Saiba mais sobre a prática no blog bambambam.wordpress.com. Lá você encontra posts com dicas de como construir o próprio aro, vídeos e textos sobre o universo do bambolê |
Pra quem viveu o auge dos anos 90, provavelmente se lembra de quando o grupo É o Tchan revolucionou a indústria de brinquedos ressuscitando o bambolê, lá da década de 60. Em uma versão de plástico desmontável, feito especialmente para crianças, o “bambotchan” virou uma mania, indicado especialmente para dançar o hit musical do grupo – que também fez muito sucesso com a coreografia.
Depois de muito tempo no inconsciente nostálgico da época, o bambolê recuperou seu fôlego a ponto de detectarmos como a tendência da vez e que vem ganhando cada vez mais adeptas. Provas de que a arte do bamboleio veio pra ficar podem ser vistas com seu reaparecimento nas academias e em grupos que levam o hobby a sério por conta de seus benefícios físicos e mentais.
É o caso da tradutora Mariana Bandarra, 33, nome por trás do blog Movimento BamBamBam que se entregou de corpo e alma pela paixão de movimentar-se no aro desde 2006, em Porto Alegre. Instrutora e incentivadora número 1 da prática no Brasil, Mariana ainda acredita que é mais divertido bambolear em conjunto, de preferência ao ar livre. “A comunidade de bambolê mundial, que está conectada através da rede, é extremamente diversa, e marcada por uma forte cultura de aceitação das diferenças”, disse.
De dentro pra fora
Deixando de lado os preconceitos e a timidez, não tem como deixar de perceber que o bambolê e sua prática aproximam pessoas assim como preza uma brincadeira de criança – e provoca, inclusive, boas risadas. “Além de conhecer pessoas incríveis por meio do bambolê, mudei radicalmente a relação que tinha com meu próprio corpo, fiz as pazes com o espelho e descobri um tipo de espiritualidade totalmente sensorial, baseado em fluxos de energia e movimento”, acredita Mariana Bandarra.
Além dela, descobrimos aqui em Belo Horizonte outra adepta do bambolear. Há quatro anos, quando resgatou o brinquedo da infância, Deborah Lisboa, 26, viu na prática uma espécie de levitação que garante aumentar a resistência e melhorar a respiração – além de queimar boas calorias. “Geralmente faço oficinas em locais públicos, as pessoas param, observam e lembram a época da infância. Mesmo tímidas, algumas pedem para brincar e tentam se superar na hora de bambolear”, explica. Formada em educação física, Deborah também é artista circense no circo Banana Caturra, espaço em que ela dá aulas da prática e oficinas para customizar o próprio aro.
Receita do bolo
É claro que o bambolê de hoje não é o mesmo da infância. O tamanho e o peso aumentaram e isso interfere e muito no resultado eficiente, é por isso que os modelos leves, geralmente feitos de plástico, devem ser esquecidos. De acordo com Deborah, o bambolê precisa ser compatível com a altura da pessoa: na vertical, ele deve ficar até mais ou menos acima do umbigo e um pouco abaixo do peito.
Para iniciantes, ela ensina um truque. “É mais fácil colocar um pé na frente e girar o bambolê para o mesmo lado. O movimento é oscilar o corpo para frente e para trás, sem precisar revoltar. Se você sentir que ele vai cair, manobre dando uma agachadinha para recuperá-lo e pronto”, ensina.
O Tempo
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