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sábado, 31 de março de 2012

Quando fazer o exame de densiometria óssea?

Estudo indica que diagnóstico da osteoporose tem sido recomendado desnecessariamente. Especialista pede cautela na interpretação dos resultados e bom senso dos profissionais para recomendar a densiometria óssea.

A osteoporose é uma doença que deixa os ossos porosos e frágeis, aumentando o risco de fraturas. Mais comum entre as mulheres, principalmente após a menopausa, também acomete os homens.

Para obter um diagnóstico preciso, é necessário realizar o exame de densiometria óssea, que detecta alterações na densidade dos ossos. “Este exame é recomendado em mulheres após os 50 anos ou após a menopausa, e homens após os 60 anos. Deve ser feito de cada dois a cinco anos ou anualmente, nos casos em que a osteoporose já tenha sido diagnosticada e esteja em tratamento”, explica Gustavo Mantovani, ortopedista do Hospital CECMI (Centro Especializado em Cirurgias Minimamente Invasivas).

Mas um artigo divulgado no periódico New England Journal of Medicine questiona esta recomendação, principalmente entre as mulheres mais velhas. Segundo os autores, este exame tem sido requisitado de forma excessiva, algumas vezes até desnecessariamente. Ainda recomendam que, em casos onde não tenha sido obtido o diagnóstico, o próximo exame seja realizado em até 15 anos, já que a osteoporose é de lenta progressão.

Para Mantovani, deve-se ter cautela com estes resultados. “Estudos como este são geralmente realizados em países desenvolvidos com objetivos de controle e planejamento de programas de saúde pública e protocolos de tratamento. Portanto, sempre há um enfoque muito grande no impacto econômico dos seus resultados e podem servir de base para leis, controles e obrigações de seguradoras, etc. Assim, pode-se haver um certo viés tendendo a uma posição mais conservadora ou econômica”, explica.

O ortopedista explica que por aqui o quadro de evolução da doença não é tão lento quanto o citado no estudo, mas que, por outro lado, existe também um certo abuso na solicitação dos exames. “A solução, na minha opinião, é – como sempre – usar de bom senso e tentar se basear em todos os aspectos individuais de cada paciente, como os fatores de risco, idade, história de fraturas, menopausa, grau de atividade física, dieta, exames anteriores, para então definir uma periodicidade ideal para cada paciente”.

Por exemplo, alguém que já tem osteoporose diagnosticada em exame prévio, de idade avançada, pouco ativa ou acamada, fraturas recentes, que esteja em tratamento com medicações, deve, segundo Mantovani, realizar o exame anualmente. “Por outro lado, uma pessoa sem diagnóstico de osteoporose, ativa, com dieta rica em cálcio, sem antecedente de fraturas, não precisaria fazer outra densitometria em menos de três a cinco anos”, finaliza

Fonte O que eu tenho

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