Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia Opções saudáveis nem sempre são as preferidas de quem frequenta restaurantes. Informações nutricionais estimulariam melhores escolhas |
Rio - Restaurantes e lanchonetes de todo o Brasil poderão ser obrigados a fornecer informações nutricionais dos alimentos aos consumidores. O objetivo é conscientizar a população em geral, prevenir doenças como a obesidade e também proteger pessoas com restrições alimentares, como os alérgicos. A proposta é do Projeto de Lei 498/2011, que tramita no Senado.
Segundo o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), autor do projeto, a intenção é garantir o direito de escolha do consumidor e prevenir futuras doenças ligadas a maus hábitos alimentares. “Se o cidadão não quer ou não pode ingerir determinados nutrientes, ele precisa saber se eles estão naquele prato”, defende.
As informações que vão estar disponíveis ao cliente ainda não foram determinadas. O senador explica que, se o projeto for aprovado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será responsável por regulamentar quais serão esses dados e onde eles vão estar dentro do estabelecimento.
Para Thaianna Velasco, nutricionista da Clínica Helena Costa, a mudança só terá pontos positivos. “Grande parte da população não sabe o que são carboidratos, proteínas e gordura. Ter acesso ao teor da comida que você ingere na rua só traria benefícios”, analisa.
Ainda na opinião dela, algumas substâncias precisam estar na lista: lactose, sódio, açúcar, gordura e proteína. Em excesso, causam doenças graves e crises de alergia. Em relação ao lugar em que a tabela vai estar, ela defende que seja o mais próximo possível do alimento, para que de fato as pessoas leiam e se conscientizem.
Mitos vão perder força
Quando a lei entrar em vigor, a especialista afirma, alguns mitos perderão força e hábitos vão mudar aos poucos. “Todo mundo acha que o queijo minas é light, por exemplo. Não é bem assim. Ele tem gordura e muitos apostam que não. A carne vermelha seria motivo de susto. O percentual de gordura é alto e a maioria consome de forma exagerada,” explica.
O projeto está na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Se aprovado, irá para a Câmara dos Deputados, e, por fim, para a sanção da Presidência da República. Valadares acredita que o texto não vai ser vetado, já que se trata de Saúde.
O Dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário