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domingo, 9 de dezembro de 2012

Tratar o ronco pode evitar uma parada cardíaca

Mais do que apenas um incômodo para quem estiver por perto, o ronco pode ser um indício de apneia do sono, doença que eleva o risco de uma série de problemas cardiovasculares: hipertensão, arritmia, infarto do miocárdio, derrame, insuficiência cardíaca e morte súbita.
 
“Não há estudos suficientes na literatura médica sobre disfunções cardíacas precoces em pacientes com apneia do sono, quando é possível tomar medidas para evitar a progressão até insuficiência cardíaca”, alerta a pesquisadora Raluca Mincu. Junto com outros estudiosos, ela comparou os efeitos da apneia do sono com os de diabetes tipo 2 em funções cardíacas.
 
A equipe examinou 60 pacientes: 20 tinham apneia do sono moderada ou severa; 20 estavam tratando diabetes tipo 2; e 20 não tinham nenhuma das duas doenças. Para aumentar a precisão do estudo, foram comparados dados de voluntários de sexo e idade similares.
 
Aqueles que sofriam de apneia do sono (fosse moderada ou severa) apresentaram mal funcionamento das artérias, resultado similar ao daqueles com diabetes tipo 2. O grupo de controle, por sua vez, não apresentou problemas. “Pacientes deveriam perceber que por trás do ronco pode haver sérias patologias cardíacas e que eles devem consultar um especialista do sono”, aponta Mincu.
 
O tratamento para apneia do sono não é dos mais agradáveis (inclui dormir com uma máscara, ligada a um aparelho que ajuda a manter a respiração constante), mas, segundo a pesquisadora, pode reverter os problemas revelados no estudo.
 
Quanto mais cedo cardiologistas, pneumologistas e outros profissionais da saúde diagnosticarem e tratarem casos de apneia do sono, melhor. “Isso irá evitar que a disfunção cardiovascular precoce evolua para insuficiência cardíaca”.
 
Fonte Hypescience

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