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terça-feira, 14 de junho de 2011

No Brasil, 1.200 pessoas aguardam doação de medula óssea

Com 2,2 milhões de inscritos para doar, país ocupa 3º lugar mundial.
Especialistas discutem como aumentar e tornar registro mais eficiente.

O número de doadores de medula óssea cadastrados no Brasil cresce a cada ano. Mas a diversidade étnica do país, com a mistura de descendentes de tantos povos, acaba tornando mais complicado encontrar doadores compatíveis. Atualmente, 1.200 pessoas esperam por uma doação.

Com 2,2 milhões de inscritos no registro de doadores de medula óssea, o Brasil ocupa o terceiro lugar mundial, atrás dos os Estados Unidos, com nove milhões de doadores, e da Alemanha, com 5 milhões.

Em um congresso no Rio de Janeiro, especialistas discutiam como aumentar e tornar mais eficiente o registro de doadores brasileiros.

“Essa mistura que ocorreu no Brasil pelas correntes de imigração dificultam muito se encontrar um doador no exterior (...) Precisamos ter muito doadores, mas precisamos ter doadores vindo de todas as regiões do país, para que a gente possa ter a representatividade da própria população brasileira", explicou o coordenador do Centro de Transplante de medula óssea do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Luiz Bouzas.

Por outro lado, essa mesma diversidade genética torna os brasileiros importantes para o cadastro mundial. O país é tão diversos que se pode encontrar doadores compatíveis para brasileiros, alemães, japoneses ou africanos.

Cadastro precisa ser sempre atualizado
Isa Oliveira ficou emocionada ao se encontrar com o homem que salvou a vida do filho Gustavo, de 12 anos. Jailson é um dos brasileiros cadastrados como doadores de medula óssea. Ele se cadastrou em 2002. Quatro anos depois, foi convocado para fazer a doação, sem saber quem iria receber a medula.

“Depois que eu conheci, rapaz bonito, saudável, sensação maravilhosa. Não dá nem para explicar”, disse Jailson Alves da Silva.

O representante de cadastro de doadores dos Estados Unidos diz que naquele país, para aumentar o registro, além de campanhas, fundações privadas e organizações não governamentais também atuam no recrutamento de doadores.

“Hoje quando se faz uma busca nos Estados Unidos ele automaticamente faz busca em todos países do mundo. Mesmo assim, muitos pacientes não encontram doador, por isso a necessidade de registrar mais doadores para esses pacientes”, afirmou o representante do cadastro de doadores dos Estados Unidos, Airam da Silva.

O desafio para todos os países, não só para o Brasil, é manter esse cadastro sempre atualizado e os potenciais doadores realmente comprometidos com a doação. Como o Jailson, que quando foi chamado não hesitou em salvar uma vida e hoje se tornou parte da família de Gustavo.

“Apareceu esse abençoado se dispôs a doar sem saber para quem, se criança ou adulto, e graças a Deus deu tudo certo”, disse Isa Oliveira.

assista ao vídeo:

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