Enquanto a rede de atendimento dos planos de saúde cresce, o número de beneficiários apresenta queda de 10,6 mil nos três primeiros meses do ano. Ou seja, houve um aumento da oferta de rede acima do volume de ingresso de novos vínculos, segundo análise do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Os planos individuais e coletivos por adesão (contração feita por entidades de classe) foram os responsáveis pelas baixas. É a primeira vez que o setor registra uma variação negativa num primeiro trimestre. Entre janeiro e março, a variação foi de 0,02%, enquanto no trimestre anterior (2014), o crescimento foi de 0,7%.
O resultado deste trimestre parece esboçar a tendência de que, com o aumento da taxa de desemprego, diminuição do poder aquisitivo da população e aumento da inflação, haja desistência nas contratações de planos.
Atualmente o segmento de planos empresariais representa 66% do total do mercado de saúde suplementar, ou seja, o risco do desemprego assombra a estabilidade dos planos. Para se ter ideia, em maio, 115 mil postos de trabalho foram fechados.
Aumento de estabelecimentos
O IESS constatou que, no País, o total de estabelecimentos de atendimento ambulatoriais subiu de 166,1 por 100 mil beneficiários de planos de saúde, em 2009, para 222,5 por 100 mil beneficiários em 2014. Um avanço de 34% em cinco anos. Nesse mesmo período o número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares cresceu 19,4%.
O IESS constatou que, no País, o total de estabelecimentos de atendimento ambulatoriais subiu de 166,1 por 100 mil beneficiários de planos de saúde, em 2009, para 222,5 por 100 mil beneficiários em 2014. Um avanço de 34% em cinco anos. Nesse mesmo período o número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares cresceu 19,4%.
Para o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, uma hipótese que pode justificar a expansão da rede de atendimento da saúde suplementar em um patamar superior estaria na competição existente nesse setor. “Uma hipótese é que, para ser mais competitiva, cada operadora busca ofertar uma rede maior e melhor do que sua concorrente. Essa demanda, portanto, seria uma forma de estimular mais investimentos por parte dos prestadores contratados pelas operadoras”, sugere.
Nos estabelecimentos de internação, o total usado pela saúde suplementar saltou de 3,8 para 4,6 por 100 mil beneficiários, um crescimento de 21%. Já nos estabelecimentos de emergência, a saúde suplementar contava, em 2009, com a proporção de 3,1 unidades por 100 mil beneficiários. Em 2014, esse número subiu para 4,1 por 100 mil, o que representa um crescimento de 32,2%.
No caso de estabelecimentos de diagnose e terapia, em 2009, na saúde suplementar, havia 27,7 estabelecimentos de diagnose e terapia por 100 mil beneficiários. Em 2014, esse número chegou a 35,7 por 100 mil beneficiários, um crescimento de 28,8%.
Saúde Business
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