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sábado, 31 de março de 2012

Estudo constata que 70% dos fumantes têm alterações arteriais

Segundo pesquisadores, doenças como começam a aparecer mais cedo entre os que fumam

Um estudo de prevenção cardiovascular que retirou 280 mil amostras de DNA, sangue, soro e urina de quase 6 mil trabalhadores espanhóis constatou que 70% dos fumantes apresentam alterações nas artérias.

A pesquisa, denominada Estudo da Saúde dos Trabalhadores de Aragón, é realizada há três anos entre o Instituto Aragonés de Ciências da Saúde (IACS) e o Centro Nacional de Pesquisas Cardiovasculares (CNIC), e tem como objetivo conhecer, desde seu início, a evolução das doenças cardiovasculares, explicou nesta sexta-feira, 30, seu coordenador, José Antonio Casasnovas.

O pesquisador disse que o estudo, o maior da Europa e que utiliza técnicas inovadoras, revela que aos 40 anos já começam a ser vistas alterações nas artérias, por isso que a arterioresclerose é "mais precoce" do que se pensava. No entanto, não se sabe se essas alterações são naturais, fisiológicas ou condicionarão uma doença, e isso deve ser analisado agora, acrescentou.

Dos participantes do estudo (trabalhadores da General Motors em Figueruelas, Zaragoza), 30% têm hipertensão, 25% obesidade e 3,5% diabetes, disse Montserrat León, do IACS e coordenadora clínica do projeto. Segundo León, das 500 mulheres estudadas nesse grupo 45% eram fumantes e entre os homens, 37%. A pesquisadora se referiu ao tabagismo como o principal responsável pelas doenças cardiovasculares. De fato, a pesquisa constatou que 70% dos fumantes tinham alterações arteriais, também evidenciadas nos diabéticos, disse Casasnovas.

Os voluntários, com idade média de 49 anos no caso dos homens e 40 no caso das mulheres, concederam entre duas e três mostras de DNA, sangue, soro e urina, foram pesados, tiveram a altura e o perímetro abdominal medidos, e foram avaliados para saber se tomavam medicação, sofriam de tabagismo, diabetes e obesidade, disse Casasnovas.

No entanto, ele se mostrou "surpreso" pelo fato de que nesta fábrica automobilística, graças à "ergonomia" implantada, o trabalho físico mais duro é levantar 4,5 quilos de peso com manipuladores, por isso que o consumo de calorias é a metade do que imaginava.

As doenças cardiovasculares são a causa de morte de quase a metade dos espanhóis, e entre 70 e 75% das causas de internações hospitalares. Daí a importância deste estudo, que será prolongado com o acompanhamento da saúde dos voluntários, ressaltou Martín Laclaustra, subdiretor do Biobanco do CNIC.

Neste centro estão guardadas 140 mil mostras dos trabalhadores que participam do estudo (cada uma com um microchip com todos os dados). Uma quantidade semelhante está a 80 graus abaixo de zero nos congeladores do Biobanco do Hospital Miguel Servet, em Zaragoza, que começou a funcionar em 2011.

Fonte Estadão

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