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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Uso racional de medicamentos para pressão pode evitar 25% dos ataques cardíacos

Tratamento padrão para o controle da pressão leva alguns pacientes a tomerem medicação de forma excessiva
Tratamento padrão para o controle da pressão leva alguns pacientes
 a tomarem medicação de forma excessiva
Estudo mostra que usar como foco o risco de doença cardiovascular torna o tratamento mais resolutivo e seguro
 
Uma nova forma de prescrever os medicamentos para controle da pressão sanguínea poderia evitar mais de 25% dos ataques cardíacos e derrames (quase 180 mil por ano), minimizando o uso dos remédios.

Na crescente onda dos tratamentos customizados, pesquisadores da Universidade de Michigan, mostraram que as prescrições para pacientes com risco de doença cardíaca só devem ser propostas depois de o profissional considerar fatores como idade, sexo, se o paciente fuma, entre outras variáveis que poderiam tornar o uso dos medicamentos mais racional, maximizando os resultados do tratamento.

As diretrizes médicas atuais usam um tratamento padrão com base nos valores da pressão arterial, o que leva alguns pacientes a tomarem medicamentos excessivamente e outros em quantidades inferiores às necessárias. O novo estudo mostrou que o nível da pressão arterial muitas vezes não é o fator mais importante para determinar se a medicação irá prevenir ataques cardíacos e derrames.

"Drogas que baixam a pressão arterial estão entre os medicamentos mais eficazes e os mais usados nos Estados Unidos. Só acreditamos que eles podem ser usadas de forma dramaticamente mais eficaz," diz o autor Jeremy Sussman.

"O objetivo desses medicamentos não é, na verdade, evitar a elevação da pressão arterial, mas minimizar os riscos de ataques cardíacos, derrames e outras doenças cardiovasculares. Desta forma, devemos orientar o uso destes medicamentos pelo risco destas doenças, não apenas levar em consideração o nível de pressão arterial. Descobrimos que as pessoas que têm pressão arterial ligeiramente elevada, mas de alto risco cardiovascular, são mais beneficiadas com o tratamento genérico, mas aquelas com baixo risco cardiovascular global não tem o mesmo resultado."

Orientações atuais de tratamento enfatizam metas específicas de pressão arterial, focando, em sua maioria, em manter a pressão abaixo dos 140/80 mmHg. No entanto, os autores dizem que o "tratamento sob medida" da pressão arterial com base no risco de doença cardiovascular é um modelo substancialmente mais eficaz de cuidado.

Os resultados do estudo mostram que as novas orientações da pressão arterial podem ajudar os pacientes a tomarem decisões mais informadas sobre os seus cuidados. "Além dos resultados mais positivos para a saúde dos pacientes, esta abordagem fornece o tipo de informação que precisamos para orientar as decisões individuais adaptadas às preferências e prioridades destes pacientes. Nossa pesquisa consegue estimar até que ponto o uso de medicamentos para pressão arterial vai reduzir o risco de doenças cardíacas e derrames, de modo que médicos e pacientes possam tomar decisões mais acertadas sobre a utilização destas drogas," afirma Rod Hayward, integrante da pesquisa.
 
Isaude.net

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