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sábado, 12 de novembro de 2011

Silicone: errar no tamanho prejudica os seios


Foto: (Arquivo Pessoal)
Sheyla Hershey corre risco de morrer
por conta de uma infecção nos seios
Plásticas exageradas causam assaduras e estrias, atrapalham a mobilidade e podem aumentar o tamanho da cicatriz

Sabe quando uma coxa fica raspando na outra e as duas acabam avermelhadas, com aquela sensação desagradável de assadura? Pois bem, agora imagine ter a pele dos seios machucada pelo atrito com os braços. É isso que acontece quando algumas mulheres exageram no tamanho do silicone.

“A escolha da prótese deve ser uma decisão conjunta entre paciente e médico”, recomenda o cirurgião plástico Rodrigo Federico. Ele explica que cabe ao médico especializado ponderar os pedidos das pacientes, para que o resultado não se transforme em algo desastroso.

“Se o silicone for muito grande, a pele não suporta e aparecem estrias”, alerta Federico. É justamente o resultado oposto de quem estava buscando seios mais bonitos."

O peso exagerado da prótese traz ainda outras consequências. A pele pressionada logo após a cirurgia pode prejudicar o processo de cicatrização, gerando uma marca maior do que o esperado. “A cicatriz fica grossa, com quelóide”, afirma o cirurgião.

“Há risco de até alguns pontos estourarem durante a cicatrização”, alerta Luciana Pepino, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Influência das celebridades
A médica comenta que muitas pacientes buscam informações na televisão e na internet, onde encontram relatos de pessoas famosas, e chegam ao consultório com uma medida. “Elas dizem que tal atriz colocou 600ml, por isso elas querem colocar o mesmo”, exemplifica.

Mas não é essa a lógica dos implantes. O volume da prótese é medido em centímetros cúbicos (cc), que equivalem aos mililitros (ml) e têm um valor pouco superior aos gramas (g). Por exemplo, um implante de 300ml pesa cerca de 250g.

Para definir o peso ideal para cada paciente, são considerados fatores como o tamanho do tórax, das glândulas mamárias, a consistência da pele, a altura e peso da paciente. “Não basta chegar com a medida, tem que saber o que cada medida representa para aquela paciente especificamente”, explica Luciana.

Nem sempre levanta
O implante de silicone para levantar os seios pode ter um resultado realmente desastroso se a pele da paciente não for devidamente avaliada. “Até um certo grau de queda, o silicone levanta. Depois disso, a mulher terá seios caídos e grandes, gerando um aspecto menos atraente do que antes da operação”, alerta Luciana.

Mulheres que já tiveram filho e amamentaram ou que sofreram uma redução de peso acentuada têm a pele mais flácida. O médico deve verificar a consistência da pele por meio do tato. “É beliscando a mama mesmo”, conta a cirurgiã plástica. Para contornar a flacidez, é preciso retirar um pouco de pele. O procedimento pode ser realizado junto ao implante de silicone.

Pele esticada
Enquanto algumas mulheres sofrem de flacidez, outras podem ter problemas com a pele muito rígida. “Há risco da prótese forçar a pele e aparecerem estrias”, diz Luciana. A solução pode ser um implante menor e, depois de um ano, trocar por outro um pouco maior.

Quando a glândula mamária é muito pequena, a pele pode esticar demais e deixar um aspecto muito artificial nos seios. “Existem mulheres que até preferem este efeito, mas para evitá-lo é melhor implantar a prótese embaixo do músculo”, afirma Federico.

Já se o tórax for estreito demais, os seios podem ficar muito aproximados, gerando um aspecto igualmente artificial. Outra consequência é ter seios tão grandes que prejudicam a mobilidade – além do risco de assaduras, como dito no início da reportagem.

Nada de varrer a casa
“Tive uma paciente que reclamou por ter estourado alguns pontos nos seios. Mas também ela foi varrer a casa dois dias após a operação”, recorda Federico. Cirurgia plástica é uma cirurgia como outras: requer descanso e um período de recuperação. “As pessoas pensam que por ser um procedimento estético, ele tem recuperação imediata. Não é bem assim”, afirma o cirurgião.

Federico recomenda pelo menos dois dias sem trabalhar, para evitar o risco de alguém esbarrar nos seios. Para dirigir, atividade que requer um certo esforço da musculatura do peito, é recomendado esperar de 15 a 20 dias. Após 30 dias, a recuperação é quase total. Mas ainda será preciso esperar três meses para fazer exercícios para o músculo peitoral na academia.

Risco de morte
A modelo capixaba Sheyla Almeida Hershey, de 30 anos, se tornou conhecida mundo afora por suas investidas na construção de seios descomunais. Foram nove plásticas para aumentar os seios, apesar de ter sido alertada por médicos e pessoas próximos sobre o risco disso.

Sheyla está com uma infecção gravíssima nos seios e deve passar hoje (16) por uma nova avaliação médica. Na terça-feira (13), a modelo passou por uma cirurgia para tentar conter o avanço das bactérias.

Os médicos queriam retirar as próteses, mas ela não deixou. Mas se a infecção persistir, não haverá outra saída. Há risco das bactérias caírem na corrente sanguínea, o que pode ser fatal.

Os problemas surgiram após o último implante, feito no Brasil, em junho, quando a modelo colocou 3,5 litros em cada seio. A operação teve de ser realizada no Brasil -- e não nos Estados Unidos, onde ela vive -- porque a marca de 3,5 litros é superior ao que é permitido pela legislação norte-americana.

A modelo está se recuperando nos Estados Unidos e se diz arrependida de não ter dado ouvidos aos alertas médicos.

Fonte Delas

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