Prática busca avaliar a saúde integral do paciente correlacionando sinais físicos, comportamentais e emocionais
No dia 21 de novembro, comemora-se o Dia Nacional da Homeopatia, abordagem de cuidado onde se avalia o paciente a partir da integralidade. Ou seja, diferente da medicina tradicional que avalia os sintomas, diagnostica a doença e prescreve o tratamento, o sistema homeopático vai além e tenta encontra a raiz da doença por meio de uma avaliação de todo equilíbrio do organismo do paciente.
Como algumas enfermidades têm, por exemplo, uma causa emocional, a homeopatia vai buscar não só curar a doença que se instalou no organismo, mas cuidar da saúde emocional que permitiu que essa doença se instalasse.
“O especialista ou habilitado em homeopatia faz uma avaliação considerando diversos critérios. Um processo chamado repertorização homeopática. Ele busca um conjunto de sinais e sintomas próprios que são avaliados na homeopatia. Sejam sinais físicos, de comportamento ou emocionais. A partir do momento que ele junta esse conjunto de sinais, ele busca um medicamento apropriado. Ou seja, existe uma individualização do tratamento”, detalha o coordenado de Práticas Integrativas e Complementares do Ministério da Saúde, Daniel Amado.
O paciente que sofre de enxaqueca, por exemplo, toma remédio, a dor de cabeça vai embora, mas pode voltar. A homeopatia vai investigar quais as causas, os gatilhos, que dão início as crises de enxaqueca desse paciente, de forma que o tratamento diminua a frequência e até bloqueie novas crises.
Acesso SUS
A homeopatia esta presente no SUS desde 2006, por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do SUS. O acesso é feito a partir dos serviços de saúde, tanto em unidades básicas de saúde como em serviços especializado, e até mesmo em hospitais.
O usuário deve buscar a sua secretaria de saúde ou o posto de saúde mais próximo para saber como acessar esse tipo de atendimento, que varia de acordo com a oferta que cada município.
Os medicamentos homeopáticos estão na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais do SUS (Rename), financiados pelo Ministério da Saúde. Assim, os municípios e estados também podem oferecer esses medicamentos nas unidades de saúde.
“O Ministério da Saúde também desenvolve uma série de projetos de capacitação e formação de trabalhadores nas várias práticas integrativas no sentido de ampliar a abordagem de cuidado, as opções terapêuticas que esses profissionais podem ofertar ao cuidar dos pacientes. Estamos desenvolvendo alguns projetos em parceria com algumas associações como a Associação de Médicos Homeopáticos e a Associação de Farmacêuticos Homeopáticos para o desenvolvimento de cursos voltados para profissionais do SUS”, destaca Amado.
Números no SUS
O Ministério da Saúde tem buscado ampliar as práticas integrativas e complementares (onde se inclui a homeopatia) para garantir um cuidado integral das pessoas.
Para se ter uma ideia, só em 2016, a Atenção Básica registrou mais de 13,5 mil atendimentos individuais para homeopatia em 340 estabelecimentos de saúde, em 259 municípios. Já nos serviços especializados, o número de atendimentos em homeopatia salta para 202 mil pacientes em 69 serviços.
Dentre a oferta de medicamentos, foram registrados 147 homeopáticos industrializados; 25 manipulados de farmácias próprias dos serviços; e 70 manipulados de farmácias conveniadas.
Luiz Philipe Leite, para o Blog da Saúde.
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