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sábado, 1 de fevereiro de 2014

Irregularidade no ciclo menstrual pode indicar problemas de saúde

Foto: Reprodução
Normalmente, a menstruação da mulher ocorre a cada 24 a 35 dias e dura de 3 a 5 dias, podendo ocorrer pequenas variações. Nos dois primeiros anos, no período que antecede a menopausa ou em caso de gravidez, podem ocorrer alterações nesse ciclo.
 
Mas se não houver nenhuma dessas situações associadas e, mesmo assim, aparecer alguma alteração significativa, seja na quantidade de dias de sangramento ou na quantidade de sangue perdido, pode ser que seja sinal de algum problema de saúde, como explicou o ginecologista José Bento no Bem Estar desta sexta-feira (31).
 
Se houver falta de menstruação, pode ser o primeiro sintoma de doenças como endometriose, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos, alterações na glândula suprarrenal, tumor na hipófise ou até mesmo estresse. Se houver excesso, as causas podem ser hipertireoidismo, feridas no colo do útero, câncer ou miomas. Até mesmo a obesidade é um fator que pode interferir no ciclo menstrual, como lembrou a endocrinologista Elaine Costa. Por isso, em caso de alteração repentina no ciclo menstrual, é fundamental procurar um médico para investigar a causa.
 
O ginecologista José Bento explicou ainda como funciona o ciclo normal - todo mês o sistema reprodutor da mulher passa por dois processos que preparam o corpo para uma possível gravidez.
 
Esses processos são comandados por dois hormônios produzidos pela glândula hipófise – o FSH e o LH – e por hormônios produzidos nos ovários – o estrogênio e a progesterona. Nos ovários, existem ainda milhares de óvulos que ainda não estão prontos e ficam armazenados dentro de folículos. Nos primeiros dias do ciclo, a hipófise libera o hormônio FSH, que estimula os folículos a crescerem e amadurecem.
 
Um dos folículos que cresceu se destaca entre os outros e libera estrogênio, hormônio que estimula a hipófise a liberar LH. Esse, por sua vez, permite a liberação de um óvulo por volta do 14º dia do ciclo. Estimulado pelo estrogênio, o endométrio, camada que reveste o útero, se reconstrói, fica espesso e rico em fornecimento de sangue. Em seguida, o folículo se fecha e passa a produzir progesterona. Depois da ovulação, a progesterona faz o útero ficar ainda mais espesso para aguardar a chegada do óvulo, que pode ocorrer perto do 20º dia. Se não houver fecundação, a camada que reveste o útero é eliminada, que é quando ocorre a menstruação.
 
TPM (Foto: Arte/G1)
 
Ácido fólico
Como explicou o ginecologista José Bento, o útero se prepara para receber o óvulo fecundado, mas antes de engravidar, é indicado que as mulheres tomem ácido fólico, uma versão sintética de uma vitamina do complexo B, fundamental para evitar má formação do tubo neural do bebê.
 
No Brasil, por exemplo, a cada mil nascidos vivos, um tem defeito no tubo neural, o que significa que cerca de 3.000 crianças têm o problema anualmente no país. Se a ingestão do ácido fólico for bem receitada, é possível reduzir esse número em 70% ou 80%, como explicou o obstetra e porta-voz da campanha 'Ácido Fólico Já', Eduardo da Fonseca.
 
Essa substância existe em alguns alimentos, mas o organismo não absorve tão bem a forma natural e, por isso, existem as cápsulas feitas em laboratório que já vêm com a dose diária recomendada - 400 microgramas por dia. O ideal é que o ácido fólico seja iniciado antes do desejo de engravidar e que seja mantido pelos primeiros dois ou três meses após a gestação. O ginecologista José Bento acrescenta, no entanto, que o excesso de ácido fólico também pode ser prejudicial ao bebê e, por isso, é fundamental respeitar a recomendação e a dose receitada pelo médico.
 
Prematuridade
O parto prematuro é aquele que acontece antes das 37 semanas de gestação - se ocorrer antes de 34 semanas, o caso é considerado ainda mais grave já que o bebê ainda não tem seus órgãos totalmente formados.
 
No Brasil, a prematuridade é a maior causa de morte de recém-nascidos e na metade dos casos, a causa não é bem esclarecida - de maneira geral, idade avançada ou gestação precoce, gestações múltiplas, infecções, estresse, fumo, álcool e excesso de exercícios são alguns dos fatores que levam a partos prematuros espontâneos.
 
No caso da Isabela Tochini Kiehl, de 13 anos, o risco foi ainda maior já que ela nasceu quando a mãe estava com apenas 25 semanas de gestação.
 
Ela teve que ficar em uma encubadora, receber transfusões sanguíneas e imunoterapia, mas acabou tendo uma boa evolução clínica, como mostrou a reportagem da Helen Sacconi, de Campinas, em São Paulo. Com a ajuda e incentivo da família, a Isabela acabou se desenvolvendo normalmente e hoje leva uma vida normal.
 
G1

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