a medicina tradicional com a chamada “intenção de cura”. Amit finaliza sua apresentação dizendo que “ a cooperação entre médico e paciente está em uma única consciência” e que essa parceria tem um poder muito forte.
 
“Quando essa cooperação acontece, e os sujeitos têm amor pelo outro e amor próprio, a escolha [pela cura] está feita”.
 
Em sua apresentação, você falou sobre a forte conexão entre o paciente e o médico. Os médicos concordam com você?Há um forte materialismo, no qual toda a avaliação dos problemas dos pacientes é feito por máquinas. Esse é o processo mecânico, mas o processo do humano não é mecânico. Como ter uma experiência interna efetiva em nosso corpo físico? A mente tem efeito, a energia tem efeito, um grande efeito sobre o corpo físico e isso produz doenças. É preciso reconhecer que a tradicional medicina está muito longe ter a causa, exceto as causas muito materiais como bactérias e vírus, mas não para as doenças crônicas, por exemplo.
 
Você mencionou que 70% dos pacientes têm tratamentos com medicamentos, mas 70% da cura depende das ações dos pacientes. O que isso significa?Depende tanto das ações dos pacientes quanto do que eles acreditam. Se os pacientes têm uma boa atitude para cura e se confiam nos médicos. Existem testes em que se usam pílulas de açúcar para o tratamento de depressão e o que acontece? Acontece que a mentalidade conduziu para a cura e os pacientes realmente escolheram a cura ao invés da doença. Os pacientes escolhem automaticamente. Os pacientes mudarem o mindset é o mais importante.
 
Na sua opinião, qual a solução para os sistemas de saúde?Solução é estar dentro do corpo humano. A medicina materialista só trata o corpo humano como se ele fosse uma máquina. Mas o corpo humano tem uma parte que máquina nenhuma tem, a parte interna. E essa parte interna tem forte efeito no corpo físico, no corpo mental e no corpo supramental [segundo ele, onde reside o corpo, a mente e o amor], pois ela está consistentemente em ‘nós mesmos’ e no corpo humano. Algumas dimensões são ignoradas na abordagem material. Quando se inclui o indivíduo na medicina da energia, na medicina tradicional chinesa ou na ayurveda indiana, se descobre a medicina criativa, a medicina espiritual e se trabalha no supramental e consistentemente na área espiritual dos seres humanos.
 
O ativista quântico
Nem todos concordam com as teorias de Amit. Seu discurso não foi unânime durante o encontro em Punta Cana e também recebe críticas do meio científico. Porém, sua trajetória e produção acadêmica tem recebido destaque ao longo dos últimos anos. Indicado ao Prêmio Nobel, o indiano é PhD em Física Quântica pela Universidade de Calcutá (Índia), pesquisador e professor de Física da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos. Também é autor de livros como “O Ativismo Quântico”, “Criatividade para o século 21”, entre outras.
 
Saúde Web

Saiba como evitar acidentes dentro dos quartos

A auxiliar de serviços gerais, Silvana Janaína, caiu recentemente no próprio quarto. Ela conta que o acidente provocou uma fratura no pé
 
“Eu estava deitada e fui me levantar, para fazer Deus sabe lá o que, fui inventar de fazer alguma coisa, aí tinha o raio do tapete e eu tropecei e o meu dedinho ficou aberto. Tive que botar uma tala por uma semana. Prejudicou, porque eu não podia trabalhar, porque eu não podia colocar o pé no chão.”
 
As quedas sofridas dentro dos quartos são muito comuns. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), mais de 55 por cento dos pacientes que foram internados em 2013 tinham caído dentro de casa. Medidas como ajustar a altura da cama e, se preciso, trocar o colchão por um modelo mais firme podem ajudar a evitar esses acidentes.
 
É o que explica o coordenador assistencial do Into, Naasson Cavanellas. “Tem que ter iluminação. Existe uma incidência muito alta de quedas à noite, tapetes, obstáculos como cadeiras, poofs. São coisas que as pessoas não ficam atentas e depois podem sofrer com esses pequenos acidentes. Isso tudo tem que ser retirado para evitar ou diminuir a incidência de quedas.”
 
O Into lançou nesta semana uma campanha para alertar o público em geral sobre o perigo das quedas. A mobilização é resultado da pesquisa que o Instituto realizou com cada um dos pacientes internados por fratura, entre janeiro e setembro de 2013.
 
 

Saiba como evitar acidentes nas ruas

Foto: ConnelDe acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), 65%  das pessoas que são internadas na Unidade estão lá porque caíram em casa ou na rua
 
É o caso da aposentada Carmem Lima. Ela sofreu uma queda em frente à casa dela.  “Eu levantei rapidinho, porque não tinha ninguém para acudir, levantei e daí desci com calma para abrir o portão, porque tem um degrauzinho e tem dois cachorros que quer fugir na rua, e eu então, acho que olhando mais para os cachorros, eu caí, não vi o degrauzinho.”
 
Os degraus e várias situações que  podem ser encontrados nas casas e nas ruas são uma ameaça para quem não anda com atenção. Para evitar quedas , o coordenador assistencial do Into, Naasson Cavanellas, dá dicas para a população.
 
“O calçado da pessoa, também, é importante nas ruas. Os calçados que não sejam muito altos, principalmente as mulheres, calçados com algum tipo de solado antiderrapante, por conta de algum piso molhado na rua, as pessoas ficarem atentas às obras, ficar atento às sinalizações na hora de atravessar a rua. Os ônibus, também, tomar cuidado dentro dos ônibus, que também são locais que acontecem quedas importantes, os motoristas têm que ser conscientizado com o cuidado com o idoso.”
 
O Into lançou nesta semana uma campanha para alertar o público em geral sobre o perigo das quedas. A mobilização é resultado da pesquisa que o Instituto realizou com cada um dos pacientes internados por fratura, entre janeiro e setembro de 2013.
 
 

Eficácia da pílula do dia seguinte para obesas é reduzida

O uso da “pílula do dia seguinte” para contracepção de emergência é uma alternativa bem conhecida por muitas mulheres. Um estudo francês avalia a eficácia deste método em mulheres com sobrepeso e obesas.
 
O uso dos métodos contraceptivos de urgência, mais conhecido na forma da “pílula do dia seguinte”, é um alento para as mulheres, que por razões diversas, se deparam com o risco de gestação não planejada. E as razões incluem desde o esquecimento ou falha no uso do anticoncepcional à relação sexual inesperada.
 
Ainda que sua eficácia não seja de 100%, é uma estratégia de última hora para evitar, legalmente, a gravidez. Mas será que a eficácia da contracepção de emergência depende do peso e do índice de massa corporal (IMC) da mulher?. Para responder esta intrigante questão, pesquisadores franceses agruparam dados de 2 grandes ensaios clínicos randomizados, multicêntricos, que procuraram avaliar a eficácia contraceptiva de emergência com o uso da droga Levonorgestrel.
 
No total foram obtidos dados de 1.731 mulheres, dentre as quais ocorreram 38 gestações foram relatados. Os resultados mais importantes mostram uma diferença de eficácia entre as mulheres acima do peso e com peso normal. O mesmo achado foi observado para aumento do IMC. A taxa de gravidez aumentou significativamente de 1,4% para o grupo de mulheres pesando entre 65 e75 kg a 6,4% nas mulheres pesando entre 75-85 kg. Para aquelas acima dos 85 anos a taxa foi de 5,7%.

Modelagem estatística demonstrou um forte aumento no risco de gravidez, ao redor de 6%, nas mulheres com 80 kg ou mais. Os autores da pesquisa chegam a afirmar que o risco de gravidez nas mulheres co maior peso eram semelhantes ao risco da mulheres que não usaram contracepção. A explicação para a queda de eficácia do método nas mulheres obesas pode estar relacionada as alterações metabólicas associada com a obesidade. No entanto, os reais mecanismos desta redução permanecem obscuros, ainda que este fato já tenha sido observado com outros tipos de contracepção hormonal, incluindo os métodos de longa duração, onde o esquecimento está fora de questão.
 
E para complicar a questão ainda mais, também não se trata de uma possível dose insuficiente do hormônio usado na anticoncepção de emergência. Enquanto o mistério permanece, cabem aos pesquisadores novos desafios e, as mulheres, muita atenção com a atividade sexual desprotegida. Principalmente se elas estiverem acima do peso.
 
(Kapp et al. Effect of body weight and BMI on the efficacy of levonorgestrel emergency contraception . Contraception 91 (2015) 97–104)
 
UOL

Consultórios médicos chegam a receber 40% mais pacientes no inverno

Foto/Reprodução
O inverno começou no dia 21 de junho e, nessa época do ano, o Brasil registra um aumento na incidência de alergias e gripe, além da agudização de doenças crônicas, como asma e bronquite, por processos infecciosos
 
Durante essa temporada, clínicas e hospitais recebem um alto número de pacientes, principalmente crianças, com problemas respiratórios. Para prevenir os sintomas é preciso que a população esteja atenta a alguns cuidados essenciais.
 
Segundo especialistas, o movimento nos consultórios médicos aumenta cerca de 40% nesses meses e os principais fatores para o desencadeamento de doenças respiratórias estão atrelados às baixas temperaturas. Alberto Chebabo, infectologista e integrante do corpo clínico do Laboratório Bronstein Medicina Diagnóstica, alerta que devemos tomar cuidado com o próprio frio – um irritante natural das vias aéreas –, com a redução da umidade relativa do ar e com as inversões térmicas, responsáveis por maior acúmulo de poluentes na atmosfera.
 
Crianças, adultos e idosos com transtornos crônicos devem se proteger, evitando locais fechados e pouco arejados com grande concentração de pessoas e a utilização de casacos de lã e de cobertores que ficaram guardados no armário por longos períodos. “Nossa saúde pode ser influenciada pelas mudanças de temperatura. Portanto, alguns cuidados, como a vacina contra a gripe, são essenciais para evitar o agravamento de doenças crônicas”, comenta Chebabo.
 
Em boa parte dos casos, o principal sintoma é a crise alérgica, provocada pela reação do organismo quando as pessoas sensíveis a determinadas situações entram em contato com agentes desencadeantes chamados alérgenos. “Portanto, alguns cuidados são essenciais para evitar o desencadeamento de doenças alérgicas”, comenta o infectologista.
 
A asma é caracterizada pela presença de inflamação, hiperresponsividade e obstrução reversível das vias aéreas, tendo como manifestações clínicas principais tosse seca, falta de ar, chiado no peito e dor ou aperto no peito. A rinossinusite alérgica, mais conhecida como rinite, é ocasionada pela exposição aos alérgenos e caracterizada por espirros em salva, tosse, olhos lacrimejantes, coriza, prurido e congestão nasal. Tanto a asma quanto a rinite são doenças com determinação genética e influenciadas por fatores ambientais.
 
A bronquite consiste, em termo mais genérico, na inflamação dos brônquios, podendo ser ocasionada por infecções, agentes irritantes e alergia. No nosso país, a população frequentemente chama de bronquite o que, na verdade, é asma. Da mesma forma, sinusite é a inflamação dos seios da face que apresenta diversos agentes infecciosos desencadeantes.
 
Para a maioria das alergias o tratamento deve ser focado no bom controle ambiental e na terapia farmacológica a ser indicada pelo médico, de acordo com o quadro clínico do paciente. Existe uma relação de descongestionantes nasais que são vendidos sem receita e de pessoas que fazem uso abusivo deles. Chebabo lembra que “estes podem ter efeitos adversos se utilizados sem indicação médica, pois tendem a induzir a um quadro de rinite medicamentosa e agravar outras afecções”.
 
O médico também reforça que, apesar de serem doenças sem cura aparente, elas podem ser controladas, permitindo uma grande melhora da qualidade de vida de seus portadores.
 
Rachel Lopes
Assessoria de Impresna

Pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA) conquistam manual sobre a doença

Conteúdo traz informações desde diagnóstico até direitos sociais; no mundo, existem 200 mil pessoas com a enfermidade
 
Pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA) — uma doença que provoca o endurecimento dos músculos, levando à perda progressiva dos movimentos — passam a contar com um manual completo sobre a doença. Voltado para pacientes, profissionais, familiares e cuidadores, o material pode ser acessado gratuitamente pela internet.
 
Inédito, o manual reúne informações sobre temas como hereditariedade da doença, diagnóstico, reabilitação motora, direitos sociais e civis dos pacientes, sexualidade e alimentação.
 
– É o único manual completo sobre a ELA. Trabalhamos durante um ano. É uma prestação de serviço, toda informação que está lá dentro é o que o paciente precisa. Não faltou nada. Existe uma carência de informação, não há centro de informação sobre a doença no nosso país. Há locais que atendem, mas não detalham a doença para o paciente e à família. O diagnóstico ainda é algo novo no país – conta Silvia Tortorella, diretora executiva do Instituto Paulo Gontijo (IPG), idealizadora do manual. O projeto envolveu 23 profissionais especializados na doença, todos voluntários.
 
Hoje, no mundo, existem 200 mil pessoas vivendo com ELA, cerca de 5 mil diagnósticos por ano. A forma hereditária corresponde a 10% dos casos da doença e 90% são de causa esporádica. A doença não tem cura. Só existe um único medicamento usado para retardar a progressão da enfermidade, o Rilusol. Porém, não existe cura para ELA. A sobrevida fica entre 2 a 5 anos.
 
Em agosto do ano passado, a doença ganhou visibilidade internacional por causa do Desafio do Gelo, uma campanha de arrecadação de fundos para pesquisa e apoio de pacientes já diagnosticados.
 
– Há dez anos lutamos para que as pessoas estudem, façam mais diagnósticos, para que se tenham mais profissionais de saúde com conhecimentos sobre esta doença. A campanha do Balde do Gelo teve a sua importância porque disseminou a informação – afirma Silvia.
 
Fraquezas musculares – A esclerose lateral amiotrófica começa a se manifestar com fraquezas musculares em mãos, braços e pernas, geralmente em pessoas com cerca de 50 anos. Mas jovens também podem ser acometidos, a partir dos 20 anos. Após surgirem os sinais da doença, a previsão geral de sobrevida é de três a quatro anos. O diagnóstico, em média, demora cerca de um ano para ser alcançado e depois disso o tratamento tenta diminuir a evolução dos sintomas com medicamentos. O acompanhamento de uma equipe multidisciplinar ajuda na melhora da qualidade de vida do paciente, com ajuda da fisioterapia motora e respiratória, fonoaudiologia, nutricionista, assistente social, terapia ocupacional e psicologia.
 
O próximo passo, segundo Silvia Tortorella, é lançar a versão impressa do manual, com distribuição gratuita para hospitais, clínicas, familiares e pacientes.
 
O manual digital pode ser acessado através do site do Instituto Paulo Gontijo: www.ipg.org.br.
 
O Globo

Maconha tem eficácia terapêutica limitada, diz estudo

A eficácia terapêutica da maconha é limitada ou incerta dependendo dos sintomas, revelou a análise dos resultados de 79 testes clínicos – segundo um estudo publicado no último dia 23

A análise dos estudos feitos com 6500 participantes sugeriram que o psicotrópico provoca uma melhoria variável dos sintomas, mas não foi possível provar isso estatisticamente, estimaram os pesquisadores no Journal of American Medical Association (JAMA).

Os autores descobriram que os canabinoides podem ser benéficos para o tratamento de dores neuropáticas crônicas e espasmos causados pela esclerose múltipla.
 
Mas encontraram evidências fracas de que a maconha proporciona uma melhoria para os pacientes com câncer que sofrem de náuseas ou vômitos provocados pela quimioterapia, bem como os que sofrem de insônia ou síndrome de Tourette. Quanto à ansiedade e depressão, não houve melhora.
 
Esta investigação também mostra um aumento do risco de certos efeitos colaterais, alguns dos quais graves. Os mais comuns são tontura, boca seca, náuseas, fadiga, sonolência, euforia, vômitos, desorientação, perda de equilíbrio ou alucinações.
 
Os peritos não encontraram nenhuma diferença clara sobre benefícios ou malefícios dependendo do tipo de canabinoide – existem cerca de 100 tipos na planta de cannabis – e seu modo de administração.
 
Segundo os autores, é necessário “realizar testes clínicos extensos para confirmar os efeitos dos canabinoides, assim como pesquisas adicionais para avaliar a própria planta cannabis, uma vez que há poucos dados científicos para descrever seus efeitos”.
 
Nos Estados Unidos, 23 estados e a capital federal, Washington DC, legalizaram o uso medicinal da cannabis e vários outros países têm leis semelhantes. No Uruguai, a produção e a venda da maconha é regulada pelo estado.
 
“Se o objetivo dos estados com a legalização é apenas de natureza médica e não um meio para descriminalizar a maconha, porque este psicotrópico não sofre o mesmo rigoroso processo de aprovação aplicado aos remédios?”, questionaram os médicos Deepak Cyril D’Souza e Mohini Ranganathan, da faculdade de medicina na Universidade de Yale (Connecticut).
 
Outro estudo publicado no JAMA esta semana mostra que apenas 17% dos 75 produtos vendidos e administrados por via oral aos doentes, em Seattle, San Francisco e Los Angeles, indicam o teor exato de tetraidrocanabinol, principal substância psicoativa da maconha.
 
Terra

Novo navegador para cirurgias de coluna chega ao mercado brasileiro

Foto/Reprodução
O equipamento, importado pela Technicare, é capaz de orientar o profissional durante a cirurgia de implantação de prótese
 
Evitar a colocação de próteses equivocadas e minimizar os riscos de acessar áreas nobres da região da coluna, como a medula vertebral, são algumas das vantagens do novo neuronavegador de coluna da alemã Brainlab. Isso porque durante o procedimento de fixação de parafusos pediculares, o navegador é capaz de orientar o cirurgião, com precisão, quanto ao alinhamento dos parafusos, por meio de registro de imagens da tomografia em conjunto com as imagens captadas pela fluoroscopia no momento da cirurgia.
 
No Rio de Janeiro, a Technicare é a única empresa a oferecer tal equipamento ao mercado de saúde, além de dispor de uma equipe altamente qualificada para assessorar o médico-cirurgião no que diz respeito à aplicabilidade do aparelho. “Em procedimentos de remoção de tumores intravertebrais, o sistema consegue ajudar o cirurgião no controle de sua ressecção, minimizando os riscos de lesionar as funções vitais do paciente”, exemplificou Leonardo Vilhena, gerente do produto na Technicare.
 
Outra vantagem do novo equipamento é que, em todos os casos, tanto o cirurgião quanto o paciente terão grande redução de exposição à radiação. Essa questão é uma grande preocupação da comunidade médica, uma vez que o excesso de radiação pode se tornar, futuramente, potencial desenvolvedor de câncer.
 
“O sistema trabalha com utensílios rastreáveis sem fio e telas de visualização em full HD. Consegue integrar arcos em C de diferentes fabricantes para obter imagens em 2D ou em 3D. Recentemente, houve o lançamento da associação com a Angiografos Robóticos 3D, que possui instrumentais pré-calibrados de alguns parceiros, como a Ulrich Medical, e tem as próprias ferramentas voltadas para cirurgias abertas ou minimamente invasivas”, detalhou Leonardo.
 
Para o paciente, o novo navegador de coluna também permite um tratamento com risco potencialmente menor para aqueles que são submetidos à fixação de parafusos e maiores chances de total ressecção para tumores, nos casos dos pacientes oncológicos.
 
Prisicila Pais
Assessoria de Imprensa

domingo, 28 de junho de 2015

Incor recomenda eletro a crianças que vão iniciar prática esportiva

Cerca de 140 mil pessoas morrem de doenças do coração no Brasil a cada ano, segundo a OMS
 
Desde que descobriu uma alteração no ritmo cardíaco aos 10 anos, Cecília Ribeiro, hoje com 18, se submete todos os anos a um eletrocardiograma, exame que registra oscilações geradas pela atividade elétrica do coração. O hábito, estendido aos pais e à irmã de 12, deve ser adotado por todas as crianças e adolescentes de 10 a 15 anos que vão iniciar prática esportiva ou cuja família tem histórico de doença cardiovascular, alerta o Incor (Instituto do Coração).
 
O eletrocardiograma funcionaria como um "RG do coração", ajudando no diagnóstico de doenças congênitas. "Exames clínicos não detectam problemas genéticos. Como os sintomas não se expressam, o jovem pode ter morte súbita ou arritmia ao fazer exercício físico sem saber das suas condições", disse Carlos Alberto Pastore, cardiologista do Incor e presidente da Sociedade Internacional de Eletrocardiologia. Mais de 90% dos problemas cardíacos, principalmente os congênitos, podem ser diagnosticados através de eletrocardiograma simples, de acordo com o cardiologista.
 
No exame, que dura cerca de cinco minutos, o paciente deita de barriga para cima em maca. Eletrodos fixados nos braços, pernas e tórax captam os estímulos elétricos do coração e suas repercussões. "É um exame de prevenção, muito simples e indolor. É um erro as academias e clubes não exigirem avaliação cardiológica para início de atividade física", disse.
 
Cerca de 140 mil pessoas morrem de doenças do coração no Brasil a cada ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A alteração no ritmo cardíaco de Cecília já havia sido identificada pelo pediatra. "Ela teve uma infância totalmente normal. Mas quando nos mudamos de Brasília para São Paulo, o pediatra recomendou o acompanhamento com um cardiologista", disse Ariadne Silva, 47 anos, mãe de Cecília.
 
Um eletrocardiograma simples e um monitoramento contínuo por 24 horas detectaram que a garota sofre de bradicardia, quando o coração tem batimento mais lento do que o normal. "Nada mudou na vida dela. Mas agora somos mais conscientes", disse Ariadne. Todos na família praticam esportes com acompanhamento profissional e usam frequencímetro, aparelho que mede os batimentos cardíacos.
 
A recomendação do Incor ainda gera controvérsias no Brasil e no exterior. "Não há estudos consistentes que indiquem a necessidade de eletrocardiograma para pessoas saudáveis e sem sintomas. Recomendações desse tipo assustam a população", afirmou Gustavo Gusso, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade. Para o médico, eletrocardiogramas em pacientes sem sintomas podem gerar falsos diagnósticos ou detectar alterações que não terão consequências na vida do paciente.
 
Em 2012, o American College of Cardiology (Colegiado Americano de Cardiologia) e o US Prevention Task Force (Força Tarefa de Prevenção dos Estados Unidos) classificaram como inadequados eletrocardiogramas para pacientes sem sintomas. "Nos Estados Unidos eles têm uma visão mais voltada para o lado financeiro e são contra por conta dos custos. Mas na Europa essa recomendação é seguida há anos", defende Pastore. No Brasil, o eletrocardiograma pode ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com custos que variam de R$ 30 a R$ 50.

Estadão Conteúdo