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sábado, 8 de outubro de 2011

Terapia ajuda a emagrecer mudando gatilhos da obesidade

Identificar e mudar pensamentos e comportamentos que levam a comer é o objetivo desta abordagem psicológica

O tratamento da obesidade tornou menos inglória a luta contra os quilos em excesso unindo novos procedimentos e medicamentos à atenção de diversos profissionais da área da saúde – médicos, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas. Esse trabalho em conjunto, no entanto, está deixando a desejar quando o assunto é tratar a cabeça do obeso.

“Não adianta emagrecer o corpo sem mudar a cabeça. É possível modificar qualquer comportamento, mas a questão alimentar é mais complexa porque são vários os motivos que levam a pessoa a comer demais. É preciso identificar os gatilhos”, aponta a psicóloga Marilice Rubbo de Carvalho, especialista em terapia comportamental pela USP e em transtornos alimentares pela UNIFESP.

Para a nutricionista Liliam Teixeira, quem não se prepara psicologicamente para mudar os próprios hábitos, lutará eternamente contra a balança. Segundo ela, a reeducação alimentar é uma forma de resgatar o verdadeiro sentido da alimentação: nutrir o corpo da maneira mais correta possível.

“Neste processo, fatores psicológicos também são importantes para perder peso e para mantê-lo estável”.

Essa é justamente a proposta da terapia cognitivo-comportamental, uma abordagem terapêutica que se propõe, entre outras coisas, a identificar, trabalhar e modificar comportamentos disfuncionais – como fumar ou comer demais. Marilice explica que apenas 30% dos obesos são compulsivos. O restante tem o que ela chama de comportamento comedor.

“São pessoas que comem porque sentem tristeza, ansiedade e pensamentos disfuncionais como ‘eu jamais vou ser magro’ ou ‘nunca ninguém vai gostar de mim’. São pensamentos totalmente sem lógica, mas que geram raiva, mágoa, ansiedade, tristeza.”

Se, para mudar esses pensamentos o primeiro passo é identificá-los, um recurso bem útil é começar um diário alimentar, apontando os sentimentos que foram experimentados ao longo das refeições: como estava o humor? Com quem comeu? O que sentiu durante a refeição ou antes de comer?

“Observar isso é uma forma de identificar os gatilhos que estão gerando o comportamento comedor” diz a psicóloga.

A abordagem congnitivo-comportamental também aposta na administração do tempo – como a pessoa faz dieta e como espalha a rotina alimentar ao longo do dia –, planeja metas e reforça as prioridades buscando alternativas tão prazerosas como o comer. O trabalho do psicólogo é, com a ajuda do próprio paciente, modelar o comportamento para evitar a volta à conduta anterior, comilona.

“Damos dicas, demonstramos, sugerimos, e quando ele vai aceitando, vamos reforçando os resultados positivos. O cérebro é um folgado, ele funciona na base do copy-paste. Novos comportamentos só serão frequentes e presentes na vida da pessoa se forem reforçadores e prazerosos para ela. Não adianta tirar a comida. Vai colocar o quê?”, questiona.

Fonte IG

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