Recentemente a mídia divulgou uma ocorrência de distribuição de medicamentos vencidos à população de uma cidade do Paraná
A ação fazia parte de um esquema para gerar superfaturamento e desvios que podem ter chegado à R$ 20 milhões. Infelizmente o problema não é exclusivo desta cidade, aliás, acontece com bastante frequência, mas tem como ser combatido.
A gestão de insumos médicos e de medicamentos ainda é uma atividade relativamente recente no Brasil e se configura em grande importante ferramenta para administrar os recursos e processos de logística de forma eficiente, bem como monitorá-los em todas as etapas de suas execuções, da compra na base à distribuição, até o consumo final pela população.
Não à toa, a ANVISA reconheceu a importância de investir nessa gestão, com o lançamento da RDC 54 (11/12/2013), que prevê a implantação do sistema nacional de controle de medicamentos e os mecanismos e procedimentos para o rastreamento na cadeia dos produtos farmacêuticos sujeitos à registro pela entidade.
O universo de benefícios trazidos por esse processo já é realidade, mas, infelizmente, ainda existem alguns impasses que colocam em risco a aplicabilidade da RDC dentro do prazo estipulado, gerando uma prorrogação negativa para todos os envolvidos.
É preciso pensar além, pois os riscos que se corre em casos como esses vão muito além do dinheiro desviado: a população, todos nós, ficamos à mercê de medicamentos e insumos que podem causar riscos à saúde ou, no mínimo, não auxiliar em nada. Os gestores públicos e privados também precisam estar atentos e saber que com a devida gestão de medicamentos e insumos médicos, também é possível garantir grande economia financeira. Assim, poderão aplicar o dinheiro de forma mais inteligente, favorecendo a todos.
A despeito do caráter de alguns, é possível sim reverter quadros como este de forma positiva, somando para novos e melhores horizontes para um sistema de saúde já tão problemático.
Saúde Business
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