De acordo com uma pesquisa realizada por médicos da University of Rochester Medical Center, em Nova York, com o passar do tempo ocorrem alterações nos ossos faciais, principalmente na maxila, implicando em uma aparência mais envelhecida.
O ortodontista e ortopedista facial, Gerson Köhler, ressalta que várias descobertas na área da ciência apontam que é necessário mais do que retirar o excesso de pele para ficar mais jovem. “A estratégia de rejuvenescimento se combinada, potencializa-se em seus resultados. E aí entram os modernos tratamentos ortodônticos para adultos que, associados a intervenções da medicina estética e/ou plástica, podem proporcionar melhoria significativa da aparência do rosto”, explica.
Durante o estudo da Universidade de Rochester, os pesquisadores avaliaram 120 tomografias faciais, de homens e mulheres com idade entre 20 e 36 anos, considerados jovens, 41 a 64 anos, denominados médios, e indivíduos com 65 anos ou mais, os mais velhos. Foram realizadas medições para saber o comprimento e a largura da face e o osso da mandíbula.
“O resultado demonstrou que com o passar dos anos o ângulo da mandíbula aumenta e há uma perda da definição da borda inferior do rosto. Com este declínio do volume da mandíbula, os tecidos moles da parte inferior da face e do pescoço não têm apoio suficiente, contribuindo para a flacidez da pele e a diminuição da projeção do queixo”, esclarece.
A falta de apoio dos tecidos moles - aí incluidos os dentes corretamente organizados nas arcadas - faz com que o rosto fique com contornos ovais na parte inferior da face e a pele flácida também influencia na aparência do pescoço, que fica com aspecto mais envelhecido.
“Outros fatores que intensificam o envelhecimento facial são as anomalias dentofaciais, que incluem alterações nas posições dos dentes, das funções da face, questões ósseas e musculares. Por isso além de fazer uma reabilitação oral e propiciar um sorriso bonito, a ortodontia também busca o rejuvenescimento da face”, ressalta.
Associada a outras especialidades odontológicas e médicas, a ortodontia visa à estética bucal e facial (tecnicamente denominada de região dentofacial), graças à percepção integrada do paciente. Muitas pessoas que fizeram tratamentos ortodônticos puderam voltar a sorrir e observar o quanto é importante para a auto-imagem e auto-estima, ter uma face rejunescida em seu aspecto geral, mais adequada à nova realidade.
“Muitos sinais do envelhecimento, como as rugas, sulcos, aprofundamento do perfil, apinhamento dentário, perda de volume labial e de suporte nasal ocorrem ou se intensificam por causa da má posição ou da ausência de dentes. Por este motivo um sorriso harmonioso tem como consequência uma face mais jovem”, destaca Juarez.
Os avanços científicos e tecnológicos permitiram aos profissionais da ortodontia uma visão sistêmica do paciente. Durante a avaliação o indivíduo é analisado sob diversos aspectos, inclusive sobre a chamada quarta dimensão – o tempo.
“O ortodontista conhece o crescimento, o desenvolvimento e o envelhecimento dos tecidos moles e duros da face, dos dentes e dos ossos que compõe o rosto e também fazem parte das funções do sistema estomatognático, que envolve a boca, a língua, os dentes, as articulações têmporo-mandibulares, os músculos faciais e mastigatórios, diversos ossos, as glândulas salivares e suas relações com outras partes do organismo”, diz.
Para que o profissional tenha esta visão integrada ele deve analisar os tecidos moles do rosto durante o repouso e também durante a execução de suas funções e os efeitos do envelhecimento destes tecidos e dos ossos. A redução da exposição da gengiva e dentes superiores durante o sorriso, o caimento dos lábios nos cantos da boca, a perda óssea vertical e horizontal e o aumento do espaço entre os dentes são outras características do envelhecimento facial.
“Todos os elementos devem ser levados em consideração no diagnóstico, no tratamento que será indicado e nos resultados dos tratamentos ortodônticos”, destaca o especialista.
O especialistas enfatiza que problemas ortodônticos ou ortopédico-faciais que não receberam tratamento durante a infância ou adolescência acabam intensificando ainda mais o processo de envelhecimento.
“O segredo é sempre manter a unidade e a naturalidade do rosto, respeitando todas as suas características, em compatibilidade com as diversas faixas etárias. Os modernos recursos terapêuticos tem como resultado a melhoria facial, com reflexos diretos na auto-estima, na qualidade de vida e no bem-estar”, conclui.
Alterações nos ossos faciais implicam em uma aparência mais envelhecida, diz especialista
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