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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Hérnia de disco corresponde a 90% das queixas na região lombar

Hérnia de disco corresponde a 90% das queixas na região lombar Divulgação/RBS TV
Foto: Divulgação / RBS TV
Tratamento para a hérnia de disco vai depender da gravidade do
 problema
Problema pode ser provocado por fatores como sedentarismo, genética, obesidade e até envelhecimento
 
Uma simples dorzinha nas costas provocada por uma má postura pode ser aliviada com medicação e hábitos saudáveis.

Entretanto, se essa dor insiste em permanecer na região lombar, passa pelas nádegas e vai até a parte mais baixa de uma ou das duas pernas, pode ser o sinal de outro problema que merece atenção e tratamento: a hérnia de disco.

Confundida muitas vezes com a dor no nervo ciático, a hérnia de disco representa 90% dos problemas relacionados à coluna, sendo que os outros 10% estão associados à má postura, tumores e fraturas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o neurocirurgião formado pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Mauricio Mandel, a hérnia de disco é um problema sério e que deve ser tratado o quanto antes.

— O problema ocorre quando o disco sai do lugar comprimindo os nervos vizinhos. Ela pode ser provocada por vários fatores como sedentarismo, a genética, a obesidade e até o envelhecimento, já que, com o tempo, o disco se torna ressecado e menos resistente — explica.

Os ossos são separados por discos que têm a finalidade de proteger a coluna vertebral e são responsáveis por alguns movimentos, o que permite você se curvar ou alongar. Mas quando esses discos saem do seu lugar ocorre a hérnia, causando um rompimento por lesão ou esforço, o que gera muita dor, câimbra e fraqueza.

Pesquisas mostram que depois dos 50 anos, 30% da população mundial apresenta alguma forma assintomática desse tipo de afecção na coluna. A hérnia de disco acomete mais as pessoas entre 30 e 50 anos, o que não quer dizer que crianças, jovens e idosos estejam livres dela, ressalta o neurocirurgião.

A dor da hérnia de disco em geral começa gradualmente. Ela pode piorar, depois de ficar em pé ou sentar, durante a noite, ao espirrar, tossir ou rir, ao se curvar para trás ou até ao andar alguns metros.

Cirurgia minimamente invasiva pode ser a solução
O tratamento para a hérnia de disco pode ser curto ou demorado, tudo vai depender da gravidade do problema. Algumas pessoas conseguem amenizar a dor com repouso e medicamentos, mas outros casos vão precisar optar por uma cirurgia.

— Muitos pacientes temem recorrer à cirurgia por acreditar que o procedimento é um método antigo e vai comprometer suas funções. Mas, com as novas técnicas, as cirurgias da hérnia de disco estão se tornando cada vez mais minimamente invasiva — afirma Mauricio.

Uma das vantagens das técnicas recentes é que elas interferem apenas na estrutura afetada. As cirurgias minimamente invasiva estão trazendo uma nova forma de tratar a hérnia de disco, já que o problema pode ser resolvido com um procedimento tranquilo e com menos risco de infecções no pós-operatório.

Uma das formas de tratamento é por meio da microdissectomia. Essa cirurgia consiste na remoção parcial ou total do disco herniado que causa a compressão da raiz nervosa. O cirurgião faz um pequeno corte nas costas para inserir o afastamento dos músculos da coluna espinhal de modo que ele possa ver a área onde está a hérnia de disco e tratá-la.

O tempo de recuperação para esse tipo de cirurgia é geralmente menor do que o requerido para a cirurgia lombar tradicional. O segredo é encontrar a melhor solução o quanto antes para cada caso.

Zero Hora

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