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Segundo dados do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o estado de São Paulo registrou um aumento de 13% no número de casos de infecção pelo vírus entre jovens de 15 a 19 anos, observados no período de 2010 a 2016. O número também aumentou na faixa etária de 20 a 24 anos.
Segundo o infectologista Alberto Chebabo, integrante do corpo clínico do laboratório Sérgio Franco, um dos motivos que pode explicar a falta de preocupação de parte dos jovens com as consequências de uma doença como a AIDS são os resultados de seu tratamento que, quando feito de forma adequada, trazem bons resultados para os pacientes. Desta forma, a possibilidade de ser infectado pelo vírus, o que representava praticamente uma sentença de morte na década de 1980, já não parece mais tão ameaçadora.
“É preciso investir em uma nova abordagem nas campanhas do Ministério da Saúde para que os jovens, principalmente os que já têm vida sexual ativa, entendam que a AIDS ainda é um desafio e uma forte ameaça à saúde”, afirma o especialista. “Um método de tratamento eficaz é um alívio para os pacientes, mas ele não pode anular a gravidade da doença”.
Como se proteger contra o vírus HIV
Já que uma das formas mais comuns de ser infectado pelo vírus HIV é através da relação sexual feita sem proteção, a melhor maneira de se proteger contra a doença é usando camisinha durante o ato. Como o vírus é transmitido através do sangue, é necessário ter atenção e utilizar sempre seringas e agulhas descartáveis. Caso uma mulher soropositiva engravide, ela deverá também seguir o tratamento da AIDS durante o período da gravidez e não amamentar o bebê quando ele nascer, já que o vírus pode ser transmitido à criança desta forma.
Detecção da doença pode ser feita em apenas 30 minutos
A infecção pelo vírus HIV pode ser diagnosticada através de exames de sangue, sendo o sistema Poinf of Care, conhecido no país como Testes Laboratoriais Remotos (TLR), o meio mais indicado para quem busca rapidez e alto grau de confiabilidade no resultado, já que o diagnóstico é entregue ao paciente em até 30 minutos. Além de precisar de pouco material para realizar o exame, sendo necessárias apenas algumas gotas de sangue obtidas pela punção da polpa digital, localizada na ponta do dedo, os equipamentos do sistema Point of Care são portáteis, garantindo mais conforto ao paciente e evitando a coleta venosa.
“Por ser uma doença que enfraquece as defesas do corpo a níveis vulneráveis, o diagnóstico da infecção pelo HIV deve ser feito de forma precoce para que o paciente possa estar ciente de sua condição e receber o tratamento adequado o quanto antes. Esse sistema permite que a análise seja processada no local, então o paciente já sai do laboratório com o resultado do exame em mãos”, diz o dr. Chebabo.
No caso do exame para HIV, o teste rápido busca a presença de anticorpos contra o vírus no sangue do paciente. Uma vez tendo o resultado positivo pelo sistema Point of Care, o paciente é encaminhado para um novo exame laboratorial, em que será coletada uma nova amostra de sangue para a realização de testes confirmatórios, de acordo com o fluxograma do Ministério da Saúde. Os exames mais comuns, nessa segunda etapa, são os testes moleculares (carga viral) Western Blot e Imuno Blot.
Informações para a imprensa
Saúde em Pauta
Paula Borges – (21) 99789-7643
E-mail: paula@saudeempauta. com.br
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