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Um pequeno conjunto de cortinas pode não apenas significar que você acorde muito cedo, mas também que você poderia estar engordando.
Um estudo descobriu que dormir com muita luz no quarto aumenta o risco de obesidade em mulheres. A maior exposição à luz durante a noite fez crescer tanto o Índice de Massa Corporal (IMC) quanto a circunferência da cintura em mais de 113 mil mulheres que participaram da pesquisa britânica.
A investigação financiada pelo Breakthrough Generations acompanhou as mulheres por 40 anos em uma tentativa de identificar as causas do câncer de mama. A obesidade é um conhecido fator de risco para a doença.
O professor Anthony Swerdlow, do Institute of Cancer Research, em Londres, afirmou que o metabolismo é afetado por ritmos cíclicos dentro do corpo que se relacionam ao ato de dormir, acordar e à exposição à luz.
— As associações que constatamos entre a exposição à luz durante a noite e a obesidade são muito intrigantes. Ainda não podemos dizer neste momento qual a razão para elas, mas os resultados mostram uma direção interessante para o estudo— explica.
— Estas evidências adicionam peso a resultados anteriores de estudos em animais que observaram como a exposição à luz, os ritmos circadianos e o metabolismo poderiam ser ligados de alguma forma. É muito cedo para sugerir que dormir no escuro vai ajudar a prevenir a obesidade, um conhecido fator de risco para o câncer de mama. Entretanto, a associação é certamente interessante— reitera Matthew Lam, um dos autores da pesquisa. As descobertas foram publicadas na revista American Journal of Epidemiology.
Pesquisas anteriores já haviam proposto conclusões semelhantes. Uma equipe da Universidade Estadual de Ohio analisou como a luz noturna afeta o peso, a gordura corporal e influencia no desenvolvimento de intolerância à glicose (causa da diabetes tardia) em camundongos. Eles verificaram que a exposição persistente até mesmo a um pouco de luz noturna causou aumentos de todos os três itens.
Outro relatório da American Medical Association descobriu que o efeito perturbador da iluminação noturna nos ritmos circadianos do nosso corpo pode contribuir para a obesidade, diabetes, depressão, transtornos de humor e problemas reprodutivos.
Diário Catarinense
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