Mulheres são as principais vítimas de distúrbios na tireoide |
Neste sábado (25), comemora-se o Dia Internacional da Tireoide, glândula responsável por liberar hormônios que regulam o metabolismo humano, sendo fundamentais para o desempenho de diversos órgãos do corpo. Exatamente por isso, qualquer alteração neste pequeno pedacinho do nosso organismo pode resultar em prejuízos graves à saúde.
Quando a tireoide não funciona corretamente, duas doenças podem surgir: o hipotireoidismo, caracterizado pela liberação em quantidade insuficiente de hormônios, e o hipertireoidismo, quando essa produção é excessiva.
Em ambos os casos, se não tratadas corretamente, as alterações podem interferir no funcionamento de órgãos importantes, como o coração, cérebro, fígado e rins, no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.
O endocrinologista Mario Vaisman, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e chefe do serviço de endocrinologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, adverte que o hipotireoidismo é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas pode ser controlada.
— Uma das dificuldades no tratamento é fazer com que o paciente tome o medicamento de acordo com a prescrição, nas datas e horários corretos, sem interrupção. O fator financeiro também faz com que muitos pacientes desistam do tratamento, embora o preço dos remédios disponíveis não seja alto em comparação a outros medicamentos de uso contínuo.
A ausência de tratamento adequado pode causar danos complexos, como problemas cardíacos e até câncer. Já o hipertireoidismo, explica o médico, é tratado com medicamentos antitireoidianos e, em casos específicos, com administração de iodo radioativo ou cirurgia.
O diagnóstico dos distúrbios da tireoide é feito por meio de exame de sangue específico, mas alguns sintomas podem acender o sinal vermelho. No caso do hipotireoidismo — o mais comum na população brasileira — o especialista cita depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, diminuição da memória, cansaço excessivo, dores musculares, sonolência excessiva, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento do colesterol no sangue.
Já o hipertireoidismo apresenta como principais sintomas tremores nas mãos, sudorese excessiva (suor “quente”), intolerância ao calor, queda de cabelo, unhas quebradiças, perda de peso e massa muscular, irregularidade menstrual, taquicardia ou palpitações e aumento no tamanho da tireoide, que está localizada no pescoço.
A incidência da doença aumenta com a idade e, apesar de as razões ainda serem desconhecidas pela medicina, as mulheres são as mais afetadas pelos distúrbios.
Tratamento inadequado
Uma pesquisa realizada no ano passado, em parceria com hospitais e universidades do Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba e Fortaleza, revelou que dos 2.500 pacientes entrevistados, 50% não recebem o tratamento adequado no País e, desse total, 28% estão insuficientemente tratados e 18,6% recebem o hormônio T4 (um dos produzidos pela tireoide) em excesso.
Fonte R7
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