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domingo, 5 de agosto de 2012

Cera no ouvido é natural e excesso de limpeza pode trazer problemas

Lubrificar, proteger e limpar os ouvidos são algumas das funções do cerume produzido na cartilagem do canal auditivo. E apesar de considerada uma sujeira incômoda pela maioria das pessoas, a cera do ouvido é fundamental para manter a saúde do sistema auditivo como um todo.

O ouvido é formado por três partes – o ouvido externo, o médio e o interno. Na parte externa está o chamado pavilhão auricular, que protege o órgão do vento e da sujeira e capta os ruídos, e o conduto auditivo externo, um canal que liga o pavilhão ao tímpano.

“O canal auditivo tem uma parede óssea mais interna e uma cartilaginosa continuacao do pavilhão auditivo, ambas revestidas por pele. É nesta área cartilaginosa que ficam localizadas as glândulas que produzem a cera”, explica Rita de Cássia Guimarães, otorrinolaringologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) .

A cera, também denominada cerume, faz a limpeza e lubrifica o canal auditivo. A substância ainda impede a entrada de bactérias, fungos e insetos. O cerume é uma mistura de secreções das glândulas sudoríparas apócrinas com líquidos mais viscosos, produzidos pelas glândulas sebáceas presentes na região.

“É totalmente contraindicado o uso de hastes flexíveis de algodão ou de objetos pontiagudos para retirar a cera dos ouvidos. Este hábito é uma agressão que pode comprometer a integridade do sistema auditivo”, alerta a médica, especialista em otoneurologia.

Excesso de limpeza pode deixar ouvidos desprotegidos
A forma como o cerume trabalha é simples. Para a limpeza, a cera é levada para fora e carrega tudo o que estiver em seu caminho – pó, particular e sujeira. A movimentação da mandíbula ajuda a desgrudar os detritos do canal auditivo.

“Devido ao importante papel desempenhado pela cera, sem a sua presença, os ouvidos ficam desprotegidos. A ausência desta secreção favorece a criação de um ambiente propício ao surgimento e desenvolvimento de microorganismos responsáveis por doenças e infecções auditivas”, esclarece Rita.

Além de inibir o crescimento de determinados fungos, a cera previne queimaduras, coceiras e a dissecação dos ouvidos por causa de sua função de lubrificação. O sebo fabricado pelas glândulas sebáceas enriquece o cerume com substâncias lipídicas, garantindo que o canal auditivo esteja sempre lubrificado. “A deficiência na lubrificação pode causar descamação, pele seca e coceiras. Outra importante característica da cera é que ela evita a entrada de água dentro dos ouvidos”, ressalta Rita.

Falta ou excesso de cera: caso para especialista, não de soluções domésticas
A médica enfatiza que o organismo prima pelo equilíbrio em todos os seus órgãos e funções. Por este motivo, a falta ou o excesso de cera nos ouvidos é prejudicial. A produção exagerada do cerume pode provocar a obstrução do canal auditivo e pressionar o tímpano, dificultando a audição dos sons.

“O caso deve ser avaliado por um otorrinolaringologista, profissional habilitado para indicar o melhor tratamento. Normalmente, o médico realiza uma limpeza dos ouvidos, utilizando seu conhecimento técnico e as ferramentas adequadas, o que evita lesões”, diz.

Tentar retirar o excesso de cerume em casa pode ser muito perigoso. A haste flexível de algodão, um dos objetos mais usados para este fim, pode empurrar a cera para dentro e agravar a situação. A haste remove apenas uma pequena porção da camada superior da cera e o restante permanece no canal auditivo.

“Dependendo da força usada nessa limpeza ou do tamanho do objeto colocado dentro do ouvido pode haver o rompimento do tímpano e outras lesões com consequências graves para a audição”, aponta a especialista.

Fonte O que eu tenho

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