
Mas ao contrário do que se imagina, a doença é mais comum nos homens, geralmente após os 30 anos de idade, sempre precipitada pela atividade sexual. Estudos indicam que a proporção seja de seis homens para cada mulher e pode aparecer de uma maneira regular ou imprevisível, desaparecendo por uns tempos. Em metade dos pacientes afetados, a dor de cabeça ocorre apenas uma vez ou em um único surto. Ainda não se sabe exatamente as causas, mas acredita-se que os principais fatores desencadeantes sejam o estresse emocional e o cansaço. Alguns estudos sugerem ainda que a origem esteja na contração excessiva dos músculos do pescoço e da mandíbula, estado circulatório hiperdinâmico ou por aumento rápido da pressão arterial durante o ato sexual.
Cerca de metade das pessoas com cefaléia coital podem apresentar também enxaquecas e dor de cabeça desencadeada por outros exercícios físicos. Pela ocorrência em parentes, a doença pode ainda estar relacionada à predisposição genética, tal como se vê nos casos de enxaqueca.
Ápice da dor é durante o orgasmo
O relato dos pacientes indica uma dor difusa, bilateral, predominando na região da nuca, que vai aumentando com a excitação sexual e rapidamente se torna muito intensa e explosiva, atingindo o ápice no orgasmo. Às vezes ocorrem náuseas e vômitos. Após o término da relação sexual, a dor pode melhorar logo ou persistir por várias horas, variando de 1 minuto a 3 horas. Interessantemente pode ocorrer também com a masturbação.
Normalmente não existem problemas cerebrais ou cranianos evidentes nestes casos, mas como algumas pessoas podem sofrer sangramento de aneurismas cerebrais, ou rompimento arterial durante o coito, é conveniente a realização de exames neurológicos pelo menos após um primeiro episódio.
Muitos pacientes ficam assustados após a primeira vez que sentem uma dor de cabeça destas e se sentem culpados pelo problema. Nada que uma consulta e realização de exames não acalmem o paciente. Vale lembrar que a cefaléia coital é benigna.
As cefaléias orgásticas podem ser abolidas ou aliviadas pela interrupção da atividade sexual, o que não é muito animador. Mas existem alternativas que permitem que a atividade sexual continue. Alguns pacientes relatam que a dor pode ser evitada se o pescoço ficar mais baixo que o resto do corpo durante a relação sexual. A prevenção com medicamentos também pode ser uma solução. As drogas devem ser ingeridas poucas horas antes do ato sexual.
Fonte O que eu tenho
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