Brasília - Levantamento feito pela Caixa Seguros mostra que 75% dos jovens
acreditam que a educação sexual não deve ser ensinada somente em casa e 70%
deles acham que essa formação está associada ao estímulo para o
início da vida sexual.
“A conversa com os pais é fundamental, ela faz com que o jovem se sinta muito mais à vontade para absorver e trabalhar as informações e as diferenças. Além disso, a pesquisa mostra que ter o professor como referência contribui para um jovem com maior nível de educação sexual”, defendeu Miguel Fontes, doutor em saúde pública e coordenador da pesquisa.
“A conversa com os pais é fundamental, ela faz com que o jovem se sinta muito mais à vontade para absorver e trabalhar as informações e as diferenças. Além disso, a pesquisa mostra que ter o professor como referência contribui para um jovem com maior nível de educação sexual”, defendeu Miguel Fontes, doutor em saúde pública e coordenador da pesquisa.
Sobre a diversidade de orientação sexual, a pesquisa Atitude e Tolerância: o
Que os Jovens Pensam sobre Sexualidade mostrou que 11% dos entrevistados não
teriam amigos gays ou amigas lésbicas. Quando perguntados se ficariam
incomodados por terem um professor homossexual, 9% se incomodariam, e quando a
pergunta é sobre um irmão ou irmã, o número salta para 22%. “Eles não têm tanto
preconceito quando é fora de casa. Se perguntar se você tem um amigo
gay, eles são mais abertos a isso, um professor, um pouco menos, mas
quando pergunta sobre a família, um irmão, a intolerância aumenta
consideravelmente”, avalia Fontes.
Outro dado da pesquisa mostra que entre os jovens consultados, 38% aprovam a
adoção de crianças por casais homossexuais.
O levantamento também revelou que a religiosidade não ajuda os jovens a serem
mais tolerantes em termos de sexualidade. Pelo contrário, o fato de participar
de grupo religioso e ter a Igreja como principal fonte de educação sexual
reforça tabus.
O levantamento mostra ainda que os homens e as mulheres de 18 a 29 anos são
mais educados sexualmente quando têm um professor como principal fonte de
informação, quando não participam de grupos religiosos, quando têm um bom
diálogo com os pais e quando não têm a Igreja como primeira fonte de informações
sobre educação sexual.
“A
visão contemporânea de educação sexual daqueles que não têm muitos
preconceitos, tabus, os que aceitam as diferenças, os que reconhecem a
importância da educação sexual em todas as etapas da vida, não só na escola,
contribui para a saúde pública”, conclui Fontes.
Para o levantamento, feito em 2012, foram entrevistados 1.208 jovens entre 18
e 29 anos em 15 estados e no Distrito Federal, sendo 55% mulheres. Os critérios
de coleta de dados são semelhantes aos adotados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. O trabalho foi concebido e analisado pela John Snow
Brasil Consultoria, e a coleta de dados foi feita pela Opinião Consultoria.
Agência Brasil
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