Vacinas, vitamina D e teste de alergia garantem pulmões saudáveis
É só o tempo virar para o peito começa a chiar e faltar o ar. Quem sofre de asma sabe o quão agoniantes esses sintomas podem ser. No Brasil, cerca de 16 milhões de pessoas sofrem com a doença. Marcada por uma forte dificuldade em respirar, a crise de asma é provocada por uma reação inflamatória nos brônquios, os tubos que levam o ar respirado até os pulmões. Em resposta a essa inflamação, eles ficam mais estreitos, dificultando a respiração.
Na maioria dos pacientes a crise de asma é causada por uma infecção respiratória causada por um vírus. Outras causas da crise de asma são a exposição a alérgenos - como poeira, mofo, cheiros fortes e medicamentos. "É muito importante evitar crises, uma vez que, se forem frequentes, elas levam à perda de capacidade pulmonar", explica a pneumologista Marcia Pizzichini, da comissão de asma da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). A boa notícia é que é totalmente possível prevenir as crises de asma.
Comece a seguir essas orientações e mantenha os ataques bem longe. Confira a seguir.
Os testes para alergias respiratórias são feitos para detectar qual é o agente causador da asma. Entram nessa lista ácaros, fungos, mofo, pelos de animais, entre outros. Com o teste, é possível evitar a exposição ao agente, prevenindo crises. Além disso, é comum que a asma esteja associada a outras doenças alérgicas, como a rinite alérgica e o eczema. "Controlando os causadores dessas alergias é possível evitar crises asmáticas", conta Márcia Pizzichini.
"É muito importante lembrar que a asma é uma doença crônica cujo tratamento, nos casos de asma persistente, deve ser contínuo, mesmo que não existam sintomas", conta a pneumologista Márcia. Esse tratamento consiste no uso de corticoide inalatório diariamente, em doses que deverão ser determinadas pelo médico.
O uso irregular dos medicamentos que controlam a asma é uma das causas mais comuns de crises. "O paciente não deve ter receio de usar a medicação diária da asma", recomenda a especialista. "Ao contrário, ele deve ter receio de não usá-la, devido ao risco de crise decorrente deste hábito."
O uso irregular dos medicamentos que controlam a asma é uma das causas mais comuns de crises. "O paciente não deve ter receio de usar a medicação diária da asma", recomenda a especialista. "Ao contrário, ele deve ter receio de não usá-la, devido ao risco de crise decorrente deste hábito."
Garanta as doses de vitamina D
A carência da vitamina D está sendo relacionada a uma série de doenças do aparelho imunológico e a asma é uma delas. O papel da vitamina D na importância do tratamento da asma é recente." Para a asma em especial, as evidências ainda são fracas porém, não porque não haja benefício mas, provavelmente porque ainda não foram realizados estudos suficientes para se estabelecer algum tratamento ou uma relação de causa-efeito", explica o clínico geral Paulo Camiz, do Hospital das Clínicas.
Um estudo apresentado no Encontro Anual da Academia Americana de Alergia Asma e Imunologia, em 2010, apontou que a deficiência do nutriente pode aumentar os riscos de doenças pulmonares mais graves em crianças. A pesquisa, que avaliou 99 crianças com asma, mostrou que 47% delas tinham níveis insuficientes de vitamina D.
De qualquer forma, vale a pena ressaltar que a principal fonte de vitamina D é a exposição solar, que dever ser feita por cerca de 15 minutos, três vezes por semana. Ovos, manteiga, iogurtes e peixes, como atum e sardinha, são fontes da vitamina.
Um estudo apresentado no Encontro Anual da Academia Americana de Alergia Asma e Imunologia, em 2010, apontou que a deficiência do nutriente pode aumentar os riscos de doenças pulmonares mais graves em crianças. A pesquisa, que avaliou 99 crianças com asma, mostrou que 47% delas tinham níveis insuficientes de vitamina D.
De qualquer forma, vale a pena ressaltar que a principal fonte de vitamina D é a exposição solar, que dever ser feita por cerca de 15 minutos, três vezes por semana. Ovos, manteiga, iogurtes e peixes, como atum e sardinha, são fontes da vitamina.
Mofo, pelos de animais, insetos, ácaros e poeira domiciliar devem ser cuidadosamente eliminados. É importantíssimo que a roupa de cama seja lavada semanalmente e secada ao sol. Também é recomendado o uso de fronhas e capas de colchão antiácaros, que diminuem a possibilidade de crises. "Podem ser usadas até produtos de limpeza que matam os ácaros, mas nunca na presença do asmático", recomenda a pneumologista Márcia. A especialista também recomenda que o carpete seja substituído por outros tipos de piso, que tapetes sejam retirados do quarto e que umidificadores sejam banidos, já que a umidade favorece o aparecimento de alguns alérgenos.
Velas, sprays aromatizadores e essências. Esses produtos podem até deixar sua casa perfumada, mas são um perigo para quem tem asma. "Cheiros fortes e fumaça irritam as vias aéreas e podem desencadear crises de asma", explica a pneumologista Márcia. Se você é ou tem algum familiar asmático, elimine todos esses produtos ou, pelo menos, opte por versões que não possuem aroma.
"Os vírus causadores de infecções respiratórias - entre os quais está o vírus da gripe - também inflamam as vias aéreas e podem causar crises de asma", explica Paulo Camiz. Por isso, tomar a vacina da gripe pode ajudar a controlar a doença. Além disso, lembre-se sempre de lavar as mãos ou higienizá-las com álcool em gel, o que ajuda a prevenir-se contra o vírus.
"Existem algumas evidências de pessoas asmáticas que eram obesas, mas que após a eliminação de peso conseguiram controlar melhor a asma", conta a pneumologista Márcia. Não se sabe exatamente como se dá essa associação, mas, segundo pesquisadores da Universidade de Harvard, em estudo publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology, os pulmões de indivíduos com obesidade não se expandem como deveriam, o que predispõe o estreitamento dos brônquios. Eles argumentam ainda que a inflamação do tecido adiposo pode afetar a musculatura das vias aéreas, aumentando a resposta inflamatória e estreitando os canais da via aérea, o que levará a uma crise asmática. Outro ponto é que os hormônios liberados pela gordura - como a leptina e a adiponectina - podem agir na árvore brônquica causando os mesmos efeitos.
Medicamentos anti-inflamatórios não hormonais - como o ácido acetilsalicílico, o diclofenaco e o ibuprofeno - podem desencadear crises de asma. "Isso acontece porque esses remédios inibem uma via de inflamação, mas sobrecarregam outra, que tem forte relação com a crise asmática em quem sofre da doença", explica Paulo Camiz.
Uma pessoa com asma pode e deve praticar esportes, mas, para isso, a doença precisa estar controlada com o tratamento. Isso porque a desidratação das vias aéreas, em função da sudorese e do aumento constante do fluxo de ar, podem desencadear uma crise se a doença não estiver controlada. Outro mecanismo que pode levar a uma crise é o da variação de temperatura nas vias aéreas, principalmente se o ar é inspirado pela boca e atinge as vias aéreas a uma temperatura mais baixa - o que pode piorar se temperatura ambiente está mais baixa.
Por outro lado, manter uma boa hidratação e exercitar-se em ambiente saudável e com temperatura adequada ajudam a tornar a prática esportiva menos perigosa. "Se mesmo assim ainda ocorrerem crises de asma, um tratamento com broncodilatadores antecedendo a atividade física e indicado pelo médico, tende a controlar bem os sintomas", recomenda Paulo Camiz.
Por outro lado, manter uma boa hidratação e exercitar-se em ambiente saudável e com temperatura adequada ajudam a tornar a prática esportiva menos perigosa. "Se mesmo assim ainda ocorrerem crises de asma, um tratamento com broncodilatadores antecedendo a atividade física e indicado pelo médico, tende a controlar bem os sintomas", recomenda Paulo Camiz.
Fonte Minha Vida
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