Apesar da importância do farmacêutico para a saúde pública, o profissional que atua em farmácias e drogarias é submetido constantemente a desvios de função, que incluem até mesmo a obrigação de limpar o balcão. Isso certamente traz prejuízo à população que deixa de ser assistida por esse profissional, quando ele é desviado do seu trabalho para executar outras atividades.
Para resolver essa situação, o Conselho Regional de Farmácia (CRF-SP) tem encaminhado representações para o Ministério Público do Trabalho (MPT). Além do desvio de função, os farmacêuticos são obrigados a cumprir horas extras abusivas, além de alguns casos receberem salários abaixo do piso, o que também pode impactar negativamente na sua atuação.
O Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sinfar-SP) também não tem medido esforços para acionar o empregador em alguns casos pontuais. Para o presidente do Sinfar-SP, Glicério Diniz Maia, o sindicato tem apertado o cerco nos estabelecimentos de saúde. "O farmacêutico deve procurar o sindicato para tomarmos as medidas cabíveis e notificarmos o estabelecimento", afirma Glicério.
De acordo com o presidente do CRF-SP, Pedro Menegasso, esse desrespeito com o farmacêutico e com a saúde pública demonstra que a categoria deve se unir e procurar o Sinfar-SP e o CRF-SP relatando esse tipo de abuso. "Recebemos dezenas de denúncias e acionamos o Ministério Público do Trabalho. O farmacêutico pode sempre contar com o CRF. Não vamos permitir esse abuso. Estamos atentos", diz Menegasso.
Para discutir as melhorias para atuação do profissional e consequentemente os reflexos para à população, o presidente do CRF-SP participou da reunião nacional de luta pela valorização da profissão farmacêutica nos dias 5 e 6 em Brasília (DF), evento organizado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) que vai debater a valorização da profissão que envolve, basicamente, questões sindicais.
Assim que o Conselho recebe denúncia de um farmacêutico, o CRF-SP determina que seja feita fiscalização em todas as unidades, em caso de rede, para verificar se o abuso que o funcionário sofre em um determinado local vem sendo praticado por outros estabelecimento de saúde. Caso isso seja comprovado, o CRF-SP aciona o MPT e relata o ocorrido por meio de uma representação.
Além disso, a população tem o direito de ser atendida pelo farmacêutico e também pode denunciar ao CRF-SP a ausência desse profissional. Há um disque denúncia gratuito para essa finalidade (0800 77 02 273).
Jornal Joseense
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