
Uma pesquisa realizada na Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália, indicou que comer diariamente 100 gramas de chocolate amargo durante dez anos pode ajudar a prevenir infarto e reduzir riscos de pacientes com problemas cardiovasculares. O chocolate amargo, no entanto, deve conter percentuais de 70% ou mais de cacau e ser inserido em uma dieta balanceada e um estilo de vida saudável.
O estudo publicado no British Medical Journal foi feito com mais de dois mil australianos e vai ao encontro de diversos outros estudos publicados anteriormente sobre os benefícios do chocolate amargo. Os especialistas australianos, além de reforçarem as demais pesquisas, apontam que o consumo específico de 100 gramas de chocolate com 70% ou mais de cacau, diariamente durante dez anos, poderia evitar 70 ataques cardíacos mortais e 15 ataques de menor intensidade em cada 10 mil pessoas com risco de sofrê-los.
Todos os modelos utilizados foram baseados nos fatores de risco clássico, variando desde pessoas com hipertensão até colesterol alto e obesidade. Chocolates com alto percentual de cacau contém antioxidantes chamados polifenóis, que ajudam a manter os vasos sanguíneos dilatados e, consequentemente, reduzem a pressão sanguínea e melhoram a circulação.
Os cientistas, porém, alertam que o consumo excessivo de chocolate amargo pode levar à obesidade, fator que é um dos líderes nas causas de doenças cardiovasculares. Eles não recomendam que o grupo de alto risco use o chocolate amargo como a única medida preventiva, mas sim com uma combinação de escolhas sensatas, como fazer exercícios físicos.
Conheça outros benefícios do chocolate
O chocolate pode ajudar você a sentir-se mais satisfeito e não exagerar na comida. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Chung Hsing, em Taiwan, mostrou que os ácidos fenólicos presentes no cacau podem aumentar a produção do hormônio leptina, que aumenta a sensação de saciedade.
Protege de derrames
Segundo a nutróloga Sylvana Braga, especialista em prática ortomolecular, o cacau é rico em antioxidantes que reduzem a inflamação nas artérias e a aderência do colesterol à parede dos vasos, prevenindo a formação de trombos na corrente sanguínea e, consequentemente, o AVC (acidente vascular encefálico). Um estudo realizado pelo Karolinska Institutet, na Suécia, confirma esse benefício. Eles descobriram que as mulheres que comiam aproximadamente duas barras de chocolate por semana - aproximadamente 60 gramas - estavam até 20% mais protegidas contra derrames em comparação com aquelas que nunca comiam o doce.
Antienvelhecimento
A nutricionista Raquel Maranhão, da Clínica BeSlim do Rio de Janeiro, conta que, por ser rico em antioxidantes, vitaminas A e do complexo B, o chocolate ajuda a neutralizar os radicais livres do organismo que, quando elevados, podem provocar danos celulares relacionados ao processo de envelhecimento. É por isso que o doce também é usado em cosméticos com efeito regenerador, antirrugas e antienvelhecimento.
Melhora o raciocínio
Sylvana Braga explica que a cafeína presente no chocolate pode estimular a memória, a atenção, a concentração e o desempenho mental em geral. Após acompanhar dois grupos na solução de equações, especialistas da Universidade de Northumbria, no Reino Unido, notaram maior agilidade e número de acertos entre as pessoas que consumiram 500mg de flavonoides, substâncias encontradas no chocolate amargo e meio amargo (a versão ao leite também oferece flavonoides, mas em quantidade bem menor).
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