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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

5 vitaminas e suplementos vitamínicos que realmente valem a pena tomar

Uma série de estudos recentes têm minado a confiança da população em geral em relação às outrora muito populares vitaminas
 
De acordo com os cientistas, a grande maioria dessas vitaminas e de suplementos minerais simplesmente não vale a pena. Um editorial da revista científica Annals of Internal Medicine foi bem direto: “Pare de desperdiçar dinheiro em suplementos vitamínicos e minerais”.
 
E esse recado vale para uma gama enorme de suplementos que você imagina que seja superbenéfico para a sua saúde. Já foi provado, por exemplo, que multivitaminas não reduzem a chance de se desenvolver câncer ou doenças cardiovasculares. Diversas pesquisas provaram que a vitamina C em nada auxilia na prevenção do resfriado comum – uma crença errônea que remonta a uma sugestão teórica feita por um cientista na década de 1970.
 
No entanto, existe, sim, uma considerável diversidade de vitaminas e suplementos que, de acordo com estudos científicos, de fato valem a pena ser consumidos em condições específicas.
 
Confira, a seguir, um resumo de algumas das mais importantes vitaminas:
 
5. Vitamina D
De todas as vitaminas “clássicas” – os compostos orgânicos vitais descobertos entre 1913 e 1941 e batizados com as primeiras letras do alfabeto –, a D é de longe a mais benéfica para se ingerir em forma de suplemento.
 
Uma revisão de uma série de estudos realizados sobre esse tema concluiu que a vitamina D é responsável pela diminuição da mortalidade geral em adultos. Outra pesquisa semelhante, do ano passado, chegou à mesma conclusão. Ou seja, ao se analisar aleatoriamente adultos que tomam o suplemento e aqueles que não o fazem (sem controlar as diversas outras variáveis que podem influenciar a expectativa de vida humana), os pesquisadores descobriram que os adultos que tomam suplementos de vitamina D por dia viveram mais tempo do que aqueles que não o fazem.
 
Outra pesquisa descobriu que, em crianças, tomar suplementos de vitamina D pode reduzir a chance de contrair gripe e que, em adultos mais velhos, a vitamina extra melhora a saúde óssea e reduz a incidência de fraturas.
 
4. Probióticos
Diversas pesquisa têm mostrado quão cruciais as trilhões de células bacterianas que vivem dentro de nós são na tarefa de regular a nossa saúde – e quão prejudicial pode ser eliminar uma parte delas de repente com um antibiótico. Em outras palavras, tomar o oposto de um antibiótico – um probiótico (o suplemento ou um alimento naturalmente rico em bactérias, como o iogurte) – com o objetivo de substituir as colônias de bactérias em seu intestino é uma boa ideia.
 
Em 2012, uma análise de 82 estudos descobriu que o uso de probióticos (a maioria dos quais contendo bactérias do gênero Lactobacillus, naturalmente presentes no trato gastrointestinal) reduziu significativamente a incidência de diarreia depois de um tratamento com antibióticos.
 
Por outro lado, os probióticos não são uma cura para todos os problemas do sistema digestivo: eles não têm sido considerados eficazes no tratamento da síndrome do intestino irritável, entre outras doenças crônicas. Como a maioria dos outros suplementos que são realmente eficazes, os probióticos são úteis em circunstâncias muito específicas, não sendo necessário ingeri-los diariamente.
 
3. Zinco
A vitamina C não pode ser eficaz para prevenir ou tratar o resfriado comum, mas existe, sim, um suplemento que pode (e deve) ser amplamente utilizado para esse fim: o zinco. O mineral está envolvido em muitos aspectos diferentes do nosso metabolismo celular, e uma de suas funções é a de interferir na replicação do rinovírus – os micróbios que causam o resfriado comum.
 
Uma revisão de 13 estudos concluída em 2011 chegou à conclusão de que, se você sentir um resfriado chegando, o melhor a se fazer é evitar o consumo excessivo de vitamina C e ingerir uma pastilha ou pílula de zinco para ficar melhor o quanto antes. A maioria dos estudos nos quais a pesquisa se baseou fez experimentos com pacientes que tinham acabado de manifestar sintomas do resfriado comum. Uma parte deles recebeu suplementos de zinco, enquanto o outro grupo ingeriu um placebo. Em todas as pesquisas, descobriu-se que o mineral reduziu significativamente a duração dos sintomas do resfriado, além de os deixarem menos graves.
 
2. Niacina
Também conhecida como vitamina B3, a niacina é considerada uma possível cura para uma infinidade de problemas de saúde (incluindo colesterol alto, doença de Alzheimer, diabetes e dores de cabeça). Entretanto, na maioria dos casos, é necessária uma dose forte prescrita por um médico para se alcançar o resultado desejado.
 
Os suplementos de niacina só possuem eficácia comprovada pela ciência para um grupo de pessoas: quem possui doenças cardíacas. Uma revisão sobre o assunto feita em 2010 constatou que a ingestão do suplemento diariamente reduziu a chance de um acidente vascular cerebral ou um ataque cardíaco em pessoas com doenças cardíacas, reduzindo o risco geral de morte devido a um evento cardíaco.
 
1. Alho
Isso aí, alho! Além de usá-lo para temperar seu arroz, você também pode utilizá-lo – quando tomado como suplemento concentrado – como um tratamento surpreendentemente eficaz para pressão arterial elevada. Uma análise de 2008 de 11 ensaios clínicos constatou que, e uma maneira geral, comer alho todo dia reduz a pressão arterial, com os resultados mais significativos tendo sido observados em adultos que tinham pressão arterial elevada no início dos estudos.
 
Além desse benefício, também houve pesquisas recentes que sugeriram que os suplementos de alho podem prevenir o câncer, mas os resultados ainda não são unanimidade no meio científico. Estudos observacionais, que dependem de dados coletados de pessoas que já tomam suplementos de alho por conta própria, encontraram uma ligação entre o consumo de alho e uma incidência reduzida de câncer. No entanto, essa correlação poderia ser o resultado de outras variáveis. De qualquer forma, o alho pode ser mais benéfico para a sua saúde do que você imaginava – ainda mais se você tiver pressão alta.

Smithsonian / Hypescience

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