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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Polícia detém 37 suspeitos de falsificar atestados médicos em SP

Resultado de imagem para atestado médico falsoGrupo falsificava e vendida documentos falsos na Zona Sul da capital. Operação combate faltas irregulares de funcionários públicos

A Polícia Civil deteve 37 suspeitos para prestar esclarecimentos, nesta quinta-feira (8), por envolvimento na venda de atestados médicos falsos, no Largo Treze de Maio, em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo. Depois de serem ouvidos, cinco dos detidos foram presos em flagrante.

A Operação Mitômano faz parte de uma colaboração entre o Departamento de Investigações Criminais (Deic) e a Corregedoria Geral da Administração (CGA) para combater faltas irregulares no funcionalismo público de São Paulo. A operação percorreu 22 pontos da capital para deter os estelionatários.

Segundo a CGA, os presos serão indiciados por falsidade ideológica e podem ser condenados a pena de um a cinco anos de prisão. Com eles, foram apreendidos um revólver de calibre 38, uma máquina de carimbo, um facão, placas utilizadas por plaqueiros e um grande número de talões de atestados médicos falsos.

Por conta disso, os atestados apreendidos serão encaminhados à Unidade Central de Recursos Humanos (UCRH) e ao Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME) para verfificar se há semelhança entre eles e documentos usados por servidores estatais para justificar faltas no trabalho.

Iniciadas em maio deste ano, as investigações policiais sobre a ação dos detidos motivaram diligências não só no Largo Treze de Maio, como também na Praça da Sé, no Largo da Batata, na Rua dos Pinheiros e na Rodoviária do Tietê. A partir delas, os policiais traçaram a estratégia usada pelos vendedores de atestados falsos.

Segundo a polícia, a venda costuma ser feita por homens vestidos com colete de compra e venda de ouro. Eles tiram o colete ao encontrare compradores, e vão a um ponto de venda, em bares ou outros estabelecimentos, onde é possível adquirir atestados por valores iniciais de R$ 20 por dia de licença médica. Adesivos de triagem dos hospitais saem por R$ 150.

Durante o ato da compra, os vendedores ainda indicavam as doenças mais comuns para um dia de falta. Diarreia, virose e conjuntivite foram as mais indicadas. Nos atestados falsos, constavam logotipo do hospital e carimbo do médico, com número de registro no Conselho Regional de Medicina. De acordo com a CGA, foi concluído que é comum as quadrilhas utilizarem materiais de profissionais roubados no passado.

Faltas suspeitas
A Corregedoria do Estado de São Paulo desconfiou do elevado número de "atestados médicos utilizados pelos servidores públicos estaduais para conseguir licença para tratamento de saúde e justificativa de falta médica" entre janeiro e novembro de 2015.

As secretarias com maiores índices de faltas são a administração penitenciária, educação e saúde. a educação - que tem maior número de servidores - tem também o número mais elevado de afastamentos em termos absolutos.

Principalmente nos meses letivos, como março, abril e agosto e setembro. Só à Secretaria Estadual da Educação, os custos com as ausências por licença saúde já giram em torno de R$ 935 milhões. Isso, porque o valor não leva em consideração o pagamento de professores substitutos.

Foto: Reprodução

G1

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