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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Oito bairros do Rio estão com epidemia de dengue

Total de mortes no Estado chega a 80, dobro do registrado em 2010

EPITÁCIO PESSOA/AE
Zona oeste concentra maioria dos bairros com taxas preocupantes de dengue

A evolução dos casos de dengue na cidade do Rio de Janeiro se aproxima de índices preocupantes em oito regiões da capital fluminense.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Pedra de Guaratiba, Barra de Guaratiba, Vargem Grande, Jardim Sulacap, Anil e Sepetiba (zona oeste), Bonsucesso e Guadalupe (zona norte), estão com índices de casos de dengue que indicam surto ou epidemia.

As taxas de incidência de dengue nesses oito bairros - indicados em vermelho no mapa abaixo - alcançaram patamar acima de 300 casos a cada 100 mil habitantes, índice utilizado pela prefeitura do Rio para configurar como surto da doença ou epidemia.

Como os oito bairros citados possuem menos de 100 mil habitantes, as taxas, mesmo projetadas com base em cálculos estatísticos, não são consideradas precisas pela Secretaria Municipal de Saúde.

A prefeitura aconselha que os bairros sejam agrupados como as regiões administrativas, de forma a verificar uma população superior a 100 mil habitantes. Caso não seja possível agregar as regiões, a comparação deve ser feita com base na série histórica de anos em que houve epidemia.

A doença reemergiu no município do Rio de Janeiro em 1986, a partir deste ano a doença se tornou endêmica apresentando anos epidêmicos. A média das taxas de incidência em anos não epidêmicos é de 27 casos a cada 100 mil habitantes, já a média dos anos epidêmicos é de 470 casos a cada 100 mil habitantes.

Além dos oito bairros citados acima, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, outros 36 bairros da capital fluminense - indicados em laranja no mapa abaixo - estão com taxas de dengue intermediárias, ou seja, estão com nível de infestação de larvas e mosquitos do Aedes aegypti em nível perto do considerado epidemia ou surto.

São eles, Santa Cruz, Guaratiba, Recreio dos Bandeirantes, Inhoaíba, Paciência, Cosmos, Campo Grande, Barros Filho, Taquara, Deodoro, Praça Seca, Santíssimo, Itanhanga e Tanque (zona oeste), Realengo, Vila Valqueire, Estácio, Bangu, Jardim América, Marechal Hermes, Jacaré, Padre Miguel, Magalhães Bastos, Caju, Del Castilho, Ramos, Anchieta, Rio Comprido, e Campinho (zona norte), Cocotá , Moneró, Cidade Universitária (Ilha do Governador), Santo Cristo, Saúde, (região portuária), Cidade Nova (região central) e Rocinha (zona sul).


Número de mortes em 2011

O número de mortes devido à dengue chega a 80 no Estado do Rio de Janeiro desde o início do ano, ou seja, dez a mais que na semana passada. Os mortos deste ano equivalem a quase o dobro de vítimas do ano passado, quando a Secretaria Estadual da Saúde registrou 43 mortes. Só na capital fluminense são 30 casos confirmados.

Até o dia 26 de maio, foram notificados 48 494 casos confirmados de dengue na cidade do Rio.

A Secretaria Estadual de Saúde confirma 18 municípios com epidemia: Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antonio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci.

Jovens têm mais riscos

A disseminação do vírus da dengue entre a população jovem com a volta do vírus tipo 1 no Estado do Rio de Janeiro tem preocupado as autoridades de saúde, segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe.

O vírus tipo 1 não era detectado desde meados da década de 1980, mas reapareceu no ano passado. Com isso, jovens, crianças e adolescentes, que nasceram após esse período, não têm imunidade ao vírus, ficando mais suscetíveis à doença.

- As pessoas que nasceram no final da década de 80 não têm imunidade. É uma população muito grande suscetível ao vírus.

Segundo Chieppe, do total de casos investigados pela secretaria apenas 4% tiveram complicações e 1% foram considerados graves.

Outra preocupação é com os municípios da Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, cidades onde a grande densidade populacional aumenta o risco de contaminação da dengue, que atinge seu pico nos meses de março e abril.

O Rio de Janeiro está entre os 16 estados com alto risco de epidemia de dengue, segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde.

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