Tratamento custa em torno de R$ 40 mil por mês
Pacientes paulistas que sofrem de um tipo de linfoma (câncer do sistema linfático) e usam o remédio Mabthera (nome comercial do Rituximabe) para tratar a doença estão há seis sem acesso gratuito ao medicamento e sem nenhuma perspectiva de que voltem a recebê-lo.
A doença ataca os linfonodos ou gânglios linfáticos, que fazem parte do sistema imunológico. É o mesmo tipo de doença que afetou a presidente Dilma Rousseff em 2009. O medicamento é de alto custo, algo em torno de R$ 40 mil por mês.
O fornecimento do remédio era feito pela Secretaria de Estado da Saúde até o ano passado. Em agosto de 2010, porém, por meio da Portaria número 420 da Secretaria de Atenção à Saúde, a responsabilidade passou a ser do Ministério da Saúde.
Há dois grupos de linfoma: o linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH). Os LNH, por sua vez, podem ser do subtipo agressivo ou indolente. Quem foi afetado pela mudança no fornecimento do remédio foram os portadores do tipo indolente. Segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), os casos de linfoma do tipo LNH duplicaram no Brasil nos últimos 25 anos.
O Ministério da Saúde afirmou que, nos casos de pacientes que não recebem o remédio regularmente, se o médico avaliar que o Rituximabe é a melhor opção, o hospital pode comprá-lo por conta própria e, depois, ser ressarcido pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
No entanto, todos os médicos ouvidos pela reportagem disseram que desconhecem essa prática do ressarcimento e alegam nunca ter recebido comunicado oficial sobre ela.
http://noticias.r7.com/saude/noticias/apos-nova-regra-paciente-com-linfoma-fica-sem-remedio-20110314.html
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