Mesmo sem novos casos de infecção registrados há cinco meses, pesquisadores alertam que o H7N9 está ativo. Testes em laboratório detectam que a cepa do vírus mantém, inclusive, o potencial de ser transmitida entre mamíferos
No início do ano, um surto do vírus H7N9 obrigou as autoridades chinesas a fechar todos os tradicionais mercados de aves do país, na tentativa de evitar a reprise da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). A medida deu certo.
De fevereiro a 14 junho, não houve aumento no número de infecções — 132 casos confirmados, com 39 mortes. O micro-organismo, contudo, não está adormecido. Pelo contrário, segundo uma pesquisa financiada pelo próprio governo da China.
Experiências em laboratório mostraram que uma cepa do agente patógeno é transmissível entre ferrets por meio de partículas respiratórias. Como esses animais são mamíferos, em tese, isso mostra que o mesmo pode acontecer entre humanos, bastando um espirro ou uma tosse para que o H7N9 passe de uma pessoa para outra.
No estudo, cientistas da Academia Chinesa de Ciências Agrárias e do Instituto de Pesquisa Veterinária de Harbin isolaram vírus retirados de quase 11 mil amostras.
No estudo, cientistas da Academia Chinesa de Ciências Agrárias e do Instituto de Pesquisa Veterinária de Harbin isolaram vírus retirados de quase 11 mil amostras.
Os micro-organismo foram inoculados em ratos e ferrets para o estudo da composição genética deles, da ação dos patógenos nos hospedeiros e da forma de transmissão. O H7N9 pertence à família dos vírus H7, que têm uma característica perigosa.
Em aves, eles são muito hábeis em mutar de uma forma com baixa patogenia para uma altamente virulenta, o que ameaça a avicultura e, como demonstrou a pesquisa chinesa, pode representar um grave risco aos seres humanos.
Fonte Correio Braziliense
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