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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Remédio aprovado nos Estados Unidos combate o colesterol

A droga é injetável, e poderá ser aplicada pelo próprio paciente
Medicamento 'atrapalha' o fígado eliminando a gordura do sangue em até 65%; principal utilização do remédio é para os pacientes com hipercolesterolemia familiar
 
Quem luta contra o colesterol alto vai ganhar um nova opção: um novo remédio foi aprovado recentemente pela agência reguladora do setor nos Estados Unidos, a Administração de Alimentos e Drogas (FDA, na sigla em inglês).
 
O medicamento atua contra o PCSK9, um anticorpo que atrapalha o fígado na retirada do LDL (o colesterol “ruim”) do sangue, eliminando até 65% dessa substância.
 
Ao contrário do HBL, também produzido pelo corpo humano e benéfico para o organismo, o LDL acumula gordura nas artérias, aumentando os riscos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), entre outras doenças.
 
A nova droga é injetável, e poderá ser aplicada quinzenalmente pelo próprio paciente. A principal utilização do remédio é para os pacientes com hipercolesterolemia familiar, doença genética que aumenta os níveis de colesterol ainda na infância.
 
“Essas pessoas começam com níveis tão altos de LDL que não conseguem chegar nem perto do patamar que deveriam. Acredito que esse seja o grupo de maior risco”, avaliou Donald Smith, professor do Hospital Mount Sinai, em Nova York, ao canal de televisão americano ‘CNN’.
 
A droga também poderá ser receitada para quem já teve ataque cardíaco ou AVC. A expectativa, contudo, é que seja estendida para mais pessoas no futuro.
 
“É uma nova e poderosa forma de reduzir o tipo ruim de colesterol, o que tem implicações profundas no tratamento de doenças cardiovasculares”, comemorou Elliott Antman, presidente Associação Americana do Coração, também à ‘CNN’.
 
O tratamento disponível hoje é através de estatinas. Muitas vezes, no entanto, elas não trazem melhora, ou causam efeitos colaterais. Os possíveis efeitos do novo remédio incluem coceira, inchaço, e hematomas na região em que a agulha for aplicada.
 
No país, mal atinge mais de 18,4 milhões
Os dados mais recentes disponíveis, da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), mostram que 18,4 milhões de brasileiros, acima de 18 anos, estão com taxas elevadas do LDL, o colesterol ruim. Além de praticar exercícios físicos, quem quer escapar do problema deve evitar alimentos como carne, ovos, leite e comer mais frutas, cereais, verduras e peixes
 
iG

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