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sábado, 25 de outubro de 2014

Vigilância Epidemiológica alerta para risco de febre chikungunya no Rio

O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES), Alexandre Chieppe, disse que  a população do estado do Rio de Janeiro enfrenta um cenário de risco em relação ao vírus da febre chikungunya
 
“Essa talvez seja a nossa grande preocupação para 2015, uma vez que é uma doença transmitida pelos mosquitos que transmitem a dengue”, disse em entrevista à Agência Brasil.
 
O superintendente explicou que a chikungunya pode acarretar epidemia maior do que a do vírus da dengue. “É diferente da dengue [cuja] velocidade de transmissão, eventualmente, se consegue diminuir. chikungunya tem uma capacidade de infectar mosquito muito maior do que o vírus da dengue”, disse.
 
Alexandre Chieppe disse que até o momento não foi identificada transmissão da chikungunya no território do Rio de Janeiro. Já foram anotados casos no Acre, na Bahia e em Minas Gerais. “No Rio de Janeiro todos os casos identificados até agora foram importados. Mas [o problema] vai se aproximando. Mosquitos [podem ser contaminados], vão infectar pessoas e o ciclo aí de inicia”, alertou.
 
De janeiro a outubro, a Superintendência Epidemiológica e Ambiental da SES anotou seis casos da doença no estado do Rio de Janeiro, todos diagnosticados em pessoas com registro de viagem internacional recente para países onde ocorre a transmissão.
 
Como medida preventiva, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro organizou esta semana cursos de capacitação de representantes da assistência e vigilância das secretarias municipais de saúde, que receberam informações sobre diagnóstico e tratamento de pacientes com a febre chikungunya. A partir do próximo mês, um outro treinamento itinerante será feito em todas as regiões fluminenses para fazer a capacitação de multiplicadores das informações diretamente nos municípios.
 
De acordo com a SES, o vírus que provoca a febre chikungunya é transmitido pela picada da fêmea de dois mosquitos, o Aedes aegypti, presente em áreas urbanas, e o Aedes albopictus, mais comum em áreas rurais. Este atua também como vetor da dengue e da febre amarela. Os sintomas surgem entre dois e 12 dias após a picada do mosquito contaminado com o vírus. O primeiro deles é uma febre repentina acima de 38,5 graus. A principal característica da doença é a forte dor nas articulações. Na fase mais aguda, durante a primeira semana, podem aparecer bolhas, descamação da pele, fadiga e, em alguns casos, conjuntivite. Ainda conforme a secretaria, os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças (até 2 anos de idade), gestantes e idosos. Pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença.
 
Quanto à dengue, Alexandre Chieppe disse que a secretaria recebeu os planos de contingência dos municípios contra a doença, que contêm todas as ações que serão desenvolvidas pelas cidades. “Isso vai servir para a organização da rede assistencial em casos de epidemia de dengue, para a utilização de larvicida nos mata-mosquitos e fumacês”, explicou.
 
Para ele, o fator mais importante para a ocorrência dos casos de dengue é a entrada de novo vírus da doença, que pode pegar parte da população suscetível e, em consequência, aumentar os registros. “A gente não está trabalhando com a hipótese de um número grande número de casos de dengue para 2015. Deve ficar muito semelhante a 2014”, comentou.
 
O superintendente informou que o estado enfrentou em 2012 e 2013 transmissão elevada pelo vírus dengue 4. Em 2012, a área mais atingida foi a capital do Rio de Janeiro e no ano seguinte o interior do estado e as regiões metropolitanas, com exceção do município do Rio. Ele acrescentou que, em 2014, o mesmo vírus circulou em razão de um número grande de pessoas que já tinham tido a doença em anos anteriores . O cenário então se tornou mais tranquilo. Em 2012 e 2013, segundo o superintendente, houve 250 mil casos de pessoas infectadas. “Noventa por cento desses casos se [inserem] entre os meses de fevereiro e de junho”, disse.
 
No município de Niterói, na região metropolitana do Rio, o Plano de Contingência da Dengue vai ser lançado no dia 3 de novembro. Inclui medidas preventivas como a intensificação das ações de fiscalização e de vigilância em saúde. Segundo a prefeitura, o Departamento de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses (Devic) vai realizar, nos sábados, mutirões contra a dengue em bairros do município.
 
Em Niterói, a identificação de focos de dengue com a mobilização de agentes de saúde no combate e controle da doença será feita em seis comitês regionais vinculados às Policlínicas Regionais de Itaipu, do Largo da Batalha, Policlínica Sérgio Arouca, Policlínica Guilherme March, Policlínica da Engenhoca e Policlínica Carlos Antônio da Silva.
 
O trabalho feito desde o ano passado permitiu manter o controle da doença: em 2013 não houve casos de morte por causa da dengue em Niterói.

 De acordo com a secretária de Saúde da cidade, Solange de Oliveira, a ideia é garantir um verão com menor incidência da doença para evitar o surto. Caberá à Secretaria de Educação desenvolver palestras e atividades em escolas para orientar pais e alunos na prevenção e no combate à doença. Haverá intensificação de recolhimento de carcaças nos bairros, para evitar que os locais se transformem em criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Segundo a secretaria, de 2013 até setembro deste ano, a Coordenadoria de Trânsito da Guarda Municipal de Niterói recolheu 209 carcaças de automóveis. Todas foram levadas ao depósito municipal para serem inutilizadas.
 
 
O secretário Marcus Jardim, indicou que as denúncias sobre veículos abandonados podem ser feitas por meio do e-mail  segurança@niteroi.rj.
gov.br.
 
Agência Brasil

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