Nos últimos 10 dias, o número de pessoas que contraíram a febre dentro do Brasil saltou de 16 para 41
Após o Ministério da Saúde anunciar que a Bahia está em estado de epidemia da febre chikungunya, a capital começou a se preparar para um possível surto.
Nos últimos 10 dias, o número de pessoas que contraíram a febre dentro do Brasil saltou de 16 para 41, 33 deles em Feira de Santana (BA), a 100km de Salvador.
O plano operativo de contingência da doença foi realizado através de representantes da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (DIVEP) e da Vigilância Epidemiológica do município (VIEP).
Em Salvador, foram registrados 29 casos suspeitos, sendo que sete foram descartados, dois confirmados após a realização de exames laboratoriais, e outros 20 ainda estão sob análise.
Apesar das duas ocorrências confirmadas no município terem sido consideradas como importadas, já que os pacientes foram infectados em Feira de Santana, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) está em alerta para evitar a proliferação da doença.
A equipe da Tribuna da Bahia acompanhou os profissionais do Centro de Controle de Zoonoses e da VIEP durante a busca, o bloqueio, combate e extermínio de possíveis focos dos mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus, transmissores da doença, nas regiões onde ocorrerem casos suspeitos e confirmados da patologia. Entre os principais bairros estão os de Costa Azul, Caminho de Areia, Djalma Dutra e Marback, na região do Imbui.
Somente no ultimo bairro citado, o Marback, a equipe foi atrás de três residências que se tornaram possíveis pontos de foco do mosquito.
A palavra chikungunya vem de um dialeto da Tanzânia e significa “doença do andar curvado”. O nome reflete os sintomas, semelhantes ao da dengue, mas em intensidade bem maior: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço.
As articulações são muito afetadas. O vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local. O paciente tem dificuldade de movimentos e locomoção.
O grande perigo da doença é a dor excruciante nas juntas, que pode persistir por meses e mesmo anos depois do estágio febril. Os cuidados para evitar a doença são os mesmos da dengue: evitar deixar água parada em locais de possíveis reproduções dos mosquitos.
iG
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