Brasília – Entidades médicas entregaram hontem (26) à Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) um documento cobrando maior transparência nos dados sobre a
cobertura assistencial dos planos de saúde no país. De acordo com o Conselho
Federal de Medicina (CFM), os números mais detalhados podem ajudar pacientes e
profissionais da área a decidir pela adesão aos planos.
A categoria pede a divulgação de informações como a quantidade e a
distribuição geográfica de leitos hospitalares e de unidades de terapia
intensiva (UTIs), de laboratórios e de médicos disponíveis. A ideia, segundo o
CFM, é comprovar o desequilibro entre o crescimento da demanda no setor e a
oferta de serviços.
Os médicos também entregaram à ANS uma série de reportagens, pesquisas e
estudos que sugerem uma iminente crise na saúde suplementar. O documento,
assinado pelo CFM, pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Federação
Nacional dos Médicos (Fenam), é um desdobramento das reivindicações que levaram
à suspensão do atendimento a planos de saúde em vários estados nos últimos 15
dias.
“Para as lideranças médicas, somente com o acesso público a informações
detalhadas do setor será possível evitar excessos cometidos por alguns
empresários, assegurando, sobretudo, o bom funcionamento da saúde suplementar no
país”, informou o CFM em nota.
As entidades médicas avaliam que a estabilidade econômica e o aumento do
poder aquisitivo da população têm gerado um aumento significativo no volume de
clientes dos planos e seguros de saúde, mas as redes assistenciais (lista de
médicos conveniados, leitos e laboratórios disponíveis) não acompanharam essa
evolução.
A assessoria da ANS informou
que a agência vai analisar o documento na próxima segunda-feira
(29).
Fonte Agência Brasil
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