As técnicas são múltiplas e as proteses cada dia mais seguras. Implantar silicone nos seios tornou-se uma cirurgia acessível e bastante comum.
Os avanços, porém, não eliminaram o prazo de validade do material usado nos implantes. Além do acompanhamento ginecológico, os médicos recomendam que o recall do silicone seja feito a cada 15 anos.
Eduardo Luiz Nigri dos Santos, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica que as próteses, após 10 anos, começam a sofrer alterações na estrutura física. O polímero, membrana que envolve o gel, fica irregular e muda de cor. Para elucidar o processo, o médico compara o silicone a um papel. “É como uma folha de papel, que perde textura e sua coloração natural, fica amarelado ao longo do tempo. Todas as próteses sofrem esse processo e precisam ser trocadas.”
Os riscos, embora raros, não são nulos. Além da possível deformação visual – o silicone pode perde a forma, a membrana que envolve o gel, após esse período, tem um défict de resistência e pode romper com maior facilidade. “O silicone gel é um corpo entranho que vai percorrer o organismo. A contaminação não é imediata, como ocorria nas proteses antigas, mas o gel pode se encostar à membrana das células lentamente e, por osmose, trocar de substâncias com elas.”
A cirurgia é muito semelhante à de colocação do implante. Na avaliação do médico, o procedimento é simples, mas requer cuidados. Ele explica que é preciso considerar o histórico de vida da mulher nesses 15 anos. A prótese não necessariamente deve ser maior que a anterior. Aumento ou perda de peso, gravidez e idade são fatores que influenciam no tamanho do material.
“Dependendo da idade, da etapa de vida, a mulher perde elasticidade. Após a gravidez, amamentação, o seio muda de tamanho. A pele cai. Muitas vezes é preciso remanejar a mama, levantar o seio para que o resultado da troca seja positivo.”
Não há contra-indicação tampouco recomendações específicas para o recall do silicone mamário. Os especialistas afirmam que os custos e a recuperação também tendem a ser semelhantes aos da primeira cirurgia. A técnica usada, geralmente, é mantida pelos médicos para não deixar uma nova cicatriz.
Luis Carlos Garbosa, Diretor da Sociedade Paulista de Cirurgia Plástica, revela que o procedimento mais recorrente é o inframamário (corte na curva do seio). Segundo o médico, a técnica permite uma visão direta da prótese e não interfere no tecido mamário. Além de deixar a cicatriz escondida, quase imperceptível
Fonte Delas
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