Surto já matou 34 pessoas na Alemanha e uma na Suécia
As autoridades sanitárias da cidade colombiana de Montería negaram que um paciente esteja infectado por uma variedade fatal da bactéria E. coli, que causou 35 mortes na Europa.
O médico Alexis Gaynes, epidemiologista da Secretaria de Saúde da cidade, falou sobre o caso.
- Não cumpre com os critérios da OMS (Organização Mundial da Saúde). O paciente não viajou, não saiu da Colômbia e não se estabelece um contato confirmado.
Já o Ministério da Proteção Social da Colômbia informou que depois da verificação e da avaliação feitas pelo Centro Nacional de Pesquisa da Entidade e o Instituto Nacional de Saúde com relação a um caso de E. coli em Córdoba, esse não é compatível com os apresentados na Europa.
Segundo um comunicado da Casa de Nariño, sede do Executivo, os exames revelaram que o caso apresentado no país não cumpre com a definição da OMS para a "infecção por E. coli e síndrome hemolítico-urêmica: anemia hemolítica, diminuição de plaquetas no sangue e falha renal aguda".
A nota acrescenta que o doente está recebendo o atendimento adequado e que estão sendo realizados novos exames para determinar a causa da doença.
O paciente, identificado como José Luis Rodríguez Hernández, que trabalha na Secretaria de Saúde de Montería, está há vários dias internado em uma clínica na cidade. Sua mulher, Ana Cecilia Moreno Corrales, revelou à imprensa local que seu estado de saúde é grave, pois "tem dores abdominais intensas, diarreia e perdeu 20 kg" em poucos dias. O paciente, segundo Gaynes, "possivelmente tem uma doença intestinal em nível de cólon, o que gerou diarreia prolongada".
Até o momento, o surto da variante desconhecida da E. coli na Europa matou 34 pessoas na Alemanha e uma na Suécia.
Na última quinta-feira (9) o governo colombiano ordenou a inspeção rigorosa de viajantes e mercadorias, especialmente alimentos, procedentes da Europa, para impedir a entrada da bactéria no país.
Uma circular do Ministério da Proteção Social da Colômbia precisou que as medidas adotadas são recomendadas pela OMS por causa do surto da bactéria na Alemanha. A nota pede às autoridades que intensifiquem as ações de inspeção, vigilância e controle em portos marítimos e aeroportos, viajantes e mercadorias, especialmente em alimentos provenientes das regiões afetadas.
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