Médicos devem dar antiviral para pessoas do grupo de risco após os primeiros sintomas
Portadores de doenças crônicas que não tenham sido vacinados deverão também tomar o remédio quando tiverem contato com outra pessoa infectada
Diante da chegada do inverno e da tendência de aparecimento de novos casos de gripe H1N1, conhecida popularmente como suína, o Ministério da Saúde ampliou a recomendação do uso do antiviral oseltamivir entre pacientes com a doença.
Agora, todos que apresentem fatores de risco devem tomar o remédio a partir do aparecimento dos primeiros sinais. O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, diz que “essas pessoas não devem esperar os sintomas se agravarem ou a confirmação laboratorial”.
Além disso, qualquer pessoa que apresente sinais de síndrome respiratória aguda deve tomar a droga - independentemente de quando os primeiros sintomas apareceram.
Pela recomendação anterior, o início do tratamento somente era permitido até 48 horas contadas a partir dos primeiros sinais da infecção. Moradores de instituições fechadas (como asilos) e portadores de doenças crônicas que não tenham sido vacinados deverão também tomar o remédio quando tiverem contato com outra pessoa infectada.
Embora descarte a possibilidade de uma epidemia de gripe H1N1, Barbosa reconhece o risco de aparecimento de pequenos grupos com pessoas infectadas pelo vírus em pontos isolados do país. Neste ano, foram registrados dez casos graves no Rio Grande do Sul. Nesta quinta-feira (16), mais uma morte foi notificada no Estado, aumentando para quatro o número de casos fatais este ano. Além disso, outras 19 infecções foram identificadas no Acre, nenhum deles grave.
Barbosa diz que “houve casos isolados no Chile, México e Venezuela”.
– Não descartamos a possibilidade de que no Brasil haja pacientes com a infecção sem ser identificados.
A nova recomendação, feita depois de discussão com médicos especialistas, foi apresentada para representantes de Estados e municípios. Secretarias locais foram aconselhadas a fazer um levantamento dos estoques do remédio.
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