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terça-feira, 22 de abril de 2014

Documentário brasileiro mostra os riscos dos agrotóxicos nos alimentos

Reprodução
91,8% das amostras de pimentão continham agrotóxicos
'O Veneno Está na Mesa 2' desconstrói mito de que defensivos são indispensáveis para garantir abundância de alimentos
 
No país que mais consome agrotóxicos no mundo, há alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores. É o que procura mostrar o filme O Veneno Está na Mesa 2, novo documentário do cineasta Silvio Tendler, lançado na quarta-feira passada (16), no Teatro Casa Grande, no Leblon, zona sul do Rio.
 
O filme dá continuidade à reflexão sobre o perigo que o uso de agrotóxicos representa para a saúde, mostrada no primeiro documentário de Tendler sobre o tema, com o mesmo título e lançado em 2011. Com 70 minutos de duração, O Veneno Está na Mesa 2 avança na desconstrução do mito de que a utilização dos defensivos agrícolas é indispensável para garantir abundância de alimentos na mesa do consumidor.
 
Os dois documentários fazem parte de uma estratégia de ação da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, iniciativa que reúne movimentos sociais e entidades no objetivo comum de sensibilizar a população brasileira para os riscos que os agrotóxicos representam. A partir daí, a ideia é propor medidas para frear seu uso no Brasil. “O povo brasileiro não pode mais engolir essa história de que o agrotóxico é a modernidade no campo. Ele gera câncer, trabalho escravo e manda todo seu lucro para o exterior”, disse Alan Tygel, um dos coordenadores da campanha.
 
Alimentos com maior teor de agrotóxico:
 
- Pimentão: 91,8% das amostras de pimentão continham agrotóxicos
 
- Morango: 63,4% das amostras coletadas continham agrotóxicos
 
- Pepino: 57,4% das amostras coletadas pela Anvisa continham agrotóxicos
 
- Alface: 54,2% das amostras estavam contaminadas
 
- Cenoura: 49,6%
 
- Abacaxi: 32,8%
 
- Beterraba: 32,6%
 
- Mamão: 30,4%
 
- Tomate: 16,3%
 
- Laranja: 12,2%
 
- Maçã: 8,9%
 
- Arroz: 7,4%
 
- Feijão: 6,5%
 
- Repolho: 6,3%
 
- Manga: 4%
 
- Cebola: 3,1%
 
A produção do filme contou com o apoio da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), que vem desenvolvendo iniciativas para que a produção de alimentos sem veneno se torne uma alternativa viável. De acordo com o diretor Silvio Tendler, não há sentido em se construir uma economia baseada na destruição da natureza.
 
“A agroecologia é fundamental como forma de produção econômica, social e de desenvolvimento. No filme eu mostro pessoas que plantam e cultivam de forma sadia e também as dificuldades que elas enfrentam para a comercialização dos alimentos que produzem”, destacou o cineasta.
 
A exemplo do primeiro documentário da série, visto por mais de um milhão de pessoas, O Veneno Está na Mesa 2 será distribuído gratuitamente para um circuito alternativo de exibição. Escolas, universidades, comunidades, igrejas, assentamentos de trabalhadores rurais e outros locais integram esse circuito.

Assista "O Veneno Está na Mesa" (2011):
 
 
Agência Brasil / iG

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