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domingo, 3 de junho de 2012

Cefaléia coital: quando o sexo dá dor de cabeça

Quem nunca ouviu que o parceiro está com dor de cabeça para evitar relações sexuais? Pois é, esta tão conhecida desculpa pode acontecer realmente. Ou melhor, ela pode estar relacionada ao ato em si. Algumas pessoas podem apresentar dor de cabeça associada à atividade sexual, uma doença que é denominada de várias formas: cefaléia benigna do sexo, cefaléia sexual, cefaléia orgástica, cefaléia copulogênica ou cefaléia sexual vascular benigna. Mas o termo mais usado é cefaléia coital.

Mas ao contrário do que se imagina, a doença é mais comum nos homens, geralmente após os 30 anos de idade, sempre precipitada pela atividade sexual. Estudos indicam que a proporção seja de seis homens para cada mulher e pode aparecer de uma maneira regular ou imprevisível, desaparecendo por uns tempos. Em metade dos pacientes afetados, a dor de cabeça ocorre apenas uma vez ou em um único surto. Ainda não se sabe exatamente as causas, mas acredita-se que os principais fatores desencadeantes sejam o estresse emocional e o cansaço. Alguns estudos sugerem ainda que a origem esteja na contração excessiva dos músculos do pescoço e da mandíbula, estado circulatório hiperdinâmico ou por aumento rápido da pressão arterial durante o ato sexual.

Cerca de metade das pessoas com cefaléia coital podem apresentar também enxaquecas e dor de cabeça desencadeada por outros exercícios físicos. Pela ocorrência em parentes, a doença pode ainda estar relacionada à predisposição genética, tal como se vê nos casos de enxaqueca.

Ápice da dor é durante o orgasmo
O relato dos pacientes indica uma dor difusa, bilateral, predominando na região da nuca, que vai aumentando com a excitação sexual e rapidamente se torna muito intensa e explosiva, atingindo o ápice no orgasmo. Às vezes ocorrem náuseas e vômitos. Após o término da relação sexual, a dor pode melhorar logo ou persistir por várias horas, variando de 1 minuto a 3 horas. Interessantemente pode ocorrer também com a masturbação.

Normalmente não existem problemas cerebrais ou cranianos evidentes nestes casos, mas como algumas pessoas podem sofrer sangramento de aneurismas cerebrais, ou rompimento arterial durante o coito, é conveniente a realização de exames neurológicos pelo menos após um primeiro episódio.

Muitos pacientes ficam assustados após a primeira vez que sentem uma dor de cabeça destas e se sentem culpados pelo problema. Nada que uma consulta e realização de exames não acalmem o paciente. Vale lembrar que a cefaléia coital é benigna.

As cefaléias orgásticas podem ser abolidas ou aliviadas pela interrupção da atividade sexual, o que não é muito animador. Mas existem alternativas que permitem que a atividade sexual continue. Alguns pacientes relatam que a dor pode ser evitada se o pescoço ficar mais baixo que o resto do corpo durante a relação sexual. A prevenção com medicamentos também pode ser uma solução. As drogas devem ser ingeridas poucas horas antes do ato sexual.

Fonte O que eu tenho

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