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sexta-feira, 21 de março de 2014

Lubrificantes protegem contra feridas e fissuras nos órgãos sexuais

mulher com lubrificante na mão - Foto: Getty Images
Prefira os lubrificantes à base de água
Tire suas dúvidas sobre o produto e como usá-lo corretamente
 
Considerado por muitos apenas um acessório sexual, os lubrificantes na verdade tem funções que vão além de apimentar as relações.
 
Para algumas pessoas, esse produto ajuda a tornar o doloroso mais prazeroso, fora tornar o sexo mais seguro e protegido de feridas na área genital.
 
Existem diversos tipos de lubrificantes e ressalvas que devem ser levadas em conta no momento de utilizá-lo. Você conhece todos os cuidados?
 
Confira:
 
Prefira aqueles à base de água
Existem quatro tipos de lubrificantes: os formulados com substâncias solúveis em água, que normalmente são mais fáceis de limpar; os derivados de petróleo, como a vaselina, que costumam sujar o corpo e as roupas; os produtos a base de silicone, similares aos de água, porém a prova d'água; e os óleos naturais, que também sujam as roupas.

Segundo os especialistas, o melhor lubrificante é aquele a base de água, uma vez que as chances de causar alguma alergia são muito pequenas, além de facilitar a limpeza. É importante também levar em conta o tipo de preservativo e o tipo de lubrificante que você usa. "Aqueles a base de óleos ou vaselina podem fragilizar o látex da camisinha masculina, comprometendo sua eficácia", afirma o urologista José de Ribamar Rodrigues Calixto, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia. Se você tiver dúvidas busque essas informações no rótulo, ele dirá qual a base do produto e também se ele contém outras substâncias, para dar sabor ou odores ao lubrificante, por exemplo.
 
Para todas as idades
"Não há uma idade mínima para se começar a usar o lubrificante, basta ter iniciado atividade sexual", afirma o urologista José. Entretanto, para as mulheres, em algumas faixas etárias ele pode se fazer mais necessário. "Após a entrada na menopausa, a vagina fica mais ressecada, principalmente nas mulheres que não utilizam hormônios, podendo causar incômodo e até mesmo dor durante a relação sexual", afirma a ginecologista Daniela Gouveia, ginecologista e obstetra da clínica VIVID. Mas mesmo as mulheres jovens podem demorar um pouco mais para ficarem lubrificadas durante as preliminares, e o lubrificante tem um papel muito importante nestes casos, facilitando o ato sexual.

No caso do sexo anal, o lubrificante se faz necessário em todas as faixas etárias e em todas as relações sexuais, para evitar dor, desconforto e diminuir o risco de fissuras anais.
 
Como aplicar
Algumas pessoas podem ter dúvidas sobre o órgão ou instrumento no qual o lubrificante deve ser aplicado - se no ativo ou passivo. Os especialistas explicam que não tem diferença, ele pode ser aplicado tanto no pênis ou vibrador/dildo, como também na vagina ou ânus. "O importante é lubrificar bem o local de contato", diz a ginecologista Daniela. Segundo Rita, a quantidade de lubrificante a ser utilizado corresponde a ponta de um dedo, o suficiente para fazer uma camada fina em volta da camisinha ou para cobrir toda a região externa do ânus ou vagina.
 
Posso usar na primeira vez?
Caso a relação seja anal, o ideal é usar sim, a fim de minimizar a dor e o risco de feridas na região, uma vez que ela não tem lubrificação natural. Em relações vaginais, explica a ginecologista Rita, pode ser que o lubrificante atrapalhe um pouco a penetração e até o rompimento do hímen - mas isso varia conforme o caso. "Algumas pessoas ficam inibidas em falar com seus parceiros ou parceiras que estão com pouca lubrificação ou sentindo dor, e acabam por não ter prazer na relação", alerta a ginecologista Daniela. Dessa forma, converse com seu parceiro ou parceira, certifique-se de que todos estão confortáveis com aquela relação e então discutam a necessidade do lubrificante. 
 
Fique atento às alergias
É muito difícil os lubrificantes à base de água causarem alguma reação alérgica. Caso você esteja usando o produto de outra procedência, fique atento a sinais como vermelhidão, ardência ou coceira. "Aqueles que possuem colorações ou fragrâncias também podem causar alergias, mesmo sendo à base de água", afirma a ginecologista Rita. Se isso acontecer, lave imediatamente a área com um sabonete neutro e não utilize o produto novamente. Não havendo melhora do quadro ou complicações como inchaços e focos alérgicos em outras partes do corpo, procure um médico.
 
Vale só para o sexo anal?
O lubrificante é essencial para as relações anais, uma vez que a região não tem lubrificação própria. Entretanto, ele também pode - e deve - utilizado por mulheres em relações vaginais quando necessário. "O sexo nunca deve ser sinônimo de dores ou incômodo, e o lubrificante é um coadjuvante nesse cenário", afirma a ginecologista Rita Géssia Patriani Rodrigues, do Hospital São Luiz Itaim, em São Paulo.

Inclusive, no caso do sexo vaginal pode existir uma condição que impede a mulher de lubrificar corretamente. Isso acontece por diversos fatores. "Um deles é a baixa produção do hormônio estrogênio, que acontece em decorrência do climatério, impactando também na lubrificação da mulher", afirma a ginecologista Paula Marcovici, de São Paulo. Mulheres que estão amamentando também podem apresentar secura vaginal e perda de libido - e o responsável nesse caso é o hormônio prolactina, que favorece a produção de leite. "A falta de lubrificação pela ação da prolactina pode vir acompanhada de desconforto durante o ato sexual, como dores e ardências", ressalta Paula. Além disso, a secura vaginal pode ter um fundo psicológico, relacionado à falta de interesse sexual. Na dúvida, a mulher deve verificar com seu médico ginecologista se existe algum problema de lubrificação e não deixar de usar os lubrificantes.
 
Durante a menstruação
Os lubrificantes podem ser usados sem nenhum problema durante a menstruação. "No entanto, geralmente ele não é necessário, uma vez que o sangue por si funciona como lubrificação para o sexo vaginal", explica a ginecologista Rita. No caso do sexo anal, pode ser que ele ainda seja necessário. Caso utilize o produto, não há nenhum cuidado especial além da boa higiene do local após o ato sexual, afirmam as ginecologistas.
 
Higienize após o ato
Não precisa se desesperar e sair correndo para o banheiro após o sexo - entretanto, higienizar o órgão sexual depois do ato ajuda a evitar principalmente infeções causadas por fungos, como a candidíase. "Lavar-se após a relação sexual também ajuda a remover resíduos de fluído corporal, da camisinha e o lubrificante", afirma o urologista José. Essa combinação de resíduos e lubrificante é rica em substâncias que servem como meio de cultura para bactérias e fungos.
 
Perigo das misturas caseiras
Os especialistas são unânimes: não utilize outros tipos de cosméticos para lubrificação da área íntima. "Muitas vezes esses produtos, como hidratantes ou condicionadores, possuem algum veículo alcoólico e pode causar uma alergia", diz a ginecologista Rita. Além das irritações, o uso desses cosméticos pode causar corrosões e úlceras na pele, gerando dor e podendo evoluir para inflamações. "Evite também o uso de produtos com anestésicos que prometem tirar a dor, pois anestesiando o local o risco de traumas é maior, já que a sensação de incômodo será diminuída no momento da prática", explica o urologista José.

Quanto ao uso de alimentos durante o sexo, os especialistas afirmam que vai do fetiche de cada um, basta não se esquecer da higienização e evitar o contato da comida com áreas internas dos órgãos, prevenindo assim uma infecção. "O cuidado fica principalmente para produtos a base de álcool."
 
Minha Vida

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