Segundo um novo estudo da Universidade de New South Wales (Austrália), terapia cognitiva comportamental via internet tem o poder de reduzir dramaticamente tanto a depressão quanto os pensamentos suicidas em pacientes.
A pesquisa envolveu 300 pacientes inscritos pelos seus médicos em um programa de seis lições de terapia cognitiva comportamental para a depressão via internet no site www.thiswayup.org.au.
Segundo os pesquisadores, a redução de pensamentos suicidas ao fim do programa foi evidente, independentemente do sexo e idade.
“Antes do curso, metade das pessoas que preenchiam os critérios para depressão pensavam que estariam melhores mortas. Quando elas concluíram o curso 10 semanas depois, metade das 300 pessoas deixou de preencher os critérios para a depressão, e metade das pessoas que antes preferiam estar mortas já não pensavam mais dessa forma”, disse o principal autor do estudo, o professor Gavin Andrews da Escola de Psiquiatria da universidade.
Essa não é a primeira vez que o grupo faz estudos do tipo. Eles já haviam mostrado que pacientes depressivos que participavam de terapias online tinham taxas de recuperação tão eficazes quanto os que participavam de terapias presenciais.
Mas este é o primeiro estudo a demonstrar essa associação quanto ao cuidado primário, ou seja, o primeiro tratamento. “No momento, é de rotina excluir pacientes com pensamentos suicidas frequentes de participar de terapias cognitivas comportamentais online. Dado que os pensamentos suicidas são parte integrante da depressão, esta pesquisa mostra que há uma base racional para a inclusão de pessoas com ideias suicidas nesse tipo de programa via internet”, conclui Andrews.
E a internet serve não só para curar, como também para “diagnosticar” depressão. Um estudo da Universidade de Ciência e Tecnologia de Missouri, EUA, sugeriu que a forma como as pessoas usam a internet pode indicar se elas estão em maior risco de depressão ou não. Os pesquisadores observaram que o uso da internet de pessoas depressivas segue um padrão distinto dos seus colegas não depressivos. Um software poderia ser desenvolvido para monitorar a atividade online de estudantes e parentes para sinais de depressão.
Fonte Hypescience
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