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sexta-feira, 21 de março de 2014

Número de leitos no Hospital do Servidor Estadual permanece o mesmo desde 1961

Wanderley Preite Sobrinho/iG
Corredor do setor de Ortopedia do Hospital do Servidor
 Público Estadual
Construído para atender emergências de 90 mil usuários, hoje Iamspe recebe 800 mil pessoas em diversas especialidades
 
Concebido em 1957 e posto de pé em 1961, o Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) permanece com o mesmo número de leitos 53 anos depois de inaugurado. “O hospital começou atendendo 90 mil segurados. Hoje esse número é de 800 mil, mas os leitos permanecem os mesmos: mil”, afirma o presidente da Comissão Consultiva Mista (CCM) do Iamspe, Sylvio Micelli.
 
“A ideia inicial era criar o hospital para atender apenas urgências”, explica Micelli, que vê com preocupação o aumento da demanda. “Em 2007, havia 450 mil servidores que utilizavam o hospital.
 
Hoje esse número está em 800 mil. Estimo em 500 mil pessoas a demanda reprimida.” De acordo com suas contas, o Iamspe vai atender 1,3 milhão de pacientes até o final da década.
 
Micelli lamenta o fato de se estender a outros setores o caos testemunhado pelo iG no setor de ortopedia do hospital. “Não é só na ortopedia que isso acontece, e a tendência é aumentar a demanda porque muitos servidores que hoje usam convênio médico estão recorrendo ao Iamspe.”
 
De acordo com ele, é muito difícil baixar a demanda porque “60% dos pacientes do Iamspe são idosos”.  Além da reforma no prédio, prevista para ser concluída em maio de 2015, o hospital precisa descentralizar o atendimento. "Primeiro, a reforma vai tornar o cuidado mais humanizado e acabar com a espera nos corredores."
 
“O processo de descentralização começou em 2008, mas precisa se intensificar com a assinatura de convênios com unidades de saúde que fiquem perto da casa do servidor. Hoje chega paciente de todos os cantos do Estado”, diz o presidente da CCM.
 
Esse é o caso da professora Célia Manfre, que desde maio do ano passado aguarda autorização para operar a coluna da filha adolescente. “Eu sai de Mogi das Cruzes, tinha um rapaz de Campinas, outro de Piracicaba... A gente não tem convênio por perto e precisa vir pra cá.”
 
iG

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