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domingo, 20 de abril de 2014

Criança transmite o vírus da gripe pelo dobro de tempo de um adulto, diz infectologista


Thinkstock
Criança transmite o vírus da gripe por até 14 dias, diz médica
Neste ano, governo vai oferecer vacina para crianças de seis meses a cinco anos
 
A gripe é a maior causa de hospitalização em crianças do que qualquer outra doença que se previne por vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, 4.396 crianças entre um e quatro anos foram internadas em 2013. Como o vírus influenza é altamente contagioso, cada vez que o pequeno fica doente, é comum pais, irmãos e pessoas próximas também adoecerem, explica a infectologista Rosana Ritchmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
 
— A criança transmite o vírus da gripe por até 14 dias após o início dos sintomas, ou seja, pelo dobro de tempo de um adulto.
 
Para evitar que os colegas de sala de aula também sejam contagiados pelo vírus, a recomendação é que a criança fique em casa, o que na maioria das vezes implica em absenteísmo (falta) dos pais ao trabalho para cuidar dos filhos doentes.
 
— Por isso, a vacinação é a melhor forma de prevenir a doença e indiretamente proteger também as pessoas que convivem com as crianças.
 
Neste ano, o governo federal ampliou a faixa etária e a campanha contra a gripe vai vacinar crianças de até cinco anos. Até o ano passado, foram vacinadas apenas crianças entre seis meses e dois anos. Além dos pequenos, vão receber a vacina gratuitamente idosos, gestantes, mulheres em período de puerpério (até 45 dias após o parto), índios, profissionais e trabalhadores da área da saúde e pacientes crônicos.
 
Embora a imunização esteja contraindicada para bebês com menos de seis meses, o professor José Cássio de Moraes, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, reforça que “gestante imunizada automaticamente imuniza o bebê”.
 
— A vacina não traz nenhum prejuízo para o feto, pelo contrário, vai protegê-lo por meio da mãe. Além disso, a chance de uma grávida ficar hospitalizada por causa de gripe é sete vezes maior se comparado às não grávidas em idade reprodutiva.
 
Vacina não causa gripe
Muita gente ainda é resistente a aderir à vacina por acreditar que ela causa gripe. Rosana enfatiza que “a imunização é produzida com vírus inativos, tornando-se impossível desencadear a doença”.
 
— A gripe até pode aparecer porque a vacina só começa a agir após 14 dias da aplicação, mas não é ela a causadora. O vírus pode já estar incubado, ou ser um simples resfriado que a vacina não protege ou a pessoa ser acometida por algum vírus que não esteja contemplado na vacina.
 
Como a vacina não consegue contemplar todos os tipos de vírus que circulam no hemisfério sul, a OMS (Organização Mundial da Saúde) orienta priorizar os de maior circulação, ou seja, duas cepas do vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e uma cepa do vírus influenza B. Em média, sua efetividade é de 70% a 90% em adultos saudáveis entre 18 e 59 anos.
 
De acordo com estimativas da OMS, a gripe atinge entre 5% a 10% da população mundial todos os anos, provocando de três a cinco milhões de casos graves no mundo e levando a morte entre 250 a 500 mil pessoas.
 
Além da vacina, alguns hábitos podem ajudar a prevenir gripes e resfriados, entre eles, lavar bem as mãos várias vezes por dia, usar lenço de papel ao tossir ou espirrar e evitar o contato com pessoas doentes e compartilhar os mesmos objetos, orienta a infectologista.
 
— É preciso saber diferenciar gripe, resfriado e quadros causados por influenza. Praticamente não existe gripe sem febre e tosse, o que é ausente no resfriado. Já em casos de influenza o paciente apresenta sintomas como mal-estar, dor muscular e febre.
 
A médica acrescenta que a gripe é uma doença muito transmissível, especialmente em ambientes com aglomeração de pessoas e costuma aumentar no inverno devido ao clima frio e seco.
 
 
R7

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