Lei que entrou em vigor neste sábado se aplica a bebidas contendo mais de 150 mg de cafeína por litro
Rio - A lei que proíbe a venda de bebidas energéticas para menores entrou em vigor na Lituânia neste sábado, tornando-se o primeiro país do mundo a determinar tais restrições.
Os infratores que vendem bebidas a menores de idade terão de enfrentar uma multa de até 400 litas (US $ 144), enquanto os compradores menores de idade terão de pagar até 200 litas (72 dólares), de acordo com a lei.
As restrições se aplicam a bebidas energéticas não alcoólicas, contendo mais de 150 miligramas de cafeína por litro, segundo a imprensa local.
O Parlamento da Lituânia aprovou por unanimidade a proibição depois de uma votação, com apenas seis pessoas optando pela abstenção. As alterações foram iniciadas por Dangute Mikutiene, do Partido Trabalhista e presidente da Comissão Parlamentar de Saúde.
O Governo do Estado Báltico justifica as ações rigorosas, citando preocupações com a saúde.
Funcionários da Lituânia disseram que uma alta concentração de cafeína pode levar à dependência e hiperatividade entre os adolescentes. Os parlamentares acrescentaram, ainda, que, de acordo com estudos científicos, as bebidas energéticas podem estimular os jovens a experimentar drogas.
Funcionários da Lituânia disseram que uma alta concentração de cafeína pode levar à dependência e hiperatividade entre os adolescentes. Os parlamentares acrescentaram, ainda, que, de acordo com estudos científicos, as bebidas energéticas podem estimular os jovens a experimentar drogas.
Um estudo encomendado pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos em 2013 revelou que os jovens são mais propensos a consumir bebidas energéticas do que os adultos. O estudo descobriu que 68% dos adolescentes na Europa com idades de 10-18 anos consumiam essas bebidas.
Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiram em outubro que as bebidas de alto teor de cafeína de energia estão sendo amplamente consumidas por jovens, e que que tais bebidas estavam sendo comercializadas de maneira “agressiva” para crianças.
Além disso, os pesquisadores da OMS também pediram a introdução de regras mais severas, como a “restrição de rotulagem e venda de bebidas energéticas para crianças e adolescentes”.
Já os produtores de bebidas energéticas têm argumentado que não comercializam para crianças, acrescentando que os seus produtos normalmente contêm menos cafeína do que um café Starbucks, empresa multinacional com a maior cadeia de cafeterias do mundo.
O Globo
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